Marta Nogueira - A produção brasileira de petróleo em março caiu para o seu pior nível em 21 meses, apesar do avanço contínuo da extração da commodity nas promissoras áreas do pré-sal das bacias de Campos e Santos, segundo dados publicados pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) nesta sexta-feira.
No terceiro mês do ano, a produção de petróleo no país caiu 3 por cento ante fevereiro e recuou 6,2 por cento ante o mesmo mês de 2015, para 2,264 milhões de barris por dia (bpd), menor patamar desde junho de 2014, quando produziu 2,246 milhões de bpd.
A produção de gás natural em março caiu 7,5 por cento ante fevereiro e reduziu 5,5 por cento na comparação com o mesmo mês do ano passado, para 90,4 milhões de metros cúbicos/dia (m³/d).
As quedas aconteceram apesar da produção do pré-sal, oriunda de 59 poços de campos das bacias de Santos e Campos, que somou em março 883,8 mil bpd de petróleo e 35 milhões de m³/d de gás natural, totalizando 1,104 milhão de barris de óleo equivalente, alta de 1,2 por cento em relação ao mês anterior.
O campo que mais produziu petróleo em março foi Lula, na Bacia de Santos com média de 426,4 mil bpd.
A queda da produção brasileira de petróleo acompanha a redução da atividade da Petrobras, principal produtora do país, que informou recentemente ter atingido em março seu pior nível em quase dois anos, pressionada por paradas programadas em grandes plataformas realizadas desde o início do ano.
A anglo-holandesa Shell tornou-se recentemente a segunda maior produtora do Brasil, após a conclusão da compra da gigante britânica BG, em 15 de fevereiro. Em terceiro lugar está a Repsol Sinopec.
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