16 de dez. de 2025

O paraguaio 𝐒𝐓𝐭𝐞 𝐏𝐀𝐌 𝐄𝐥𝐢 𝐚𝐬 𝐄𝐦𝐚𝐧𝐮𝐞𝐥 𝐃𝐞𝐥𝐠𝐚𝐝𝐨 𝐎𝐳𝐨𝐫𝐢𝐨 conclui o curso de piloto aviador na AFA

Em 12 de dezembro deste ano, 𝐒𝐓𝐭𝐞 𝐏𝐀𝐌 𝐄𝐥𝐢 𝐚𝐬 𝐄𝐦𝐚𝐧𝐮𝐞𝐥 𝐃𝐞𝐥𝐠𝐚𝐝𝐨 𝐎𝐳𝐨𝐫𝐢𝐨 concluiu com sucesso seu treinamento na prestigiosa Academia da Força Aérea Brasileira (AFA), em Pirassununga, Estado de São Paulo, Brasil.

Ele concluiu o Curso de Piloto Aviador Militar, treinando nas aeronaves T-25 Universal e T-27 Tucano, onde realizou manobras de voo, acrobacias aéreas, voo em formação, navegação por instrumentos e voo noturno, demonstrando excelência, disciplina e profissionalismo.

Este fato reflete o firme compromisso da FAP com o treinamento integral de seu pessoal e fortalece os laços de cooperação internacional com instituições aliadas, garantindo que cada membro esteja preparado para enfrentar os desafios do serviço e contribuir para a defesa do país.









15 de dez. de 2025

Bastidores da história acreana: bate-papo com o professor Lauro Fontes no DiárioCast

 

No novo episódio do DiárioCast, o podcast do Diário do Acre, tem um bate-papo especial com o professor Lauro Fontes. 

Lauro Fontes é escritor, professor, pesquisador e especialista em Gestão Pública, com mestrados em Sociologia, Ciência Política e Direito. 

Também é articulista político e uma das mentes por trás de importantes iniciativas conservadoras no Acre.

Tarauacá avança na construção de 50 unidades habitacionais após assinatura de processo licitatório


José Gomes/ SECOM - O município de Tarauacá deu um passo decisivo rumo à construção de novas moradias populares. Nesta semana, o secretário estadual de Habitação e Urbanismo, Egleuson Santiago, anunciou a assinatura do processo licitatório que permitirá o início das obras de 50 unidades habitacionais destinadas a famílias tarauacaenses. O avanço marca uma etapa fundamental dentro do planejamento estabelecido pelo Governo do Estado para ampliar o acesso à moradia digna em diversos municípios acreanos.


Visita técnica em julho confirmou viabilidade do projeto

O anúncio desta semana é resultado de um trabalho que vem sendo desenvolvido desde julho, quando o prefeito Rodrigo Damasceno e a vice-prefeita Marilete Vitorino receberam o secretário Egleuson Santiago para uma visita técnica ao terreno onde as casas serão construídas.

Na ocasião, a equipe avaliou as condições da área e acompanhou de perto o andamento da sondagem do solo, etapa essencial para garantir segurança e qualidade na execução da obra.


Sondagem concluída e cronograma avançando

Durante aquela inspeção, o secretário Egleuson havia informado que a sondagem estava em fase final e que, após sua conclusão, o próximo passo seria justamente a abertura do processo licitatório. Com o anúncio feito nesta semana, o cronograma segue dentro do previsto, aproximando o município do início efetivo das construções.


Impacto social esperado

As 50 novas habitações representam um reforço importante para a política habitacional de Tarauacá, contribuindo para reduzir o déficit de moradia e oferecer melhores condições de vida a dezenas de famílias. O município aguarda agora as próximas etapas do processo, que incluem a definição da empresa responsável pela obra e, posteriormente, o início dos trabalhos no canteiro de obras.

Zelensky abre mão da adesão à OTAN em tentativa de avançar nas negociações de paz


BERLIM — O presidente da Ucrânia, Volodímir Zelensky, anunciou neste domingo (14 de dezembro de 2025) que o país está disposto a renunciar formalmente ao sonho de se tornar membro da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) como parte de um esforço estratégico para impulsionar as negociações de paz com a Rússia. A declaração foi feita às vésperas de uma nova rodada de conversas em Berlim, que reúne representantes ucranianos, enviados dos Estados Unidos e líderes europeus com o objetivo de encontrar um caminho para encerrar o conflito iniciado em 2022.

A posição de Zelensky representa uma mudança significativa na política externa ucraniana, já que a adesão à OTAN vinha sendo um dos principais objetivos estratégicos do país e estava prevista na Constituição ucraniana como uma garantia de segurança diante de possíveis futuras agressões — especialmente por parte da Rússia.


