23 de dez. de 2025

FAB intercepta e detém aeronave oriunda da Venezuela na Reserva Brasileira Indígena Yanomami


Aeronave sem plano de voo foi interceptada e realizou pouso forçado em Roraima


COMAE, Agência Força Aérea, por por Tenente Michelle Daniel E Tenente Scarlet


Ricardo Fan - A Força Aérea Brasileira (FAB) interceptou, na manhã da última sexta-feira (19/12), uma aeronave modelo Cessna 182P que ingressou irregularmente na Zona de Identificação de Defesa Aérea (ZIDA 41), sobre a Terra Indígena Yanomami, no Norte do país. A ação integrou as operações de vigilância e controle do espaço aéreo brasileiro.

Na operação, foram empregados Caças A-29 Super Tucano e uma aeronave de alerta aéreo antecipado E-99, sob coordenação do Comando de Operações Aeroespaciais (COMAE). A aeronave suspeita foi detectada pelos radares do Sistema Brasileiro de Defesa Aeroespacial (SISDABRA).

De acordo com a FAB, o avião interceptado voava sem plano de voo e com matrícula não identificada, o que motivou a adoção das Medidas de Policiamento do Espaço Aéreo (MPEA), conforme previsto no Decreto nº 5.144, que regulamenta a atuação contra tráfegos aéreos ilícitos.


Durante a interceptação, os pilotos da FAB realizaram reconhecimento visual e tentativas de comunicação por rádio. Após essas ações, o piloto da aeronave suspeita optou por efetuar um pouso forçado em uma pista de terra, localizada a cerca de 15 quilômetros ao sul do município de Amajari, aproximadamente 60 quilômetros de Boa Vista (RR).

Na sequência, a FAB empregou um helicóptero H-60 Black Hawk para executar as Medidas de Controle no Solo (MCS). No local, a aeronave foi encontrada abandonada, apresentando avarias estruturais decorrentes do pouso forçado. O piloto não foi localizado.

A operação faz parte da Operação ZIDA 41, cujo objetivo é coibir voos irregulares e atividades aéreas ilícitas, por meio de ações integradas entre a Força Aérea Brasileira e os órgãos de Segurança Pública, reforçando a soberania e a segurança do espaço aéreo nacional.

Fotos: COMAE

PIB de Epitaciolândia dobra em 4 anos e coloca município em destaque entre as cidades do Acre


Por Wanglézio Braga - Epitaciolândia despontou como o município com o maior PIB do Alto Acre e o quinto maior do estado, segundo dados do Produto Interno Bruto dos Municípios, divulgados nesta sexta-feira (19) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O levantamento, referente ao ano de 2023, é feito em parceria com órgãos estaduais e a Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa) e confirma a força econômica da cidade na região de fronteira.

De acordo com o IBGE, o PIB per capita de Epitaciolândia chegou a R$ 42.300,30 em 2023, colocando o município na 1.843ª posição no ranking nacional. A trajetória de crescimento chama atenção: em 2020, o indicador era de pouco mais de R$ 23 mil e, em 2021, primeiro ano da gestão do prefeito Sérgio Lopes, passou para R$ 33.960,77. Em pouco mais de quatro anos, o PIB praticamente dobrou, reflexo do aquecimento do comércio, da produção rural e da integração econômica com a fronteira. Do recorde estadual, a cidade fica com a 5° melhor economia.

O prefeito Sérgio Lopes destaca que os números mostram mais do que riqueza gerada. Segundo ele, a maior renda per capita do estado precisa se traduzir em qualidade de vida para quem vive no município. “Hoje Epitaciolândia tem a maior renda per capita do Alto Acre e estamos trabalhando para que isso vire desenvolvimento social, com reflexos na saúde, educação, esporte, assistência social e até no turismo”, afirmou. Vale lembrar que Sérgio Lopes iniciou o mandato em 2021, foi reeleito em 2024 e segue à frente da prefeitura em 2025.

Pela primeira vez, a cidade ganhou “Selo Ouro” de Transparência

Na comparação regional, Epitaciolândia lidera com folga. Brasiléia registrou PIB per capita de R$ 35.761,56 em 2023, Xapuri alcançou R$ 34.315,94 e Assis Brasil ficou com R$ 23.131,67. Todos os municípios apresentaram crescimento nos últimos anos, mas em ritmo inferior ao de Epitaciolândia, que se consolidou como o principal polo econômico do Alto Acre.


Breve análise

Para a economista Juliana Santos, consultada pelo Portal Acre Mais, na manhã de hoje (20), o avanço do PIB indica mais circulação de dinheiro, maior consumo e melhores condições na cidade.

“Do ponto de vista econômico, o resultado de Epitaciolândia indica um claro processo de dinamização produtiva local, com aumento consistente da renda gerada por habitante e maior eficiência no uso dos fatores de produção. O crescimento acelerado do PIB per capita sugere que o município conseguiu ampliar sua base econômica, combinando atividades do comércio de fronteira, serviços, logística e produção rural, o que elevou a circulação de renda e fortaleceu o mercado interno. Esse desempenho cria um ambiente mais favorável ao investimento privado, à geração de empregos e à arrecadação municipal, permitindo maior capacidade de o poder público investir em infraestrutura, saúde, educação e apoio ao setor produtivo. Em termos práticos, significa mais segurança econômica, além de maior resiliência do município frente a crises externas”, explicou.

21 de dez. de 2025

Propriedade, desenvolvimento e poder político: o novo papel do Acre no Parlamento Amazônico



Por Ronan Matos - O que explica que a região mais rica em recursos naturais do país continue sendo também uma das mais pobres? Por que a Amazônia, exaltada em discursos internacionais e relatórios ambientais, segue produzindo miséria, violência e dependência estatal para quem vive nela? E, sobretudo, quem ganha com esse modelo que transforma gente em problema e floresta em fetiche ideológico?

