TRADUÇAÕ: Eu sou o que eu acho, você é o que você faz.
...É quando, em nome do bom senso, passamos a justificar nossos erros ou incompetência para a sociedade. MINHA VIDA NUNCA FOI FÁCIL. Mas houve uma época que eu achava que tudo era fácil. Era uma época mágica onde o idealismo falava até mais alto que o meu bom senso. Bom senso... Ah! Como é bom tê-lo. Pena que ele só venha com a experiência.
Na adolescência todos somos jogadores e, de modo geral, não temos essa virtude tão necessária ao sucesso. Pai da honestidade e da ética o bom senso é virtude necessária aos indivíduos de bom caráter. Algo do tipo: “faça aos outros aquilo que gostaria que os outros vos fizessem”. Mas eu falava da vida. Vida esta que era fácil.
Mas fácil só na adolescência. Pois quando atingimos a maturidade inicia-se um doloroso processo de adaptação à realidade. O idealismo começa a entrar em contradição com o bom censo e as adversidades nos colocam em uma situação desconfortável, no qual o EU que sonha passa a se confrontar com o EU que quer.
Nesta fase - lá pelos seus 25 anos - a sociedade começa a lhe cobrar resultados e você desesperado por não tê-los passa a, em nome do bom senso, intitular-se pragmático. Sim, PRAG-MÁ-TI-CO.
Ser pragmático é, em miúdas palavras, ser prático ou seguir uma praxe estabelecida. Ou seja, o idealista “não tão idealista” é pragmático. Isso tudo é muito confuso não acham?
Vou ser prático (ou melhor pragmático) então: Você acaba de se formar em administração de empresas e é contratado para ser gerente do departamento de recursos humanos de uma autarquia pública, por exemplo. E, na primeira semana, cheio de gás e tensão você inicia um rigoroso planejamento visando maximizar a produtividade do seu departamento.
Legal, não acha? Pois é, seria legal se não fosse o time de veteranos concursados ou apadrinhados que não querem entrar no clima e começam a fazer corpo mole. Neste momento você se recorda da sua adolescência. Lembra o quanto tudo era tão fácil. Mas agora não é! E, a esta altura do campeonato e depois de muita luta e desgaste, lhe resta apenas ser prático e aderir à política de boa vizinhança com os “aspones”, ou melhor, seus novos amigos.
Mas e o idealismo? E os princípios da administração dos recursos humanos? E a produtividade? De que valeram seus dez longos semestres na faculdade? E toda aquela grana deixada no caminho? É... Agora você tem que ser prático, ou melhor, PRAG-MÁ-TI-CO para sobreviver naquele local.
Comodismo, omissão e pragmatismo andam sempre de mãos dadas. Nem sempre ser pragmático é ser desonesto ou antiético a não ser com você mesmo e com seus princípios. Mas ser pragmático é sempre um caminho mais rápido e menos desgastante de justificar nossa incompetência e nossos erros para a sociedade. . .
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