Garantias de segurança no lugar da adesão

Zelensky afirmou que, em vez de buscar a filiação plena à OTAN, Kiev agora está focada em negociar garantias de segurança juridicamente vinculativas com os Estados Unidos, União Europeia, Canadá, Japão e outros parceiros ocidentais. Segundo ele, essa nova abordagem seria um compromisso ucraniano em troca de apoio efetivo que possa evitar futuras ofensivas russas.

Embora a renúncia à adesão à OTAN atenda a uma das exigências apresentadas por Moscou nas negociações de paz, Zelensky deixou claro que a Ucrânia não pretende ceder territórios já sob seu controle, rejeitando, por ora, propostas que impliquem na retirada de tropas ou entrega de áreas no leste do país.


O contexto das negociações

As conversas em Berlim contam com a participação de enviados especiais dos Estados Unidos — incluindo Steve Witkoff e Jared Kushner — e do chanceler alemão Friedrich Merz, entre outros líderes europeus. Os negociadores estão trabalhando para mediar um plano de paz que possa equilibrar os interesses de Kiev e as exigências russas, que há tempos afirmam que a Ucrânia deve abandonar seus planos de adesão à OTAN e aceitar um status de neutralidade como condição para um acordo duradouro.

A mudança de postura de Kiev ocorre em meio a uma intensificação das operações militares no terreno e a pressões diplomáticas crescentes por parte dos Estados Unidos e seus aliados para buscar uma solução negociada que ponha fim à guerra mais sangrenta na Europa desde a Segunda Guerra Mundial.


O objetivo de Putin com a guerra na Ucrânia

Um dos principais objetivos declarados por Putin desde o início da crise é impedir que a Ucrânia entre na Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) — uma meta repetida em discursos oficiais e que esteve no cerne das exigências russas antes e depois da invasão.

Segundo analistas, Moscou vê a expansão da OTAN rumo ao leste europeu, inclusive com a possibilidade da Ucrânia se tornar membro, como uma ameaça direta à sua segurança estratégica. Para Putin, uma Ucrânia integrada à OTAN significaria bases militares e capacidades ocidentais ainda mais próximas do território russo.

Chile elege José Antonio Kast como presidente e dá guinada para a direita

Kast obteve 58,30% dos votos no segundo turno contra a candidata de esquerda Jeannette Jara, que ficou com 41,70%

Com 59 anos de idade e uma agenda centrada em temas de segurança, José Antonio Kast chegou ao topo do poder no Chile.

Foto: MARVIN RECINOS/AFP via Getty Images / BBC News Brasil


Por - Alexander Villegas e Fabian Cambero- José Antonio Kast venceu a eleição presidencial do Chile neste domingo, explorando o medo dos eleitores em relação ao aumento da criminalidade e da migração para conduzir o país à sua mais acentuada guinada à direita desde o fim da ditadura militar em 1990.


Kast obteve 58,30% dos votos no segundo turno contra a candidata de esquerda Jeannette Jara, que ficou com 41,70%, com mais de 95% das urnas apuradas.

"A democracia falou alto e claro", disse Jara ao reconhecer a derrota. "Conversei com José Antonio Kast e lhe desejei sucesso para o bem do Chile."

Ao longo de sua longa carreira política, Kast tem sido um político de extrema-direita consistente. Ele propôs a construção de muros na fronteira, o envio de militares para áreas com altos índices de criminalidade e a deportação de todos os migrantes em situação irregular no país.

Sua vitória representa o mais recente triunfo da direita ressurgente na América Latina. Ele se junta a Daniel Noboa, do Equador, Nayib Bukele, de El Salvador, e Javier Milei, da Argentina. Em outubro, a eleição do centrista Rodrigo Paz pôs fim a quase duas décadas de governo socialista na Bolívia.

Esta foi a terceira candidatura de Kast à presidência e o segundo segundo turno, após a derrota para o presidente de esquerda Gabriel Boric em 2021. Considerado por muitos chilenos como muito extremista, ele atraiu eleitores cada vez mais preocupados com a criminalidade e a imigração.

Apoiadores chegaram à sede da campanha de Kast em Santiago na noite deste domingo, agitando bandeiras do Chile. Alguns usavam bonés vermelhos com a inscrição "Make Chile Great Again".

Ignacio Segovia, um estudante de engenharia de 23 anos, estava entre eles. "Cresci num Chile pacífico, onde você podia sair na rua sem se preocupar, saía sem problemas ou medo", disse ele. "Agora você não pode sair em paz."