Na 28ª Conferência da Unale, realizada em Bento Gonçalves, no Rio Grande do Sul, a Assembleia Legislativa do Acre deu uma resposta política relevante a essas perguntas. Por unanimidade, o deputado Afonso Fernandes foi eleito presidente do Parlamento Amazônico, organismo que reúne parlamentares da Amazônia Legal para discutir temas centrais como desenvolvimento regional, integração, bioeconomia e infraestrutura. Não se trata de um cargo simbólico. Trata-se de um espaço estratégico de formulação política, que o Acre passa a liderar, substituindo Rondônia na presidência.

Ao assumir a função, Afonso foi direto ao ponto. Falou em unir os nove estados da Amazônia em torno de pautas que dizem respeito a quem mora na região, e não a quem a observa de longe. Defendeu a preservação da floresta, mas deixou claro que floresta em pé sem gente em pé é apenas propaganda. Preservar exige compensar. Proteger exige permitir que os benefícios cheguem ao povo amazônida, que hoje paga a conta de um modelo que o proíbe de produzir, empreender e prosperar.

Não por acaso, a posse de Afonso, marcada para 25 de fevereiro, já nasce com densidade intelectual e política. Está previsto o lançamento do livro América Latina, que aborda dois temas centrais para o futuro do Acre e da Amazônia: a integração regional e a regularização fundiária como estratégia de desenvolvimento. Cogita-se ainda a presença do economista Hernando de Soto, referência mundial ao demonstrar que a pobreza persiste onde os ativos dos pobres permanecem na ilegalidade. Também se articula a participação de Aldo Rebelo, talvez o mais contundente crítico do modelo que empobrece a Amazônia em nome de um ambientalismo de gabinete.


As ideias se complementam. Aldo Rebelo denuncia o empobrecimento sistemático da região amazônica, rica em potencial e pobre em realidade. Hernando de Soto aponta o caminho para romper esse ciclo: transformar o chamado ativo morto, especialmente imóveis e terras, em propriedade legal, capaz de gerar crédito, investimento e autonomia. No Acre, essa discussão não é teórica. Ela é existencial.

A política pública dominante nas últimas décadas foi a da sacralização do território. Criaram-se reservas, unidades de conservação e entraves legais que transformaram mais de noventa por cento do território em área interditada à atividade econômica. Quem produz vira suspeito. Quem trabalha vira réu. A Operação Suçuarana é apenas um exemplo recente de como o Estado atua para defender a propriedade pública abstrata contra o produtor real, que vive e trabalha na terra.

Aldo descreve com precisão cirúrgica esse cenário ao analisar o Amapá, realidade que espelha o Acre. Altos índices de violência, dependência massiva de programas sociais e economia praticamente proibida por legislação ambiental e demarcações. O resultado não poderia ser outro: miséria administrada, criminalidade crescente e um povo mantido sob tutela permanente.

A raiz do problema é clara. Sem regularização fundiária, a propriedade rural permanece numa zona cinzenta entre o legal e o ilegal. A posse é legítima, mas não reconhecida. Isso impede crédito, planejamento, investimento e segurança jurídica. Não por acaso, esse processo enfrenta resistência feroz de ONGs e do pensamento neomalthusiano, que defende a desantropização da Amazônia, como se gente fosse um erro a ser corrigido.

O fracasso do modelo é evidente. A Amazônia concentra os piores indicadores sociais do país enquanto repousa sobre o subsolo mais rico da nação. Essa contradição não é acidente. É projeto. Um projeto que transforma a floresta em vitrine e o amazônida em figurante pobre.

A regularização fundiária urbana e rural é a grande política pública capaz de romper esse ciclo. Ela cria proprietários, não dependentes. Gera riqueza, não estatísticas assistenciais. Organiza a realidade em vez de negá-la. É por isso que a direita acreana precisa assumir essa pauta como eixo central de seus programas para 2026. Não como slogan, mas como convicção.

Afonso desponta exatamente por compreender isso. Ao assumir a presidência do Parlamento Amazônico, ele assume uma responsabilidade histórica. A de recolocar o Acre e a Amazônia no caminho da prosperidade real, aquela que começa pelo direito básico de possuir, produzir e viver com dignidade.


Ronan Matos - Escritor e jornalista, membro da Academia Juvenil Acreana de Letras, editor-chefe do Diário do Acre e embaixador estadual do Students For Liberty Brasil, uma das maiores organizações pró-liberdade do mundo.                                                                                                                                                                                                   

18 de dez. de 2025

Da série: Como vai ser o futuro - Trânsito em Tarauacá

 


Abaixo uma palinha de como é a educação do trânsito com crianças no Japão


“Feito no Acre”: Campanha quer ampliar participação de produtos acreanos no mercado


Por Wanglézio Braga - O Acre deu um passo importante para fortalecer sua economia com o lançamento da campanha “Feito no Acre”, apresentada na última sexta-feira (12), no auditório da Fieac. A iniciativa quer incentivar consumidores a priorizar produtos produzidos dentro do estado, reforçando identidade, pertencimento e desenvolvimento regional. Para o presidente da Fieac e deputado federal, Zé Adriano, o movimento nasce para substituir o termo americanizado “Made in Acre” e reafirmar o valor da produção local. “O que nós fazemos aqui é muito bom e precisa ser valorizado”, afirmou ao Portal Acre Mais.

Durante o lançamento, Zé Adriano destacou que cada real gasto em produtos acreanos retorna em forma de emprego, investimentos e fortalecimento da indústria. A campanha será trabalhada de forma ampla, envolvendo diversos setores para atualizar dados e orientar ações nos próximos 18 meses. O objetivo é mostrar às famílias que consumir o que é produzido no estado ajuda diretamente na manutenção de obras, na geração de renda e no estímulo ao empreendedorismo regional.

