9 de out. de 2014

EDUCAÇÃO À MODA ANTIGA - PROFESSORES E ALUNOS SE RESPEITANDO E APRENDENDO JUNTOS


Associação Águas Claras do Rio Pinheiros (FACEBOOK) - A Águas Claras em São Paulo desenvolve um belo projeto de educação ambiental com cerca de 1800 jovens da bacia do córrego do Jaguaré. Educadores super engajados ajudam os jovens a dominarem conceitos fundamentais das águas urbanas, a começar pelo entorno das escolas, a região do bacia do Jaguaré e depois o Rio Pinheiros. Grandes aprendizados! Eles se apropriam da bacia! 


JÁ EM PORTO ALEGRE

Ex-alunos se mobilizam para ajudar a pagar tratamento de professora no RS

Professora ficou em coma durante 10 dias em hospital de Porto Alegre.
Com venda de lanches e rifas, grupo arrecadou cerca de R$ 3 mil.

Alunos venderam rifas, lanches e organizaram bazar no RS (Foto: Arquivo Pessoal)

Paula Menezes - A professora de português Helen Lopes, de 39 anos, recebeu uma demonstração de carinho de ex-alunos em um momento em que lutava por sua vida em Porto Alegre. Após ficar 10 dias hospitalizada em coma induzido, ela acordou e soube que uma campanha fora articulada para arrecadar dinheiro para o tratamento médico. As ações incluíram vendas de lanches e rifas, organização de um bazar e a criação de uma página em uma rede social que conta com mais de 700 membros.

Helen foi internada no Hospital Divina Providência, em Porto Alegre, no dia 16 de agosto. As complicações haviam começado antes. Em junho, ela precisou retirar um anel decorrente de uma cirurgia de redução de estômago, feita há oito anos. Com o novo procedimento, acabou pegando uma bactéria que gerou um abcesso no fígado e evoluiu para infecção generalizada. Há mais de uma semana, ela segue em recuperação em um quarto no hospital.

Alunos escreveram mensagens na página criada para campanha (Foto: Reprodução/Facebook)

“Meu Deus do céu, eu não imaginava tudo isso. São formandos de cinco, quatro anos atrás. Alguns eu não mantinha mais contato, e eles acabaram se unindo. O que eu já chorei desde que soube disso, não é pouco. Eu vejo que tudo valeu a pena. Valeu a pena escolher ser professora, valeu a pena o que fiz”, contou a professora, emocionada, ao G1.

Os estudantes se mobilizaram de diferentes formas. Passaram a produzir cupcakes, bolos e pastéis, entre outros alimentos, e foram vender em frente à Escola Estadual Nossa Senhora Aparecida, em Alvorada, na Região Metropolitana de Porto Alegre, onde foram alunos de Helen. Também venderam rifas e organizaram um bazar, realizado no último final de semana, no Clube de Mães da cidade. A mobilização arrecadou cerca de R$ 3 mil.

A campanha ainda ocorreu através do Facebook, com a criação da página “Ajuda prof Helen Lopes”. Nela, o grupo divulgou a conta bancária de um dos familiares da professora, a fim de arrecadar doações, que chegaram a mais R$ 400. O ex-aluno Guilherme Pereira, de 22 anos, afirma que a professora marcou a vida dos estudantes por inúmeras ações positivas que realizou.

“No nosso colégio não tinha formatura. Chegava o fim do terceiro ano, a pessoa só buscava o papel lá e deu. Ela mudou isso. Queria que a gente tivesse uma formatura. Ajudava a vender rifa, virava a madrugada fazendo bolo, cuca. Conseguiu uma produtora. E ela nunca entrou na sala de aula de mau humor, sempre foi muito querida. Ajudou também um colega nosso que estava indo mal. Ajudava até com outras matérias que não a dela”, recorda ele.

Parte da quantia foi utilizada para pagar anestesias, que o plano de saúde realiza o reembolso apenas dias depois. Outro montante ficou destinado para os custos do marido de Helen, que teve de largar o emprego para cuidar da família.

“Se eu consegui ficar aqui [hospital] com ela, pagando estacionamento, gasolina, alimentação, foi graças a eles. A anestesia também. É uma coisa que a gente não espera. Em muitas vezes, a professora dá aulas, acabou o ano e pronto. A gente não espera nada em troca, apenas que eles almejem o melhor para eles. E aí quando abri o Facebook, vi aquilo. Sem palavras, só tenho a agradecer”, disse João Batista Costa, 35 anos.

Helen ainda não tem previsão de alta. Em casa, os filhos do casal, Isadore, de sete anos, e Iuri, de 11, aguardam ansiosos pela volta da mãe. Assim como o grupo de ex-alunos, que também posta mensagens de apoio na página dedicada à professora. Conforme as necessidades da família, eles prometem se mobilizar para novas ações.

Vendas dos alunos eram realizadas nos finais de semana (Foto: Arquivo Pessoal)


Nota do blog: Na matéria do G1, o subtítulo é o título original

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