KAST PODE ENFRENTAR OPOSIÇÃO DE UM CONGRESSO DIVIDIDO


Embora o Chile continue sendo um dos países mais seguros da América Latina, a criminalidade violenta aumentou drasticamente nos últimos anos, à medida que grupos do crime organizado se estabeleceram, aproveitando-se das fronteiras desérticas e porosas do norte do país, dos importantes portos marítimos internacionais e do fluxo de imigrantes vulneráveis ao tráfico de pessoas e à exploração sexual.

Dados do governo mostram que a grande maioria dos imigrantes em situação irregular no Chile chegou da Venezuela nos últimos anos.

As propostas de Kast incluem a criação de uma força policial inspirada no Serviço de Imigração e Alfândega dos EUA (ICE) para deter e expulsar rapidamente os imigrantes que se encontram em situação irregular no país.

Ele também defendeu cortes drásticos nos gastos públicos.

No entanto, as propostas mais radicais de Kast provavelmente enfrentarão resistência de um Congresso dividido. Embora os partidos de direita tenham conquistado cadeiras em ambas as casas legislativas nas eleições gerais de novembro, a maior parte dessas conquistas veio de partidos mais tradicionais. O Senado está dividido igualmente entre partidos de esquerda e de direita, enquanto o voto decisivo na câmara baixa pertence ao Partido Popular, de orientação populista.

O Chile é o maior produtor mundial de cobre e um importante produtor de lítio, e as expectativas de menos regulamentação e políticas mais favoráveis ao mercado já impulsionaram o peso e o mercado de ações.

Kast já se manifestou abertamente contra o aborto e a pílula do dia seguinte, mas a mudança nas leis de aborto do país exigiria o apoio de mais da metade do Congresso para ser aprovada.a

11 de dez. de 2025

No Podcast Correio em Prosa bate-papo imperdível com os bambas da notícia do agronegócio acreano


 

Nesta sexta-feira 12, Marcela Jansen do Correio Online, um dos site mais abrangentes do Estado do Acre e agora também especializado no agronegócio, abre a porteira e recebe em seu Podcast Correio em Prosa dois jornalistas que vem se destacando no cenário atual da Web.

São eles Ronam Matos  do Diário do Acre e Wanglézio Braga do Acre Mais que vão deixar o acreano por dentro dos últimos acontecimentos da pecuária e da nova estrela da agricultura acreana, o café. 

Todos estão em diversas redes sociais como,  por exemplo, Instagram e Facebook e Marcela ainda tem um Instagram especializado no agro que é o @correioagro_br 

Não perca!

“Nossos números falam por si”: Tchê celebra recordes na produção agrícola do Acre

Secretário fala sobre recordes na produção, programas de apoio ao produtor, sustentabilidade e novos investimentos que fortalecem o agro no Acre


Por Ronan Matos - No episódio desta semana do GovCast, o podcast oficial do governo do Acre, o secretário de Estado de Agricultura, José Luis Tchê, foi o convidado especial desta terça-feira, 9, para falar sobre os avanços do setor agrícola no estado. Durante a entrevista, o gestor classificou o momento atual como “fantástico” e ressaltou os recordes alcançados pela produção acreana.

Tchê destacou a evolução das principais culturas, como soja, milho e café, apontando que os números comprovam a força do solo acreano. “A média do Brasil é de 54 a 56 sacas de soja. A nossa, no ano passado, foi de 62. Isso demonstra que temos um solo fértil. Se fizer a análise e corrigir adequadamente, muda a vida do produtor rural”, explicou. Ele também reforçou que o milho já é uma cadeia consolidada no estado.

Durante o bate-papo, o secretário comentou sobre os desafios enfrentados pelos produtores durante eventos climáticos, como cheias e secas, destacando as ações do governo para minimizar os impactos. Programas como a compra da produção de agricultores atingidos e o Peixe no Prato Solidário foram lembrados como iniciativas essenciais para evitar perdas e garantir renda aos produtores. “Hoje a secretaria tem estrutura para atender nossos produtores rurais”, afirmou.

Outro ponto de destaque foi o compromisso com a produção sustentável. Segundo Tchê, agricultura e meio ambiente têm caminhado juntos no Acre. “Havia um olhar de que plantar soja iria desmatar. Hoje, o produtor está muito consciente, e os dois setores trabalham de mãos dadas”, disse. Ele também enfatizou o impacto positivo da instalação de fábricas de ração no estado, reduzindo custos e ampliando a capacidade produtiva.

O café acreano também ganhou espaço na entrevista, com Tchê celebrando o reconhecimento nacional da produção. Ele destacou que quatro cafés do Acre ficaram entre os 30 melhores do Brasil, sendo dois entre os 15 primeiros. “Estamos na terceira edição do concurso do café, mostrando para o Brasil e o mundo que produzimos café e cuidamos da floresta”, observou.