Indústria e agro são pilares da nova campanha lançada na sexta-feira (12)


O agronegócio foi apontado como o primeiro e mais estratégico setor dentro da campanha. Segundo o presidente da Fieac, o agro é a base da cadeia produtiva e precisa ser preservado e ampliado para garantir matéria-prima às indústrias locais. Ele lembrou que, na pandemia de 2020, o setor industrial foi essencial para manter o Acre de pé, e agora é o momento da população reconhecer esse esforço valorizando quem produz e transforma. “Um estado industrializado é um estado rico e mais independente”, reforçou.

Ao final, Zé Adriano deixou um recado direto aos produtores, empresários e trabalhadores que fazem parte do setor produtivo do Acre. “Se foi feito no Acre, é muito bom”, resumiu.

A Campanha é uma realização do Fórum Empresarial de Inovação e Desenvolvimento do Acre, Fieac, Faeac e Governo do Estado do Acre, com apoio do Sebrae/AC.

Greve nos Correios começa em 7 estados após impasse salarial

Greve Correios avança com paralisação por tempo indeterminado e pode se espalhar pelo país

Foto: Correios/Divulgação

bpmoney/Fernanda Capelli - A greve nos Correios entrou em vigor às 22h desta terça-feira (16) após sindicatos de algumas das maiores bases de funcionários da estatal aprovarem paralisação por tempo indeterminado.

A decisão veio da assembleias locais, depois do fracasso nas negociações do novo acordo coletivo de trabalho (ACT).

A paralisação acabou sendo aprovada em Minas Gerais, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Ceará e Paraíba. Em São Paulo, os trabalhadores decidiram cruzar os braços mesmo contrariando a orientação da direção do sindicato estadual, o que reforça o nível de insatisfação nas bases.


Greve Correios se espalha por bases regionais

Além dos estados, também decretaram greve as bases de Vale do Paraíba (SP), Campinas (SP), Santos (SP) e Londrina (PR). Em todos os casos, a decisão ocorreu após votação em assembleias locais, organizadas pelos sindicatos regionais.

Outras 12 entidades sindicais optaram por manter o estado de greve, mecanismo que indica mobilização permanente e possibilidade de paralisação a qualquer momento.

Estão nessa condição as bases de Amazonas, Bahia, Distrito Federal, Maranhão, Pará, Piauí, Rio Grande do Norte, Mato Grosso do Sul, Roraima, Santa Maria (RS), Juiz de Fora (MG) e Bauru (SP).


Reajuste salarial e vale-peru estão no centro da greve

Os trabalhadores afirmam que a greve Correios é resultado direto da falta de acordo com a direção da estatal.

Entre as principais reivindicações estão reajuste salarial com base na inflação e a manutenção de benefícios considerados históricos pela categoria.

Os sindicatos defendem a preservação do adicional de 70% nas férias, do pagamento de 200% aos fins de semana e do vale-peru, benefício de fim de ano no valor de R$ 2,5 mil.

De acordo com as entidades, os funcionários não podem ser responsabilizados pela crise financeira da empresa.


Negociação no TST não destravou acordo

Desde a última quinta-feira (11), o Tribunal Superior do Trabalho (TST) vem conduzindo reuniões de mediação entre representantes dos sindicatos e da direção dos Correios.

Foram cinco encontros até agora, sendo dois na semana passada e três nesta terça-feira (16).

Durante as negociações, os Correios chegaram a propor reajuste pela inflação e aceitaram parte das demandas, mas mantiveram a recusa em conceder o vale-peru, ponto que acabou inviabilizando o acordo.


Crise financeira agrava impasse nos Correios

O impasse ocorre em meio à deterioração das contas da estatal. Os Correios acumulam prejuízo de R$ 6,1 bilhões até setembro e tiveram recentemente negado um empréstimo de R$ 20 bilhões, que teria garantia do Tesouro Nacional.

Atualmente, está em análise no Ministério da Fazenda uma nova proposta de empréstimo de R$ 12 bilhões. Dessa forma, isso deve integrar o plano de reestruturação da empresa. Enquanto isso, o ACT vigente, firmado pela gestão anterior, segue sendo prorrogado desde julho, sem definição de novos termos.

Em suma, com a greve em curso e outras bases em estado de alerta, a greve nos Correios pode ganhar escala nacional nos próximos dias. Isso ampliaria os impactos sobre serviços postais e logísticos em todo o país.

17 de dez. de 2025

Trump ordena bloqueio de petroleiros na Venezuela e amplia pressão militar sobre Maduro


O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou nesta terça-feira (16) a imposição de um bloqueio a todos os petroleiros “sancionados” que entram e saem da Venezuela, em mais um movimento de escalada da pressão política, econômica e militar contra o governo de Nicolás Maduro. A medida, segundo Trump, tem como objetivo sufocar o financiamento do narcotráfico e outros crimes que, segundo Washington, seriam sustentados pela receita do petróleo venezuelano.

O anúncio ocorre poucos dias após forças norte-americanas apreenderem um petroleiro próximo à costa da Venezuela, uma ação incomum que coincidiu com o reforço da presença militar dos EUA no Caribe. Em uma publicação nas redes sociais, Trump afirmou que a Venezuela estaria “completamente cercada pela maior armada já reunida na história da América do Sul” e prometeu intensificar ainda mais a pressão militar.

“Só vai aumentar, e o choque para eles será algo que nunca viram antes”, escreveu Trump, acrescentando que a campanha continuará até que a Venezuela entregue petróleo, território e ativos aos Estados Unidos — declaração que suscitou questionamentos quanto à sua base legal e política.

Procurado pela Associated Press, o Pentágono encaminhou todos os pedidos de esclarecimento à Casa Branca. Autoridades americanas têm defendido que as operações na região fazem parte de uma ofensiva contra o narcotráfico, mas críticos apontam que a estratégia pode estar ultrapassando os limites do direito internacional e da própria legislação dos EUA.

