Com a revisão dos dados do 1º trimestre, resultado aponta que o Brasil está em recessão técnica
- O PIB (Produto Interno Bruto) nacional encolheu 0,6% ao longo do segundo trimestre de 2014, na comparação com o primeiro do ano. O resultado, divulgado nesta sexta-feira (29) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), leva em conta todas as riquezas produzidas pelo País.
O instituto também aproveitou para revisar a divulgação do resultado referente ao primeiro trimestre do ano, que passou de 0,2% para -0,2%, o que caracteriza que o Brasil agora se encontra em uma recessão técnica, situação na qual a economia encolhe por dois trimestres seguidos.
Apesar das duas quedas seguidas, no acumulado dos quatro últimos trimestres, houve crescimento de 1,4% em relação aos quatro trimestres anteriores.
Em valores correntes, a produção das riquezas do País alcançou R$ 1,27 trilhão no segundo trimestre, sendo R$ 1,1 trilhão referentes ao valor adicionado a preços básicos e R$ 183,7 bilhões aos Impostos sobre Produtos líquidos de Subsídios.
No primeiro semestre de 2014, o PIB apresentou crescimento de 0,5% em relação a igual período de 2013. Nesta base de comparação, o destaque ficou para o desempenho da Agropecuária (1,2%) e dos Serviços (1,1%). A Indústria, por sua vez, sofreu queda de 1,4%.
Setores
A agropecuária teve variação positiva de 0,2%, enquanto a indústria (-1,5%) e os Serviços (-0,5%) recuaram. Na comparação com o segundo trimestre de 2013, o PIB teve queda de 0,9%, sendo que a agropecuária permaneceu estável (0,0%), a indústria teve recuo (-3,4%) e os serviços variaram 0,2%.
Dentre os subsetores da Indústria, apenas a Extrativa mineral cresceu (3,2%). A Indústria de Transformação (-2,4%), Construção Civil (-2,9%) e Eletricidade e Gás, Água, Esgoto e Limpeza Urbana (-1,0%) apresentaram queda em relação ao trimestre anterior.
Já nos Serviços, o recuo foi puxado pelo desempenho negativo observado no Comércio (-2,2%) e em Outros Serviços (-0,8%). Os serviços de administração, saúde e educação pública (0,1%) e transporte, armazenagem e correio (0,0%) mantiveram estabilidade em relação ao trimestre imediatamente anterior.
Pela ótica do gasto, o resultado negativo do PIB foi puxado pelas quedas da Formação Bruta de Capital Fixo (-5,3%) e da Despesa de Consumo da Administração Pública (-0,7%).
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