O secretário também apresentou novidades, como o Agricultor Digital — plataforma que permitirá aos produtores ofertar seus produtos diretamente ao mercado — e o avanço em programas como o Pinto de Um Dia, que deve alcançar a marca de até 60 mil pintos entregues mensalmente com a nova incubadora. A cadeia do mel, o cultivo de cacau e ações de fortalecimento da pecuária também foram mencionadas como áreas estratégicas que vêm recebendo investimentos.

10 de dez. de 2025

Vereador Jorgion Ferreira solicitou 'Título de Cidadão Tarauacaense' para o senador Alan Rick


Por Reginaldo Palazzo - O vereador Vereador Jorgion Ferreira solicitou na Sessão Ordinária de hoje (10), via Indicação de Nº 108/2025 o título de cidadão tarauacaense para o senador Alan Rick.

A justificativa é que o senador Alan Rick tem se destacado por seu compromisso com o desenvolvimento do Estado do Acre e, em especial, do Município de Tarauacá. Ao longo de sua trajetória pública, tem demonstrado apoio às demandas da população tarauacaense, contribuindo com a destinação de recursos, fortalecimento de políticas públicas e incentivo a projetos sociais e estruturantes no município.

Seu trabalho voltado ao bem-estar coletivo, aliado à atenção às necessidades regionais e busca constante por melhorias nas áreas de saúde, educação, infraestrutura e apoio às comunidades tradicionais, fazem com que seja reconhecido como verdadeiro parceiro de Tarauacá.


SENADOR ALAN RICK

Senador Alan Rick recebendo o Prêmio Excelência Parlamentar pelo 4º ano consecutivo e se mantém entre os melhores parlamentares do país

Acreano de Rio Branco, Alan Rick Miranda nasceu em 23 de outubro de 1976. É jornalista, administrador de empresas com habilitação em Comércio Exterior e pós-graduado em Jornalismo Político. Também é poeta e cronista, com dois livros publicados.

Antes de ingressar na vida pública, construiu uma carreira sólida no jornalismo acreano, com passagens pela TV Acre (Globo) e pela TV Gazeta (Record), onde apresentou por quase 20 anos o programa Gazeta Entrevista, consolidando-se como uma das vozes mais influentes da comunicação no estado.

Na política, foi deputado federal por dois mandatos consecutivos (2015–2018 e 2019–2022) e, em 2022, foi eleito senador da República com 154.312 votos, o equivalente a 37,46% dos votos válidos.

Ao longo da trajetória, o senador tem pautado sua atuação pela defesa da vida, da família e da liberdade. No primeiro mandato como deputado federal, criou e presidiu a Frente Parlamentar em Defesa da Vida e da Família, tendo papel decisivo na defesa do Estatuto da Família e do projeto Escola Sem Partido, que buscou combater a doutrinação ideológica e a ideologia de gênero nas escolas.

Também se destacou na luta contra a erotização infantil e o uso de materiais didáticos inadequados em sala de aula. Sua atuação contribuiu para o arquivamento do PL 5002/2013, que previa a cirurgia de mudança de sexo em crianças sem o consentimento dos pais. É contrário ao aborto e à descriminalização da maconha.

Entre suas conquistas legislativas, é autor da Lei do Revalida, que tornou obrigatória a realização bimestral do exame de revalidação de diplomas de médicos formados no exterior, e da Lei que instituiu o Dia Nacional da Fibromialgia (12 de maio). Foi responsável por emenda à nova Lei Geral do Turismo que autorizou o uso de recursos do Fundo Nacional de Aviação Civil (FNAC) para subsidiar o preço do querosene de aviação nos estados da Amazônia Legal. O subsídio deve ser regulamentado pelo governo federal, o que deverá reduzir custos e melhorar a conectividade aérea na região.

Além disso, Alan Rick é relator do Código de Defesa do Empreendedor e foi relator do projeto que instituiu o Estatuto da Simplificação das Obrigações Tributárias Acessórias, reforçando seu compromisso com o ambiente de negócios, a liberdade econômica e a redução da burocracia no país.


No Senado Federal, segue defendendo pautas como:


•      Liberdade econômica e livre iniciativa

•      Saúde pública de qualidade e acessível

•      Reestruturação do Estado brasileiro

•      Reforma Tributária justa e desburocratização

•      Combate ao autoritarismo e aos abusos de autoridade

•      Reequilíbrio das competências entre os Três Poderes


O parlamentar acreano também presidiu a Comissão de Agricultura e Reforma Agrária do Senado Federal (biênio 2023–2024), período em que priorizou o fortalecimento do setor agropecuário, a regularização fundiária, o licenciamento ambiental responsável e a aprovação de projetos estratégicos para o desenvolvimento do campo.