Desde o início do reforço militar, forças norte-americanas realizaram uma série de ataques contra embarcações no Caribe e no Pacífico que, segundo Washington, estariam ligadas ao tráfico de drogas. Esses ataques já teriam causado ao menos 95 mortes em 25 incidentes conhecidos, o que tem provocado críticas de parlamentares democratas e republicanos.

O governo Trump sustenta que a campanha foi bem-sucedida ao impedir que grandes quantidades de drogas chegassem ao território americano. Já o presidente venezuelano Nicolás Maduro afirma que o verdadeiro objetivo dos EUA é derrubá-lo para controlar as vastas reservas de petróleo do país. Essa interpretação ganhou força após declarações da chefe de gabinete de Trump, Susie Wiles, que disse à revista Vanity Fair que o presidente “quer continuar afundando navios até que Maduro se renda”.

A Venezuela possui as maiores reservas comprovadas de petróleo do mundo e produz cerca de 1 milhão de barris por dia, dos quais aproximadamente 850 mil são exportados. De acordo com Francisco Monaldi, especialista em petróleo venezuelano da Universidade Rice, cerca de 80% dessas exportações têm como destino a China, enquanto entre 15% e 17% seguem para os Estados Unidos por meio da Chevron, com o restante indo principalmente para Cuba.

Desde 2017, quando os EUA impuseram sanções severas ao setor petrolífero venezuelano, o governo Maduro passou a depender de uma frota clandestina de petroleiros, muitos sem bandeira, para escoar o petróleo no mercado internacional. A estatal PDVSA está excluída dos mercados formais e vende grande parte de sua produção com descontos significativos, sobretudo para compradores chineses.

Ainda não está claro como Washington pretende implementar o que Trump chamou de “bloqueio total e completo” dos petroleiros sancionados. Atualmente, a Marinha dos EUA mantém cerca de 11 navios na região, incluindo um porta-aviões e navios de assalto anfíbio, além de aeronaves de patrulha marítima P-8 Poseidon. Esses meios garantem ampla capacidade de vigilância e interdição do tráfego marítimo que entra e sai da Venezuela.

Senador Alan Rick cobra urgência do Itamaraty contra taxas abusivas e risco de expulsão de estudantes na Bolívia


Assessoria - O senador Alan Rick (Republicanos-AC) reuniu-se, nesta quarta-feira (17), no Ministério das Relações Exteriores, para pedir ajuda imediata aos estudantes brasileiros de Medicina na Bolívia. O encontro com o embaixador Bruno Bath, chefe da Divisão da Bolívia, Daniel Lins, e a assistente consular Milenia Vieira tratou das cobranças abusivas feitas pela Universidad Amazónica de Pando (UAP), em Cobija, na fronteira com o Acre.

Alan Rick tem liderado a defesa dos alunos junto ao governo brasileiro. Ele entregou um documento denunciando aumentos de até 142% nas taxas cobradas pela universidade. Um dos exemplos mais graves é o valor do diploma, que saltou de cerca de R$ 10.455 em 2024 para mais de R$ 24.444 em 2025. Para o senador, os valores são injustos e atingem diretamente famílias humildes que investiram tudo no sonho de formar seus filhos.

Durante a reunião, o senador destacou que o Brasil acolhe os bolivianos com respeito e espera o mesmo tratamento aos brasileiros que estudam no país vizinho.

“Tratamos os bolivianos com dignidade e exigimos o mesmo para os brasileiros. Em nossas cidades de fronteira, eles utilizam o SUS gratuitamente e são bem recebidos. Queremos apenas justiça e o mesmo espírito de cooperação para os nossos estudantes”, afirmou Alan Rick.

O senador reforçou ainda o caráter urgente da situação. “Não podemos permitir que esses jovens sejam pegos de surpresa por taxas que destroem anos de esforço e de economia familiar.”

O embaixador Bruno Bath concordou com a indignação do parlamentar e classificou a situação como “dramática”. Ele revelou que até o Consulado Brasileiro em Cobija tem enfrentado dificuldades de diálogo com a reitoria da UAP.

“Compartilhamos completamente dessa indignação. A situação é urgente, pois nos próximos dias pode ocorrer até a expulsão de estudantes, o que não queremos. É obrigação do Estado brasileiro cuidar dos seus”, declarou o embaixador.

Alan Rick também enviou ofício diretamente ao ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, em busca de uma solução. O senador garantiu que seguirá acompanhando o caso diariamente até que os estudantes tenham segurança para concluir a formação e retornar ao Brasil, onde sonham em atuar como médicos.

Agricultura do Acre fecha o ano com avanços e aposta no “produtor digital” em 2026


Por Wanglézio Braga - A confraternização dos servidores da Secretaria de Agricultura do Acre (Seagri), realizada na sexta-feira (12), marcou o encerramento de um ano de resultados positivos para o setor produtivo do estado. Em conversa com o Portal Acre Mais, o secretário José Luís Tchê destacou que a celebração simboliza o reconhecimento de um trabalho coletivo, construído ao longo de 2025 com o esforço dos servidores, técnicos e, principalmente, dos produtores e produtoras rurais.

Segundo o secretário, os números alcançados pela agricultura acreana são fruto de uma parceria sólida entre governo, equipes da Seagri e quem vive no campo. Ele ressaltou que nenhuma política pública se sustenta sem o produtor rural e que o momento é de agradecer, fazer um balanço do que foi realizado e se preparar para um novo ciclo, com foco em mais entregas e obras no próximo ano.

Com a presença de Gladson Cameli, confraternização marca balanço positivo da agricultura


Olhando para 2026, José Luis Tchê adiantou que a Seagri chega com projetos estruturantes já planejados, muitos deles voltados à inovação. Entre os destaques está o programa Agricultor Digital, que deve integrar tecnologia, regularização fundiária digital, acesso a serviços e até telemedicina para produtores que vivem em áreas mais distantes, levando dignidade e qualidade de vida ao campo.

