Segundo o MPF, o executivo atuou como operador de pagamento de propinas, sendo que os recursos foram desviados principalmente de contratos com a Petrobras
Rodrigo Tolotti - O Ministério Público Federal denunciou nesta sexta-feira (13) Walter Faria, dono do Grupo Petrópolis, pela lavagem de mais de R$ 1,1 bilhão em favor da Odebrecht entre 2006 e 2014. A decisão faz parte da 62ª fase da Operação Lava Jato.
Além dele, outras 22 pessoas ligadas ao grupo, a Antígua Overseas Bank e ao departamento de Operações Estruturadas do Grupo Odebrecht também foram denunciadas.
Quando a operação foi deflagrada, Walter Faria teve sua prisão decretada e se entregou à polícia após ficar cinco dias foragido. Na última quarta, a 8ª Turma do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4) concedeu habeas corpus ao executivo, que deixou a prisão na quinta após pagar fiança de R$ 40 milhões.
De acordo com o MPF, o executivo atuou como operador de pagamento de propinas, sendo que os recursos foram desviados principalmente de contratos com a Petrobras.
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Em nota, o Ministério Público afirma que, “conforme apontam as provas colhidas na investigação, Faria atuou em larga escala na lavagem de ativos e desempenhou substancial papel como grande operador do pagamento de propinas principalmente relacionadas a desvios de recursos públicos da Petrobras”.
“As evidências apontam que, além de ter atuado no pagamento de subornos decorrentes do contrato da sonda Petrobras 10.000, Faria capitaneou a lavagem de centenas de milhões de reais em conjunto com o grupo Odebrecht”, diz o documento.
De acordo com a força-tarefa, o Grupo Petrópolis pagou R$ 512 milhões em propina no Brasil e recebeu US$ 120 milhões no exterior.
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