Hoje, o senador segue atuando com firmeza, técnica e diálogo para promover desenvolvimento sustentável, justiça social e oportunidades reais para o povo acreano e brasileiro.

Diante de sua dedicação, esforço e relevantes serviços prestados ao nosso povo, a homenagem proposta é justa e representa o reconhecimento público por parte desta Casa Legislativa.

A solicitação foi aprovada por unanimidade por todos os vereadores presentes.

Combustíveis fósseis ficam fora dos acordos da COP30

Organizações falam em vitória da indústria fóssil, e Marina Silva diz que resultado ficou aquém do necessário

Foto: Ricardo Stucker - PR

aepet.org - A Conferência do Clima das Nações Unidas (COP30), realizada em Belém, no Pará, encerrada no sábado (22/11), apresentando um acordo que não menciona a eliminação dos combustíveis fósseis. Analistas citados pelas agências de notícias dizem que houve progress em eixos como financiamento para adaptação, inclusão social. O texto aprovado reafirma a necessidade de acelerar a ação climática “de forma voluntária” e prevê triplicar o financiamento para adaptação até 2035, mas frustra expectativas por avanços mais concretos.

A ausência de um compromisso explícito sobre petróleo, gás e carvão gerou reações de países como Colômbia, Uruguai e Panamá, que interromperam momentaneamente a plenária final para contestar a forma como parte das decisões foi conduzida. A Colômbia afirmou que o encontro “está longe de ser a COP da adaptação”, enquanto o Panamá criticou a falta de clareza sobre compromissos financeiros.

Do outro lado, o bloco de países produtores, que inclui Arábia Saudita, Irã e Rússia, atuou para barrar qualquer menção direta ao abandono dos fósseis, repetindo a disputa que marcou a COP28, em Dubai. Desta vez, porém, o impasse prevaleceu. O representante russo chegou a acusar delegações latino-americanas de “se comportarem como crianças”, gerando protestos no plenário.

Mesmo sem consenso sobre o tema central da transição energética, o pacote final manteve o chamado “Mutirão Global”, documento político que organiza debates, cria novas estruturas de cooperação e convoca países a alinhar seus planos climáticos ao limite de 1,5°C. O Mutirão não cita combustíveis fósseis, mas inclui a meta de triplicar o financiamento para adaptação, uma das principais demandas de países em desenvolvimento.

Entre as decisões aprovadas estão o novo Programa de Trabalho de Transição Justa, diretrizes para o Fundo de Perdas e Danos, o avanço no Artigo 2.1(c), que busca reorganizar fluxos financeiros globais, e a adoção dos primeiros indicadores internacionais para medir adaptação climática. Ainda assim, diversos países consideraram que o texto ficou aquém das necessidades e reforçaram críticas ao processo de negociação.

O presidente da COP30, André Corrêa do Lago, prometeu que o Brasil elaborará, nos próximos meses, dois “mapas do caminho”: um para reverter o desmatamento e outro para orientar a transição longe dos combustíveis fósseis. As iniciativas não constam do documento final, mas foram apresentadas como gesto político pelo diplomata. “Precisamos de mapas para ultrapassar a dependência dos fósseis de forma ordenada e justa”, afirmou.

Durante a plenária final, a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, reconheceu que a COP não alcançou o que muitos esperavam, mas defendeu que houve avanços modestos em adaptação, financiamento e transição justa. “Sonhávamos com muito mais resultados”, disse.

“Em que pese ainda não ter sido possível o consenso para que esse fundamental chamado entrasse nas decisões desta COP30, tenho certeza de que o apoio que recebeu de muitas Partes e da sociedade fortalece o compromisso da atual Presidência de se dedicar para elaborar dois mapas do caminho. Um sobre deter e reverter o desmatamento. Outro, sobre a transição para longe dos combustíveis fósseis de maneira justa, ordenada e equitativa. Ambos serão guiados pela ciência e serão inclusivos”, pontuou.

As próximas sedes da COP já estão definidas: a Turquia receberá a COP31, em 2026, e a Etiópia sediará a COP32, em 2027.

Com informações da Agência Brasil, Brasil 247, Reuters e AFP

9 de dez. de 2025

040 - Fox 3 Kill Podcast - Ten Cel Gustavo

 


De volta ao nosso estúdio, o Tenente Coronel Aviador Gustavo teve uma conversa altamente operacional sobre a sua carreria que envolveu voos no Mirage 2000C/B.

Tendo tido a experiência de explorar toda a capacidade deste lendário caça supersônico, incluindo lançamentos reais de míssil ar-ar Magic 2, o militar é o único na FAB que teve a oportunidade de voar o Mirage 2000, o F-5M e o F-39 Gripen.