Ao final, o secretário deixou uma mensagem de confiança e reconhecimento aos agricultores do Acre, reforçando que o estado tem terra fértil, clima favorável e, acima de tudo, produtores comprometidos. A expectativa, segundo ele, é de que o próximo ano seja de ainda mais avanços, com políticas públicas que fortaleçam o agro e consolidem o Acre como um celeiro em crescimento na Amazônia.

16 de dez. de 2025

O paraguaio 𝐒𝐓𝐭𝐞 𝐏𝐀𝐌 𝐄𝐥𝐢 𝐚𝐬 𝐄𝐦𝐚𝐧𝐮𝐞𝐥 𝐃𝐞𝐥𝐠𝐚𝐝𝐨 𝐎𝐳𝐨𝐫𝐢𝐨 conclui o curso de piloto aviador na AFA

Em 12 de dezembro deste ano, 𝐒𝐓𝐭𝐞 𝐏𝐀𝐌 𝐄𝐥𝐢 𝐚𝐬 𝐄𝐦𝐚𝐧𝐮𝐞𝐥 𝐃𝐞𝐥𝐠𝐚𝐝𝐨 𝐎𝐳𝐨𝐫𝐢𝐨 concluiu com sucesso seu treinamento na prestigiosa Academia da Força Aérea Brasileira (AFA), em Pirassununga, Estado de São Paulo, Brasil.

Ele concluiu o Curso de Piloto Aviador Militar, treinando nas aeronaves T-25 Universal e T-27 Tucano, onde realizou manobras de voo, acrobacias aéreas, voo em formação, navegação por instrumentos e voo noturno, demonstrando excelência, disciplina e profissionalismo.

Este fato reflete o firme compromisso da FAP com o treinamento integral de seu pessoal e fortalece os laços de cooperação internacional com instituições aliadas, garantindo que cada membro esteja preparado para enfrentar os desafios do serviço e contribuir para a defesa do país.









15 de dez. de 2025

Bastidores da história acreana: bate-papo com o professor Lauro Fontes no DiárioCast

 

No novo episódio do DiárioCast, o podcast do Diário do Acre, tem um bate-papo especial com o professor Lauro Fontes. 

Lauro Fontes é escritor, professor, pesquisador e especialista em Gestão Pública, com mestrados em Sociologia, Ciência Política e Direito. 

Também é articulista político e uma das mentes por trás de importantes iniciativas conservadoras no Acre.

Tarauacá avança na construção de 50 unidades habitacionais após assinatura de processo licitatório


José Gomes/ SECOM - O município de Tarauacá deu um passo decisivo rumo à construção de novas moradias populares. Nesta semana, o secretário estadual de Habitação e Urbanismo, Egleuson Santiago, anunciou a assinatura do processo licitatório que permitirá o início das obras de 50 unidades habitacionais destinadas a famílias tarauacaenses. O avanço marca uma etapa fundamental dentro do planejamento estabelecido pelo Governo do Estado para ampliar o acesso à moradia digna em diversos municípios acreanos.


Visita técnica em julho confirmou viabilidade do projeto

O anúncio desta semana é resultado de um trabalho que vem sendo desenvolvido desde julho, quando o prefeito Rodrigo Damasceno e a vice-prefeita Marilete Vitorino receberam o secretário Egleuson Santiago para uma visita técnica ao terreno onde as casas serão construídas.

Na ocasião, a equipe avaliou as condições da área e acompanhou de perto o andamento da sondagem do solo, etapa essencial para garantir segurança e qualidade na execução da obra.


Sondagem concluída e cronograma avançando

Durante aquela inspeção, o secretário Egleuson havia informado que a sondagem estava em fase final e que, após sua conclusão, o próximo passo seria justamente a abertura do processo licitatório. Com o anúncio feito nesta semana, o cronograma segue dentro do previsto, aproximando o município do início efetivo das construções.


Impacto social esperado

As 50 novas habitações representam um reforço importante para a política habitacional de Tarauacá, contribuindo para reduzir o déficit de moradia e oferecer melhores condições de vida a dezenas de famílias. O município aguarda agora as próximas etapas do processo, que incluem a definição da empresa responsável pela obra e, posteriormente, o início dos trabalhos no canteiro de obras.

Zelensky abre mão da adesão à OTAN em tentativa de avançar nas negociações de paz


BERLIM — O presidente da Ucrânia, Volodímir Zelensky, anunciou neste domingo (14 de dezembro de 2025) que o país está disposto a renunciar formalmente ao sonho de se tornar membro da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) como parte de um esforço estratégico para impulsionar as negociações de paz com a Rússia. A declaração foi feita às vésperas de uma nova rodada de conversas em Berlim, que reúne representantes ucranianos, enviados dos Estados Unidos e líderes europeus com o objetivo de encontrar um caminho para encerrar o conflito iniciado em 2022.

A posição de Zelensky representa uma mudança significativa na política externa ucraniana, já que a adesão à OTAN vinha sendo um dos principais objetivos estratégicos do país e estava prevista na Constituição ucraniana como uma garantia de segurança diante de possíveis futuras agressões — especialmente por parte da Rússia.


Garantias de segurança no lugar da adesão

Zelensky afirmou que, em vez de buscar a filiação plena à OTAN, Kiev agora está focada em negociar garantias de segurança juridicamente vinculativas com os Estados Unidos, União Europeia, Canadá, Japão e outros parceiros ocidentais. Segundo ele, essa nova abordagem seria um compromisso ucraniano em troca de apoio efetivo que possa evitar futuras ofensivas russas.

Embora a renúncia à adesão à OTAN atenda a uma das exigências apresentadas por Moscou nas negociações de paz, Zelensky deixou claro que a Ucrânia não pretende ceder territórios já sob seu controle, rejeitando, por ora, propostas que impliquem na retirada de tropas ou entrega de áreas no leste do país.


