Rodrigo Viga Gaier e Camila Moreira - A taxa de desemprego no Brasil foi acima de 11 por cento no trimestre encerrado em abril, novo recorde, com quase 11,5 milhões de trabalhadores sem posto e renda em queda, em meio ao cenário de forte recessão econômica, inflação elevada e confiança abalada.
A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua mostrou que a taxa de desemprego chegou a 11,2 por cento nos três meses até abril, contra 10,9 por cento no primeiro trimestre renovando a máxima da série histórica iniciada em 2012, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta terça-feira.
No mesmo trimestre de 2015, a taxa de desemprego havia sido de 8,0 por cento.
Ainda segundo a Pnad Contínua, o número de desempregados no trimestre até abril foi a 11,411 milhões, salto de 42,1 por cento em relação a um ano antes, ou 3,383 milhões de pessoas a mais procurando emprego, também recorde. No primeiro trimestre, havia 11,089 milhões de desempregados.
A pesquisa mostrou ainda que a população ocupada registrou recuo de 1,7 por cento sobre igual período de 2015, ou 1,545 milhão de pessoas a menos em relação ao ano passado.
O IBGE informou ainda que a rendimento médio da população ocupada teve perda de 3,3 por cento na comparação com o mesmo período de 2015, para 1.962 reais.
Em abril somente, o Brasil fechou 62.844 vagas formais de trabalho, acumulando no ano perda líquida de 378.481 empregos na série com ajustes, segundo dados do Ministério do Trabalho.
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