🎙️ Um bate-papo imperdível para os apaixonados por aviação de caça, doutrina operacional e história da aviação militar brasileira.

O desconhecido Plácido de Castro - O Herói Que Tentou Civilizar O Acre Pelo Trabalho



Por Professor Lauro Fontes - Poucos episódios da história acreana revelam, com tanta clareza, a complexidade entre heroísmo e abandono quanto a segunda vida de Plácido de Castro, aquela posterior à vitória na Revolução Acreana, já longe dos clarões da batalha. Seu retorno silencioso ao seringal Capatará, após oito dias de ausência, despertou entre os trabalhadores apenas a sensação de que algo se agitava por dentro daquele homem disciplinado. Não sabiam o quê. Suspeitava-se de uma viagem à Bolívia, mas o motivo permanecia envolto em mistério. O que ninguém imaginava é que, desta vez, Plácido preparava uma revolução de outra natureza: não a das armas, mas a do trabalho planejado sobre a selva

Logo a floresta voltou a pulsar. Machados abriram varadouros, trilhas foram reforçadas, pontes e aceiros ganharam forma sob sua supervisão meticulosa. O objetivo, só compreendido mais tarde, era ousado e simples ao mesmo tempo: criar um corredor seguro de circulação de gado e muares entre o Acre e as planícies bolivianas. Queria introduzir na região carne fresca, leite, manteiga, produtos até então inexistentes no cotidiano local. Representava não só um avanço logístico, mas um gesto civilizatório: romper o isolamento econômico, integrar fronteiras e pensar o Acre como parte viva de um organismo regional mais amplo.

Os efeitos vieram depressa. O preço do boi despencou de um conto de réis para quatrocentos mil; o do muar, de novecentos para trezentos mil. A economia local respirava um ar novo, o da prosperidade possível.

O Capatará, antes simples posto extrativista, transformou-se em estância-modelo. Plácido incorporou métodos científicos e tecnologia agrícola inédita na Amazônia: arados, máquinas, instrumentos modernos. Criou um campo experimental para testar produtividade. Onde antes predominava o improviso, surgia a racionalidade industrial. E, como símbolo máximo dessa modernização, instalou até uma rede telefônica interna, conectando a sede aos seringais distantes, um feito raro mesmo para os padrões do sul do país.

O destino parecia conspirar a seu favor. O amigo Basílio Gomes de Lira, proprietário do seringal Bagaço, desejando regressar ao Ceará, ofereceu a propriedade por cem contos de réis. Plácido não hesitou. Comprou o seringal e consolidou-se como empresário de envergadura. O guerreiro cedera lugar ao homem de negócios, sem abandonar a sobriedade moral que o caracterizava.

Com a alta vertiginosa da borracha no mercado internacional, sua fortuna cresceu rapidamente. Controlava Capatará, Bagaço, Tambaqui, Montevidéu, Abunã e Rapirrã. Mas surgia então o paradoxo que marcaria sua trajetória: a maioria de suas terras estava em território boliviano, onde os impostos eram de 12%, enquanto no Brasil chegavam a 25%. Assim, o homem que lutara pela libertação do Acre via-se obrigado a prosperar sob leis estrangeiras. Não por deslealdade, mas por coerência econômica, e por falta de alternativas.

Esse dilema revela a dimensão trágica de Plácido de Castro. O herói nacional tornara-se produtor da Bolívia porque o Estado brasileiro, que ele ajudara a expandir, mostrava-se incapaz de competir com os vizinhos. Em relatórios enviados ao Ministério da Indústria e Obras Públicas, denunciou abertamente o peso dos tributos, a exploração dos comerciantes de Manaus e Belém, dos aviadores, dos exportadores e, sobretudo, a indiferença da República. Chamava de “atentado às leis da República” a política tributária que esvaziava a economia da Amazônia.

Sua denúncia mais emblemática sintetiza a ironia cruel: “Todos estes atentados foram comentados na Câmara entre risotas. A providência tomada foi aumentar o imposto de 18% para 23%.”

A frase desmonta, com precisão cirúrgica, o mito de uma República comprometida com seus próprios heróis. A pátria que ele ajudara a defender com sangue respondia com descaso. E, no silêncio da selva, entre seringais, máquinas agrícolas e fios telefônicos, Plácido percebia que a revolução que imaginara concluir ainda estava em curso, apenas mudara de forma. O inimigo já não era o estrangeiro armado, mas o compatriota munido de impostos.

O Acre, mais uma vez, revelava sua vocação de espelho do Brasil: terra de bravura, de promessas, e de esquecimentos.

8 de dez. de 2025

A lógica por trás dos movimentos de Trump

O governo americano aumenta a pressão contra a Venezuela e, ao mesmo tempo, faz afagos no Brasil. Tomara que Brasília saiba tirar proveito dessa situação. Tomara.

