17 de jan. de 2024

As eleições para prefeito no Acre não terão como fugir da polarização nacional entre Lula e Bolsonaro


Por Evandro Cordeiro


A polarização política no Brasil nos últimos anos é tão medonha que esses dias vi um artista nacional dizer o seguinte em um desses podcast famosos: “Eu nunca vou perdoar o Bolsonaro por ter sido obrigado a votar no Lula”. Foi isso mesmo na última eleição, por causa da inexistência de uma terceira via. Pois nas eleições para prefeito, país afora, não se iludam, vai prevalecer o confronto. A disputa em Rio Branco e em todos os demais municípios do Acre não vai ter como fugir dessa quase regra. Os embates, inevitavelmente, serão entre lulistas e bolsonaristas. Na capital, a direita, se é que podemos chamar assim, deve sair fragmentada, com ao menos duas candidaturas, a do prefeito Tião Bocalom, que ainda está no PP, mas que deve se mudar para o PL de Bolsonaro, aqui conduzido pelo senador Márcio Bittar, e a do Alysson Bestene (PP), nome do Palácio Rio Branco. Por fora ainda tem a ‘ameaça’ de candidatura do deputado estadual Emerson Jarude, do Novo, também bolsonarista. Do outro lado, à esquerda e extrema-esquerda, a candidatura do presidente Lula com todos os partidos do mesmo DNA, tendo Marcos Alexandre na cabeça. Em Cruzeiro do Sul, segundo maior colégio eleitoral, o cenário se repete com o prefeito Zequinha Lima (PP) tendo que se digladiar com uma frente idêntica a da capital, puxada pela provável candidatura da ex-deputada Jéssica Sales, do MDB, que também terá como cabo eleitoral dentro dessa polarização, exatamente o presidente Lula. Portanto, no menor distrito do país prevalecerá esse jogo entre as duas forças. Pior é que o Brasil não dá sinais de desmanche desta bilateralidade.


Para 2026

Furo dado por essa coluna, a ida da prefeita Fernanda Hassem, de Brasiléia, e todo o seu staf, para o União Brasil, é uma movimentação para 2026. Ela que vai disputar para federal e o senador Alan Rick, líder do partido, que vai disputar o Governo.


Só falta eles

Esses dias o ex-deputado Eduardo Farias, mesmo sem mandato uma liderança do PCdoB, disse que para juntar toda a esquerda em torno da candidatura do petista filiado ao MDB, Marcos Alexandre, só falta o ex-deputado Jenilson Leite e o ex-vice-governador César Messias, os donos do PSB no Acre.


Jorge Viana queimado

No culto do último domingo, na sede da Igreja Assembléia de Deus Rio Branco, na Antônio da Rocha Viana, o pastor presidente, Luiz Gonzaga, não deixou passar em branca a infeliz fala do ex-senador Jorge Viana (PT) sobre Jesus Cristo, a quem chamou de comunista, no afã de defender o Hammas. Para o líder, Viana estaria sendo usado pelo Anti-Cristo para buscar desconstruir valores e fé cristãos, espalhando heresias.


Gonzaga fala por muita gente

Pela voz do pastor Luiz Gonzaga falam mais de 22 mil evangélicos, de mais de 140 filiais em Rio Branco, outras quatro em Goiás, cinco no Peru e 11 na Bolívia, além de outros tantos espalhados em municípios do interior do Acre. Atacar o evangelho, agredir o nome de Jesus e a condição Dele de Cordeiro que tira o pecado do mundo, caiu como queda de fogo e enxofre sobre o lulista.


Pá de cal

Nas rodas de conversa sobre política, é unanimidade: Jorge Viana acaba de dificultar ainda mais seu retorno para a política, um sonho que acalenta desde 2018.

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