Vejam esta imagem:
É, como viram, uma manchete do jornal “Correio da Bahia”. Dá para entender por que os petralhas odeiam a imprensa e por que mantêm uma rede de difamação a soldo. Sim, O que está sintetizado aí é absolutamente verdadeiro: o governo do petista Jaques Wagner decidiu fazer um concurso em que os candidatos que fossem sindicalistas e militantes de partido — de qual, hein? — ganhariam pontos adicionais. Como a coisa veio a público, o edital foi suspenso. Ah, sim: essa militância tinha mais peso do que a formação universitária!
Da mulher de César, dizia-se que tinha de ser honesta e de parecer honesta. Naquele caso, ser e não parecer não ficava bem a alguém na sua condição. Mas, vá lá, num regime de aparências ao menos, bastaria parecer, ainda que honesta não fosse. Eu diria que os petralhas estavam nessa fase até outro dia. Nestes tempos, foi-se o último escrúpulo. Não sendo, acham já que nem precisam parecer. Estão de tal sorte convencidos de que nada nem ninguém os ameaça que podem fazer um edital escancaradamente dirigido.
Leiam trecho de reportagem de Carlos Mandeiro, no UOL:
A Secult-BA (Secretaria de Cultura do Estado da Bahia) cancelou o edital para contratação de nove representantes territoriais de cultura na tarde desta quinta (23). A seleção gerou polêmica porque a comprovação de anos de “experiência sindical e partidária” poderia acrescentar até dez pontos aos candidatos. A crítica de especialistas em concursos públicos sugere que esse item poderia favorecer militantes do PT (Partido dos Trabalhadores), que governa o Estado.
Procurada pelo UOL, a Secretaria disse apenas que o edital foi cancelado, que os itens previstos serão revistos e que não há prazo para publicação de um novo documento. Apesar de questionado, o órgão não comentou sobre os motivos que levaram à inclusão dos itens na seleção, nem informou de que forma a experiência sindical ou partidária ajudaria no exercício de um cargo na área cultural.
Tempo no sindicato valeria mais que faculdade
As inscrições deveriam ser iniciadas hoje para o certame. Os técnicos permaneceriam na função até dezembro, com salário mensal de R$ 1.980. O edital que gerou confusão foi publicado no início do mês e previa que um candidato ganhasse até 10 pontos pela atuação em sindicatos, partidos e organizações da sociedade civil. Para conseguir a pontuação, seria preciso provar que atuou por quatro anos - são 2,5 pontos por ano.
Pelos critérios do edital, o ano de atuação sindical ou política valeria mais que as atividades artísticas (atividade-fim da função), que prevê apenas dois pontos a cada 12 meses de participação. De acordo com o edital, uma pessoa que tenha feito graduação na área teria sete pontos na análise de currículo - três a menos que a atuação em sindicatos ou partidos. Já uma pós-graduação na área vale os mesmos dez pontos da atuação política. Já outras pós-graduações valeriam apenas sete pontos.
(…)
Por Reinaldo Azevedo
É, como viram, uma manchete do jornal “Correio da Bahia”. Dá para entender por que os petralhas odeiam a imprensa e por que mantêm uma rede de difamação a soldo. Sim, O que está sintetizado aí é absolutamente verdadeiro: o governo do petista Jaques Wagner decidiu fazer um concurso em que os candidatos que fossem sindicalistas e militantes de partido — de qual, hein? — ganhariam pontos adicionais. Como a coisa veio a público, o edital foi suspenso. Ah, sim: essa militância tinha mais peso do que a formação universitária!
Da mulher de César, dizia-se que tinha de ser honesta e de parecer honesta. Naquele caso, ser e não parecer não ficava bem a alguém na sua condição. Mas, vá lá, num regime de aparências ao menos, bastaria parecer, ainda que honesta não fosse. Eu diria que os petralhas estavam nessa fase até outro dia. Nestes tempos, foi-se o último escrúpulo. Não sendo, acham já que nem precisam parecer. Estão de tal sorte convencidos de que nada nem ninguém os ameaça que podem fazer um edital escancaradamente dirigido.
Leiam trecho de reportagem de Carlos Mandeiro, no UOL:
A Secult-BA (Secretaria de Cultura do Estado da Bahia) cancelou o edital para contratação de nove representantes territoriais de cultura na tarde desta quinta (23). A seleção gerou polêmica porque a comprovação de anos de “experiência sindical e partidária” poderia acrescentar até dez pontos aos candidatos. A crítica de especialistas em concursos públicos sugere que esse item poderia favorecer militantes do PT (Partido dos Trabalhadores), que governa o Estado.
Procurada pelo UOL, a Secretaria disse apenas que o edital foi cancelado, que os itens previstos serão revistos e que não há prazo para publicação de um novo documento. Apesar de questionado, o órgão não comentou sobre os motivos que levaram à inclusão dos itens na seleção, nem informou de que forma a experiência sindical ou partidária ajudaria no exercício de um cargo na área cultural.
Tempo no sindicato valeria mais que faculdade
As inscrições deveriam ser iniciadas hoje para o certame. Os técnicos permaneceriam na função até dezembro, com salário mensal de R$ 1.980. O edital que gerou confusão foi publicado no início do mês e previa que um candidato ganhasse até 10 pontos pela atuação em sindicatos, partidos e organizações da sociedade civil. Para conseguir a pontuação, seria preciso provar que atuou por quatro anos - são 2,5 pontos por ano.
Pelos critérios do edital, o ano de atuação sindical ou política valeria mais que as atividades artísticas (atividade-fim da função), que prevê apenas dois pontos a cada 12 meses de participação. De acordo com o edital, uma pessoa que tenha feito graduação na área teria sete pontos na análise de currículo - três a menos que a atuação em sindicatos ou partidos. Já uma pós-graduação na área vale os mesmos dez pontos da atuação política. Já outras pós-graduações valeriam apenas sete pontos.
(…)
Por Reinaldo Azevedo
Nota do Blog: Isso é tão democrático!!!
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