Arte coluna Nuno 07 dezembro 2025_versao online

Arte Paulo Márcio

nvasconcellos@igcorp.com.br


Nuno Vasconcellos - Enquanto os Estados Unidos apertam o cerco contra a Venezuela e continuam explodindo os barcos que se arriscam pelo mar do Caribe carregados de drogas, a América do Sul prende a respiração à espera dos próximos movimentos desse jogo. O presidente Donald Trump, a bem da verdade, ainda não deixou claro até onde pretende avançar em sua escalada militar contra a ditadura bolivariana. A única intenção clara, até aqui, é ver o ditador Nicolás Maduro fora do poder. E que, de preferência, ele deixe o Palácio de Miraflores caminhando com as próprias pernas, sem ter que ser arrastado para fora de lá pelos marines.

O cerco a Maduro é cada vez mais sufocante. Na semana passada, circulou a informação de que o empresário brasileiro Joesley Batista, da JBS, visitou o ditador em Caracas, supostamente para reforçar o recado de Trump para que ele saia imediatamente do poder. Resta saber se as credenciais que Batista tem como fornecedor de proteína animal para a elite venezuelana são suficientes para torná-lo portador de uma mensagem tão importante. Resta saber, também, se Joesley, como é do seu feitio, teve a coragem de gravar a conversa com Maduro para, depois, jogá-la ao vento em seu benefício...

Seja como for, o fato é que o avião de Joesley pousou em Caracas num momento em que o espaço aéreo da Venezuela já estava fechado por ordem de Trump, como parte da estratégia de isolar o ditador. É evidente, porém, que a saída por conta própria, depois de esgotadas todas as possibilidades de seguir governando, não é a única hipótese que Maduro precisa levar em conta.

Quem acompanha os movimentos desse jogo sabe que uma incursão armada pode se dar a qualquer momento com o objetivo cirúrgico de, como se diz na gíria das operações militares, “extrair” o ditador Nicolás Maduro do Palácio de Miraflores. Esse movimento, embora possível, não parece tão provável neste momento (se bem que, em se tratando de Trump, uma mudança súbita de rumos, como já aconteceu eu outros conflitos, não causaria a menor surpresa). Tudo dependerá, é evidente, da avaliação dos riscos políticos envolvidos na operação. Nesse caso, a hipótese de que tudo seja mantido como está por mais algum tempo é a mais razoável neste momento. Por quê? Vamos aos fatos.

Para começar, o principal argumento utilizado pelos que consideram inevitável e iminente uma incursão militar destinada a capturar Maduro é o de que o custo da operação naval armada para sufocar a Venezuela é elevado demais para que o cerco se prolongue por mais tempo. Por esse ponto de vista, se Trump não estivesse disposto a entrar em ação, não investiria tantos dólares no deslocamento de uma força militar capitaneada pelo maior porta-aviões do mundo — o USS Gerald Ford.


TANTO FAZ — É aí que está a diferença entre os Estados Unidos e os outros países do mundo: as despesas com o porta-aviões e com os demais navios envolvidos na operação já estavam previstas no orçamento do Departamento de Guerra e seriam feitas de qualquer maneira, mesmo que Trump não decidisse deslocar uma frota para o Caribe. Em termos de custos, tanto faz se um navio desse porte está fundeado nas proximidades de Trinidade e Tobago, a cerca de 400 milhas náuticas da Venezuela, ou se é mantido perto da ilha de Malta, no Mar Mediterrâneo, onde estava anteriormente.

Movido por propulsão nuclear, o Gerald Ford pode dar mil voltas ao mundo sem que isso eleve um centavo a mais de gastos com combustível — como aconteceria com um navio de propulsão convencional. O gasto com os 4.600 tripulantes da embarcação também é fixo e seria realizado de qualquer maneira, mesmo que eles continuassem cumprindo sua missão anterior, no Mediterrâneo. Finalmente, os custos com os aviões e os drones que decolam do convés para caçar e destruir as embarcações do tráfico são até modestos diante dos objetivos que se pretende alcançar.

Sendo assim, o argumento de que o custo da operação revela a intenção de uma entrada imediata em operação não se aplica neste caso. O valor gasto com a frota no Caribe sairia de qualquer maneira dos cofres do Tesouro Americano, onde quer que os navios estivessem. A discussão, portanto, envolve variáveis relacionadas não com o custo — mas, sim, com oportunidade ou, se preferir, com a conveniência e com a necessidade de tomar a atitude extrema de colocar os pés em um país estrangeiro.


