7 de fev. de 2019

‘Sustentar fogo, que a vitória é nossa!’, dizem promotores linha-dura a Moro


Ministério Público Pró-Sociedade divulga manifesto em apoio ao pacote anticrime do ministro da Justiça e cita palavras do Almirante Barroso no triunfo da Tríplice Aliança na Batalha Naval do Riachuelo
                               Foto: DIDA SAMPAIO / ESTADÃO

Alvo de críticas pesadas de advogados e juristas, o pacote anticrime do ministro Sérgio Moro ganhou apoio do Ministério Público Pró-Sociedade, que reúne promotores ‘linha dura’ em todo o País. Em nota pública, a entidade se rebela contra o que chama de ‘ataques destrutivos e falaciosos’ às propostas do ex-juiz da Lava Jato, entregues nesta quarta, 6, no Congresso.

“Em todo e qualquer conjunto de propostas de área tão sensível, sempre poderá haver necessidade de pequenas mudanças e ajustes a serem debatidos”, diz o manifesto do MP Pró-Sociedade.

Os fundadores do MP Pró-Sociedade se identificam como ‘instituição que coloca a sociedade em primeiro lugar’.

Na avaliação dos promotores o pacote é voltado a ‘uma política de maior efetivismo no combate ao crime, à impunidade, à corrupção, à bandidolatria, ao democídio de que a sociedade é vítima no Brasil há várias décadas’.

Eles apontam para o ‘inimigo’. “De quem partem esses ataques? Dos mesmos setores cuja doutrina, ideologia e delírios trouxeram o caos para a segurança pública nos últimos 30 anos. Dos mesmos que transformaram bandidos em protagonistas oprimidos de versões psicodélicas da realidade e reduziram as vítimas inocentes à condição de meros figurantes indesejáveis.”

“São eles que hoje querem cobrar em 30 dias as soluções para a destruição de dezenas de anos”, segue a nota. “Esquecem que estamos apenas em uma manhã, após décadas de escuridão…”

Afirmam que as críticas ao projeto de Moro partem ‘dos mesmos que transformaram bandidos em protagonistas oprimidos de versões psicodélicas da realidade e reduziram as vítimas inocentes à condição de meros figurantes indesejáveis’.

Eles classificam o ministro como ‘homem cujo passado mostrou coragem, conhecimento jurídicolegal e Justiça dignos de serem seguidos por todos os operadores de direito’.

Argumentam que o ex-juiz da Lava Jato dá ‘passos consistentes no sentido de corrigir as erráticas, malfadadas e lamentáveis políticas criminais de laxismo penal, desencarceramento indevido e complacência que há muito desvirtuaram nosso sistema de justiça, no sentido mais literal da palavra, quase conseguindo tirar dele toda e qualquer virtude’.

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