O contexto das negociações

As conversas em Berlim contam com a participação de enviados especiais dos Estados Unidos — incluindo Steve Witkoff e Jared Kushner — e do chanceler alemão Friedrich Merz, entre outros líderes europeus. Os negociadores estão trabalhando para mediar um plano de paz que possa equilibrar os interesses de Kiev e as exigências russas, que há tempos afirmam que a Ucrânia deve abandonar seus planos de adesão à OTAN e aceitar um status de neutralidade como condição para um acordo duradouro.

A mudança de postura de Kiev ocorre em meio a uma intensificação das operações militares no terreno e a pressões diplomáticas crescentes por parte dos Estados Unidos e seus aliados para buscar uma solução negociada que ponha fim à guerra mais sangrenta na Europa desde a Segunda Guerra Mundial.


O objetivo de Putin com a guerra na Ucrânia

Um dos principais objetivos declarados por Putin desde o início da crise é impedir que a Ucrânia entre na Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) — uma meta repetida em discursos oficiais e que esteve no cerne das exigências russas antes e depois da invasão.

Segundo analistas, Moscou vê a expansão da OTAN rumo ao leste europeu, inclusive com a possibilidade da Ucrânia se tornar membro, como uma ameaça direta à sua segurança estratégica. Para Putin, uma Ucrânia integrada à OTAN significaria bases militares e capacidades ocidentais ainda mais próximas do território russo.

Chile elege José Antonio Kast como presidente e dá guinada para a direita

Kast obteve 58,30% dos votos no segundo turno contra a candidata de esquerda Jeannette Jara, que ficou com 41,70%

Com 59 anos de idade e uma agenda centrada em temas de segurança, José Antonio Kast chegou ao topo do poder no Chile.

Foto: MARVIN RECINOS/AFP via Getty Images / BBC News Brasil


Por - Alexander Villegas e Fabian Cambero- José Antonio Kast venceu a eleição presidencial do Chile neste domingo, explorando o medo dos eleitores em relação ao aumento da criminalidade e da migração para conduzir o país à sua mais acentuada guinada à direita desde o fim da ditadura militar em 1990.


Kast obteve 58,30% dos votos no segundo turno contra a candidata de esquerda Jeannette Jara, que ficou com 41,70%, com mais de 95% das urnas apuradas.

"A democracia falou alto e claro", disse Jara ao reconhecer a derrota. "Conversei com José Antonio Kast e lhe desejei sucesso para o bem do Chile."

Ao longo de sua longa carreira política, Kast tem sido um político de extrema-direita consistente. Ele propôs a construção de muros na fronteira, o envio de militares para áreas com altos índices de criminalidade e a deportação de todos os migrantes em situação irregular no país.

Sua vitória representa o mais recente triunfo da direita ressurgente na América Latina. Ele se junta a Daniel Noboa, do Equador, Nayib Bukele, de El Salvador, e Javier Milei, da Argentina. Em outubro, a eleição do centrista Rodrigo Paz pôs fim a quase duas décadas de governo socialista na Bolívia.

Esta foi a terceira candidatura de Kast à presidência e o segundo segundo turno, após a derrota para o presidente de esquerda Gabriel Boric em 2021. Considerado por muitos chilenos como muito extremista, ele atraiu eleitores cada vez mais preocupados com a criminalidade e a imigração.

Apoiadores chegaram à sede da campanha de Kast em Santiago na noite deste domingo, agitando bandeiras do Chile. Alguns usavam bonés vermelhos com a inscrição "Make Chile Great Again".

Ignacio Segovia, um estudante de engenharia de 23 anos, estava entre eles. "Cresci num Chile pacífico, onde você podia sair na rua sem se preocupar, saía sem problemas ou medo", disse ele. "Agora você não pode sair em paz."


KAST PODE ENFRENTAR OPOSIÇÃO DE UM CONGRESSO DIVIDIDO


Embora o Chile continue sendo um dos países mais seguros da América Latina, a criminalidade violenta aumentou drasticamente nos últimos anos, à medida que grupos do crime organizado se estabeleceram, aproveitando-se das fronteiras desérticas e porosas do norte do país, dos importantes portos marítimos internacionais e do fluxo de imigrantes vulneráveis ao tráfico de pessoas e à exploração sexual.

Dados do governo mostram que a grande maioria dos imigrantes em situação irregular no Chile chegou da Venezuela nos últimos anos.

As propostas de Kast incluem a criação de uma força policial inspirada no Serviço de Imigração e Alfândega dos EUA (ICE) para deter e expulsar rapidamente os imigrantes que se encontram em situação irregular no país.

Ele também defendeu cortes drásticos nos gastos públicos.

No entanto, as propostas mais radicais de Kast provavelmente enfrentarão resistência de um Congresso dividido. Embora os partidos de direita tenham conquistado cadeiras em ambas as casas legislativas nas eleições gerais de novembro, a maior parte dessas conquistas veio de partidos mais tradicionais. O Senado está dividido igualmente entre partidos de esquerda e de direita, enquanto o voto decisivo na câmara baixa pertence ao Partido Popular, de orientação populista.

O Chile é o maior produtor mundial de cobre e um importante produtor de lítio, e as expectativas de menos regulamentação e políticas mais favoráveis ao mercado já impulsionaram o peso e o mercado de ações.

Kast já se manifestou abertamente contra o aborto e a pílula do dia seguinte, mas a mudança nas leis de aborto do país exigiria o apoio de mais da metade do Congresso para ser aprovada.a

11 de dez. de 2025

No Podcast Correio em Prosa bate-papo imperdível com os bambas da notícia do agronegócio acreano


 

Nesta sexta-feira 12, Marcela Jansen do Correio Online, um dos site mais abrangentes do Estado do Acre e agora também especializado no agronegócio, abre a porteira e recebe em seu Podcast Correio em Prosa dois jornalistas que vem se destacando no cenário atual da Web.

