Paulo Rezzutti - Em maio de 1855 a epidemia de Cólera Morbus atingiu o Império do Brasil. Foi o primeiro grande enfrentamento da Saúde Pública brasileira. O imperador não tentou minimizar a doença ou se isolar para se proteger de seu contágio. Se colocou a frente das medidas que deveriam ser tomadas, mostrando-se nos hospitais e nas ruas do Rio de Janeiro. A província da corte teve o maior número de mortos do país: 200 mil.
A visita de D. Pedro II ao Hospital de Santa Isabel, que recebi os doentes de Cólera, foi imortalizada na pintura de Louis Auguste Moreaux.
Mary del Priore, no seu livro sobre a Condessa de Barral, narra que o imperador mostrou-se incansável. Ao invés de se refugiar na Serra como a elite, ele "parava seu carro à porta dos hospitais, penetrava nos focos de epidemia, aproximava-se dos leitos dos coléricos".
Falava com todos, procurando dar-lhes coragem "inspirando valor e ânimo aos fracos e enchendo de esperança, de fé e de gratidão o coração dos míseros doentes".
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