2 de jan. de 2024

Líder da oposição é esfaqueado no pescoço na Coreia do Sul

Lee Jae-myung, chefe do Partido Democrático, foi atacado durante visita a Busan


Alexandre Borges - O líder da oposição sul-coreana, Lee Jae-myung, 59 anos, foi atacado e ferido por um homem em Busan nesta terça-feira, 2. O incidente ocorreu durante uma visita ao local de construção de um aeroporto. Ele estava consciente após o ataque e, segundo o primeiro boletim médico, não corre perigo de vida.

O incidente ocorreu em Busan, a segunda maior cidade da Coreia do Sul, quando Lee visitava o local de construção de um futuro aeroporto. Ele caminhava e conversava com jornalistas quando um homem, disfarçado de apoiador e usando uma coroa de papel, surgiu e desferiu o ataque usando uma faca de 18cm. A polícia deteve o agressor, de 66 anos e sobrenome Kim, segundo a agência de notícias estatal Yonhap.

Ele foi imediatamente transportado ao Hospital Universitário Nacional de Pusan, onde recebeu tratamento emergencial. Após avaliação médica, incluindo um exame de tomografia computadorizada, Lee foi transferido de helicóptero para o Hospital Universitário Nacional de Seul para cirurgia. Os médicos disseram que, embora haja preocupações com hemorragias, a condição de Lee não é fatal​​.

Lee Jae-myung é conhecido por seu estilo franco e por sua abordagem política que divide opiniões. Para seus apoiadores, é um herói antielitista e defensor das reformas contra a corrupção e a desigualdade econômica. Para seus críticos, um populista que incita divisões e demoniza seus oponentes conservadores. Lee perdeu as eleições presidenciais de 2022 para o atual presidente Yoon Suk Yeol por apenas 0,73% de diferença, a menor da história do país.

Desde a derrota, ele foi indiciado por acusações de corrupção, envolvendo um projeto imobiliário enquanto ele era prefeito de Seongnam, uma cidade de 1 milhão de habitantes ao sul de Seul. Lee negou as acusações. Em setembro, um tribunal rejeitou um pedido da promotoria para que ele fosse preso enquanto aguardava julgamento.

A decisão do tribunal veio três semanas depois de Lee fazer uma greve de fome para protestar contra as políticas internas e externas do atual presidente sul-coreano. Ele precisou de tratamento hospitalar após não comer por 19 dias.

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