São eles Ronam Matos  do Diário do Acre e Wanglézio Braga do Acre Mais que vão deixar o acreano por dentro dos últimos acontecimentos da pecuária e da nova estrela da agricultura acreana, o café. 

Todos estão em diversas redes sociais como,  por exemplo, Instagram e Facebook e Marcela ainda tem um Instagram especializado no agro que é o @correioagro_br 

Não perca!

“Nossos números falam por si”: Tchê celebra recordes na produção agrícola do Acre

Secretário fala sobre recordes na produção, programas de apoio ao produtor, sustentabilidade e novos investimentos que fortalecem o agro no Acre


Por Ronan Matos - No episódio desta semana do GovCast, o podcast oficial do governo do Acre, o secretário de Estado de Agricultura, José Luis Tchê, foi o convidado especial desta terça-feira, 9, para falar sobre os avanços do setor agrícola no estado. Durante a entrevista, o gestor classificou o momento atual como “fantástico” e ressaltou os recordes alcançados pela produção acreana.

Tchê destacou a evolução das principais culturas, como soja, milho e café, apontando que os números comprovam a força do solo acreano. “A média do Brasil é de 54 a 56 sacas de soja. A nossa, no ano passado, foi de 62. Isso demonstra que temos um solo fértil. Se fizer a análise e corrigir adequadamente, muda a vida do produtor rural”, explicou. Ele também reforçou que o milho já é uma cadeia consolidada no estado.

Durante o bate-papo, o secretário comentou sobre os desafios enfrentados pelos produtores durante eventos climáticos, como cheias e secas, destacando as ações do governo para minimizar os impactos. Programas como a compra da produção de agricultores atingidos e o Peixe no Prato Solidário foram lembrados como iniciativas essenciais para evitar perdas e garantir renda aos produtores. “Hoje a secretaria tem estrutura para atender nossos produtores rurais”, afirmou.

Outro ponto de destaque foi o compromisso com a produção sustentável. Segundo Tchê, agricultura e meio ambiente têm caminhado juntos no Acre. “Havia um olhar de que plantar soja iria desmatar. Hoje, o produtor está muito consciente, e os dois setores trabalham de mãos dadas”, disse. Ele também enfatizou o impacto positivo da instalação de fábricas de ração no estado, reduzindo custos e ampliando a capacidade produtiva.

O café acreano também ganhou espaço na entrevista, com Tchê celebrando o reconhecimento nacional da produção. Ele destacou que quatro cafés do Acre ficaram entre os 30 melhores do Brasil, sendo dois entre os 15 primeiros. “Estamos na terceira edição do concurso do café, mostrando para o Brasil e o mundo que produzimos café e cuidamos da floresta”, observou.

O secretário também apresentou novidades, como o Agricultor Digital — plataforma que permitirá aos produtores ofertar seus produtos diretamente ao mercado — e o avanço em programas como o Pinto de Um Dia, que deve alcançar a marca de até 60 mil pintos entregues mensalmente com a nova incubadora. A cadeia do mel, o cultivo de cacau e ações de fortalecimento da pecuária também foram mencionadas como áreas estratégicas que vêm recebendo investimentos.

10 de dez. de 2025

Vereador Jorgion Ferreira solicitou 'Título de Cidadão Tarauacaense' para o senador Alan Rick


Por Reginaldo Palazzo - O vereador Vereador Jorgion Ferreira solicitou na Sessão Ordinária de hoje (10), via Indicação de Nº 108/2025 o título de cidadão tarauacaense para o senador Alan Rick.

A justificativa é que o senador Alan Rick tem se destacado por seu compromisso com o desenvolvimento do Estado do Acre e, em especial, do Município de Tarauacá. Ao longo de sua trajetória pública, tem demonstrado apoio às demandas da população tarauacaense, contribuindo com a destinação de recursos, fortalecimento de políticas públicas e incentivo a projetos sociais e estruturantes no município.

Seu trabalho voltado ao bem-estar coletivo, aliado à atenção às necessidades regionais e busca constante por melhorias nas áreas de saúde, educação, infraestrutura e apoio às comunidades tradicionais, fazem com que seja reconhecido como verdadeiro parceiro de Tarauacá.


SENADOR ALAN RICK

Senador Alan Rick recebendo o Prêmio Excelência Parlamentar pelo 4º ano consecutivo e se mantém entre os melhores parlamentares do país

Acreano de Rio Branco, Alan Rick Miranda nasceu em 23 de outubro de 1976. É jornalista, administrador de empresas com habilitação em Comércio Exterior e pós-graduado em Jornalismo Político. Também é poeta e cronista, com dois livros publicados.

Antes de ingressar na vida pública, construiu uma carreira sólida no jornalismo acreano, com passagens pela TV Acre (Globo) e pela TV Gazeta (Record), onde apresentou por quase 20 anos o programa Gazeta Entrevista, consolidando-se como uma das vozes mais influentes da comunicação no estado.

Na política, foi deputado federal por dois mandatos consecutivos (2015–2018 e 2019–2022) e, em 2022, foi eleito senador da República com 154.312 votos, o equivalente a 37,46% dos votos válidos.

Ao longo da trajetória, o senador tem pautado sua atuação pela defesa da vida, da família e da liberdade. No primeiro mandato como deputado federal, criou e presidiu a Frente Parlamentar em Defesa da Vida e da Família, tendo papel decisivo na defesa do Estatuto da Família e do projeto Escola Sem Partido, que buscou combater a doutrinação ideológica e a ideologia de gênero nas escolas.

