Assessoria - O senador Alan Rick (Republicanos-AC) reuniu-se, nesta quarta-feira (17), no Ministério das Relações Exteriores, para pedir ajuda imediata aos estudantes brasileiros de Medicina na Bolívia. O encontro com o embaixador Bruno Bath, chefe da Divisão da Bolívia, Daniel Lins, e a assistente consular Milenia Vieira tratou das cobranças abusivas feitas pela Universidad Amazónica de Pando (UAP), em Cobija, na fronteira com o Acre.
Alan Rick tem liderado a defesa dos alunos junto ao governo brasileiro. Ele entregou um documento denunciando aumentos de até 142% nas taxas cobradas pela universidade. Um dos exemplos mais graves é o valor do diploma, que saltou de cerca de R$ 10.455 em 2024 para mais de R$ 24.444 em 2025. Para o senador, os valores são injustos e atingem diretamente famílias humildes que investiram tudo no sonho de formar seus filhos.
Durante a reunião, o senador destacou que o Brasil acolhe os bolivianos com respeito e espera o mesmo tratamento aos brasileiros que estudam no país vizinho.
“Tratamos os bolivianos com dignidade e exigimos o mesmo para os brasileiros. Em nossas cidades de fronteira, eles utilizam o SUS gratuitamente e são bem recebidos. Queremos apenas justiça e o mesmo espírito de cooperação para os nossos estudantes”, afirmou Alan Rick.
O senador reforçou ainda o caráter urgente da situação. “Não podemos permitir que esses jovens sejam pegos de surpresa por taxas que destroem anos de esforço e de economia familiar.”
O embaixador Bruno Bath concordou com a indignação do parlamentar e classificou a situação como “dramática”. Ele revelou que até o Consulado Brasileiro em Cobija tem enfrentado dificuldades de diálogo com a reitoria da UAP.
“Compartilhamos completamente dessa indignação. A situação é urgente, pois nos próximos dias pode ocorrer até a expulsão de estudantes, o que não queremos. É obrigação do Estado brasileiro cuidar dos seus”, declarou o embaixador.
Alan Rick também enviou ofício diretamente ao ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, em busca de uma solução. O senador garantiu que seguirá acompanhando o caso diariamente até que os estudantes tenham segurança para concluir a formação e retornar ao Brasil, onde sonham em atuar como médicos.


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