23 de fev. de 2024

Morre Wilsinho Fittipaldi aos 80 anos, lenda do automobilismo

Ex-piloto estava internado desde o dia 25 de dezembro


Wilson Fittipaldi - LAT Images

Motorsport/Erick Gabriel - Morreu nesta sexta-feira Wilson Fittipaldi Jr., aos 80 anos de idade. O Bandsports revelou a notícia durante o teste de pré-temporada da Fórmula 1 e o Motorsport.com confirmou a morte com pessoas ligadas a Wilsinho.

Ele estava internado desde o dia 25 de dezembro, data que além do Natal, foi celebrado o octogésimo aniversário do ex-piloto. No almoço, ele se engasgou com um pedaço de carne e a família não conseguiu desobstruir as vias aéreas. Levado às pressas ao PS do Hospital Prevent Senior, ele teve uma parada cardíaca. Ele permaneceu no hospital por quase dois meses. 

Filho do ‘Barão’ Wilson Fittipaldi e irmão de Emerson Fittipaldi, Wilsinho é considerado um dos gigantes do automobilismo brasileiro.

Nascido em São Paulo, ele guiou uma grande variedade de carros, tanto de monopostos como de turismo nos anos 1960, especialmente os da Fórmula Ve.

Em 1966, ele teve uma breve passagem pelo automobilismo europeu, na Fórmula 3. Nova tentativa foi feita em 1970, aproveitando o sucesso que Emerson Fittipaldi vinha tendo logo no início de sua jornada.

Suas credenciais foram mostradas aos derrotar, entre outros, José Carlos Pace, na Fórmula 3 Britânica, além de competir com outros futuros campeões mundiais, como Niki Lauda e James Hunt.

Passando por boa fase, Wilsinho migrou para a Fórmula 2 em 1971, quando chegou a conquistar bons resultados, como o pódio em Hockenheim e quarto lugares em Rouen e Mantorp Park. Em 1972, ele chegou à F1, como piloto da Brabham.

Pela equipe britânica foram duas temporadas, 1972 e 1973, com o melhor resultado um quinto lugar no GP da Alemanha de 1973, realizado em Nurburgring, além da terceira colocação no GP do Brasil de 1972, mas que não valia pontos para o campeonato.

Em 1974, apesar de ter participado pela Brabham do GP de Brasília, que não valia pontos para o campeonato, Wilsinho não competiu na F1. Ele retornou em 1975 como piloto do projeto Copersucar, conquistando o 10º lugar em Watkins Glen. Em três temporadas na F1, foram, ao todo, 38 GPs.

Após ter sido piloto no primeiro ano da Copersucar, Wilsinho se dedicou como diretor da equipe, que competiu na maior categoria do automobilismo mundial até a temporada de 1982.

Wilsinho chegou a competir na Stock Car em algumas corridas e se dedicou na carreira de Christian Fittipaldi.

Pai e filho também tiveram seus grandes momentos juntos, ao triunfarem na tradicionalíssima Mil Milhas Brasileiras na edição de 1994, em um evento que teve como um dos criadores Wilson Fittipaldi, pai.

Em 2020, um susto. Após uma queda em casa, com a consequente perda de algumas funções neurológicas, Wilsinho foi levado ao hospital, quando foi constatada uma hemorragia cerebral. Com esse quadro, foi realizada uma cirurgia para a correção, com o ex-piloto liberado poucos dias depois, sem qualquer intercorrência.

Mesmo com a saúde debilitada, Wilsinho sempre se mostrou ativo, especialmente nas redes sociais, além de fazer questão de comparecer em eventos importantes no País, como o GP de São Paulo de F1 do ano passado.

Wilson Fittipaldi, Emerson Fittipaldi e Christian Fittipaldi

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