Também se destacou na luta contra a erotização infantil e o uso de materiais didáticos inadequados em sala de aula. Sua atuação contribuiu para o arquivamento do PL 5002/2013, que previa a cirurgia de mudança de sexo em crianças sem o consentimento dos pais. É contrário ao aborto e à descriminalização da maconha.

Entre suas conquistas legislativas, é autor da Lei do Revalida, que tornou obrigatória a realização bimestral do exame de revalidação de diplomas de médicos formados no exterior, e da Lei que instituiu o Dia Nacional da Fibromialgia (12 de maio). Foi responsável por emenda à nova Lei Geral do Turismo que autorizou o uso de recursos do Fundo Nacional de Aviação Civil (FNAC) para subsidiar o preço do querosene de aviação nos estados da Amazônia Legal. O subsídio deve ser regulamentado pelo governo federal, o que deverá reduzir custos e melhorar a conectividade aérea na região.

Além disso, Alan Rick é relator do Código de Defesa do Empreendedor e foi relator do projeto que instituiu o Estatuto da Simplificação das Obrigações Tributárias Acessórias, reforçando seu compromisso com o ambiente de negócios, a liberdade econômica e a redução da burocracia no país.


No Senado Federal, segue defendendo pautas como:


•      Liberdade econômica e livre iniciativa

•      Saúde pública de qualidade e acessível

•      Reestruturação do Estado brasileiro

•      Reforma Tributária justa e desburocratização

•      Combate ao autoritarismo e aos abusos de autoridade

•      Reequilíbrio das competências entre os Três Poderes


O parlamentar acreano também presidiu a Comissão de Agricultura e Reforma Agrária do Senado Federal (biênio 2023–2024), período em que priorizou o fortalecimento do setor agropecuário, a regularização fundiária, o licenciamento ambiental responsável e a aprovação de projetos estratégicos para o desenvolvimento do campo.

Hoje, o senador segue atuando com firmeza, técnica e diálogo para promover desenvolvimento sustentável, justiça social e oportunidades reais para o povo acreano e brasileiro.

Diante de sua dedicação, esforço e relevantes serviços prestados ao nosso povo, a homenagem proposta é justa e representa o reconhecimento público por parte desta Casa Legislativa.

A solicitação foi aprovada por unanimidade por todos os vereadores presentes.

Combustíveis fósseis ficam fora dos acordos da COP30

Organizações falam em vitória da indústria fóssil, e Marina Silva diz que resultado ficou aquém do necessário

Foto: Ricardo Stucker - PR

aepet.org - A Conferência do Clima das Nações Unidas (COP30), realizada em Belém, no Pará, encerrada no sábado (22/11), apresentando um acordo que não menciona a eliminação dos combustíveis fósseis. Analistas citados pelas agências de notícias dizem que houve progress em eixos como financiamento para adaptação, inclusão social. O texto aprovado reafirma a necessidade de acelerar a ação climática “de forma voluntária” e prevê triplicar o financiamento para adaptação até 2035, mas frustra expectativas por avanços mais concretos.

A ausência de um compromisso explícito sobre petróleo, gás e carvão gerou reações de países como Colômbia, Uruguai e Panamá, que interromperam momentaneamente a plenária final para contestar a forma como parte das decisões foi conduzida. A Colômbia afirmou que o encontro “está longe de ser a COP da adaptação”, enquanto o Panamá criticou a falta de clareza sobre compromissos financeiros.

Do outro lado, o bloco de países produtores, que inclui Arábia Saudita, Irã e Rússia, atuou para barrar qualquer menção direta ao abandono dos fósseis, repetindo a disputa que marcou a COP28, em Dubai. Desta vez, porém, o impasse prevaleceu. O representante russo chegou a acusar delegações latino-americanas de “se comportarem como crianças”, gerando protestos no plenário.

Mesmo sem consenso sobre o tema central da transição energética, o pacote final manteve o chamado “Mutirão Global”, documento político que organiza debates, cria novas estruturas de cooperação e convoca países a alinhar seus planos climáticos ao limite de 1,5°C. O Mutirão não cita combustíveis fósseis, mas inclui a meta de triplicar o financiamento para adaptação, uma das principais demandas de países em desenvolvimento.

Entre as decisões aprovadas estão o novo Programa de Trabalho de Transição Justa, diretrizes para o Fundo de Perdas e Danos, o avanço no Artigo 2.1(c), que busca reorganizar fluxos financeiros globais, e a adoção dos primeiros indicadores internacionais para medir adaptação climática. Ainda assim, diversos países consideraram que o texto ficou aquém das necessidades e reforçaram críticas ao processo de negociação.

O presidente da COP30, André Corrêa do Lago, prometeu que o Brasil elaborará, nos próximos meses, dois “mapas do caminho”: um para reverter o desmatamento e outro para orientar a transição longe dos combustíveis fósseis. As iniciativas não constam do documento final, mas foram apresentadas como gesto político pelo diplomata. “Precisamos de mapas para ultrapassar a dependência dos fósseis de forma ordenada e justa”, afirmou.

Durante a plenária final, a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, reconheceu que a COP não alcançou o que muitos esperavam, mas defendeu que houve avanços modestos em adaptação, financiamento e transição justa. “Sonhávamos com muito mais resultados”, disse.

“Em que pese ainda não ter sido possível o consenso para que esse fundamental chamado entrasse nas decisões desta COP30, tenho certeza de que o apoio que recebeu de muitas Partes e da sociedade fortalece o compromisso da atual Presidência de se dedicar para elaborar dois mapas do caminho. Um sobre deter e reverter o desmatamento. Outro, sobre a transição para longe dos combustíveis fósseis de maneira justa, ordenada e equitativa. Ambos serão guiados pela ciência e serão inclusivos”, pontuou.

As próximas sedes da COP já estão definidas: a Turquia receberá a COP31, em 2026, e a Etiópia sediará a COP32, em 2027.

Com informações da Agência Brasil, Brasil 247, Reuters e AFP