Quadro no salão do TCE - AC |
Curiosamente Plácido de Castro, convidado para comandar a campanha militar, já que possuía experiência anterior, não queria começar a campanha por Mariscal Sucre (como era chamada a atual Xapuri), mas sim por Puerto Alonso (ver box), mas foi convencido do contrário pelos líderes da revolução, especialmente Joaquim Vitor e Rodrigo de Carvalho. Do mesmo modo, Plácido pretendia deflagrar o movimento no dia 14 de julho, mesma data escolhida por Galvez para a proclamação do Estado Independente, três anos antes. Porém, o atraso na chegada das armas que seriam utilizadas na luta, levou ao adiamento da iniciativa. Foi escolhida então a data comemorativa, também por seu simbolismo, da Independência da Bolívia, dia 06 de agosto.
Conta nossa história oficial que no dia marcado, antes do raiar do dia, Plácido de Castro à frente de seu pelotão de seringueiros postados estrategicamente em frente das três casas que serviam como abrigo às forças bolivianas, acordou o comandante D. Juan de Dios Barrientos, que atordoado pensou tratar-se já do início das festas pela passagem do dia da independência boliviana e abrindo a porta exclamou:
- Es Temprano para la fiesta.
Ao que respondeu Plácido com determinação:
- Não é festa, Sr. Intendente, é Revolução !
“É interessante notar as profundas semelhanças entre a revolução de Galvez e a de Plácido de Castro. Veja-se o paralelo em quase todos os atos administrativos do Estado do Acre de um e do outro. Plácido escolheu a data de 14 de julho para o início do movimento. Na mesma data Galvez iniciava a sua república. Plácido queria primeiro atacar Puerto Alonso, onde Galvez irrompeu seu motim, sem um tiro, para aí instalar o seu governo. Os limites geográficos de um e de outro Estado são quase os mesmos. A bandeira decretada por Galvez foi integralmente adotada por Plácido. A estrutura administrativa do governo de Galvez serviu de modelo a Plácido, para instalar o seu. Os dois instituem com o mesmo nome o “Estado Independente do Acre”. A capital do Estado, Cidade do Acre, nomenclatura emprestada por Galvez a Puerto Alonso, é mantida por Plácido de Castro. A intenção de pedir ao Governo brasileiro a anexação do Acre foi uma constante nos dois chefes.”
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