BONÉ DO MST — A primeira pergunta a ser feita, nesse caso, é: o que Trump ganharia caso mandasse os soldados altamente treinados de suas Forças Especiais colocar as botas em solo venezuelano? Outra pergunta: será que uma intervenção direta geraria resultados mais eficazes do que a estratégia atual — que consiste em pressionar o ditador, deixá-lo esgotado, amedrontar o que resta de seu governo, fazer com que os apoiadores se rebelem e estimular uma situação que torne inevitável a troca de comando na Venezuela? E mais: não seria mais vantajoso, levando-se em conta o futuro do país caribenho, deixar que os próprios venezuelanos se mobilizem e ejetem Maduro do poder?

As respostas a essas questões estão na cabeça de Trump e de seu círculo mais próximo de assessores — que dispõem de dezenas de alternativas para dar sequência ao plano que de fato interessa. Quem tentar entender a lógica por trás de movimentos mais recentes notará que a intenção de combater o tráfico internacional de drogas (por mais real e necessária que ela seja) é apenas um movimento da sinfonia que realmente interessa. O essencial, no final de tudo, é trazer de volta os países que se desgarraram nos últimos anos, manter a América Latina sob a influência geopolítica e econômica dos Estados Unidos.

Nesse sentido, os movimentos recentes de Trump em relação ao Brasil e à Colômbia têm sido tão estratégicos quanto a operação de asfixia da ditadura bolivariana. Embora haja uma receita específica para ser utilizada em relação a cada um desses países, todos os movimentos convergem para o mesmo ponto: a reconquista da hegemonia continental.

Esse ponto, a cada dia, se torna mais claro. Em primeiro lugar, Trump quer Maduro fora do poder, o que já é dado como favas contadas. E, na sequência, ver a Venezuela nas mãos do grupo liderado pela detentora do Prêmio Nobel da Paz, Maria Corina Machado.

O ditador, é claro, resiste a seu estilo a essa hipótese, a ponto de expor ao ridículo os apoiadores que lhe restam entre a população venezuelana. Nos últimos dias, as milícias bolivarianas foram mostradas pela TV estatal treinando com arco e flecha e usando cajados ao invés de armas de fogo para combater os fuzileiros fortemente armados da Marinha dos Estados Unidos.

O certo é que, até aqui, Maduro se mantém à frente de um governo que, mal e porcamente, respira por aparelhos. Na semana passada, ele fez um pronunciamento histriônico, num portunhol para lá de empastelado, implorando que o povo brasileiro vá às ruas apoiar o seu governo. E como prova de sua amizade com o Brasil, mostrou um boné que ganhou dos agitadores do MST. Alheio à realidade, o tirano certamente ignora a rejeição que o bando que comete todo tipo de barbaridade em nome da reforma agrária sofre fora dos círculos mais radicais da extrema esquerda brasileira.


PAÍSES DESGARRADOS — Quando o ditador cair, não restará ao novo governo outro caminho que não o de se entender com os Estados Unidos. No caso da Colômbia, que já foi o aliado mais fiel dos Estados Unidos na região e contou com a ajuda americana para combater os cartéis que infernizaram a vida no país até o final dos anos 1990, o movimento também é claro. Trump criará dificuldades crescentes para impedir que narcopresidente Gustavo Petro, se reeleja nas eleições marcadas para meados de 2026. E contará com a ampla rede de apoio que os Estados Unidos têm na sociedade colombiana para tentar ver no poder alguém com quem possa dialogar em termos minimamente sérios — o que seria impossível com Petro.

A pergunta inevitável a essa altura é: e o Brasil? Tudo indica que, em relação ao Brasil, a intenção de Trump é aliviar a pressão e atrair o governo petista para seu lado. Quanto mais natural for esse movimento e quanto que a iniciativa da aproximação coube ao Brasil, melhor para ele. Será que isso é possível? A julgar pelos movimentos da semana passada, a resposta é sim.

Nos últimos dias, chamou a atenção a mudança de postura do governo americano em relação ao Brasil — a ponto de muita gente dar como certa a improvável suspensão imediata das sanções impostas por Trump a uma série de autoridades brasileiras. Durante sua passagem por Pernambuco na terça-feira passada, onde participou da cerimônia de anúncio da ampliação da Refinaria Abreu e Lima, no município de Ipojuca, Lula reservou tempo em sua agenda para dar um telefonema para Trump.

Felizmente para o Brasil, o presidente, pelo menos desta vez, manteve o tirano da Venezuela fora da conversa. No telefonema, o presidente brasileiro agradeceu a Trump pela recente retirada das tarifas draconianas de 40% impostas a alguns produtos que os Estados Unidos importam do Brasil. Saíram da lista a carne bovina (fresca, resfriada e congelada), o café, o cacau e seus derivados, algumas frutas, vegetais e nozes. Ótimo! Qualquer avanço nesse campo é sempre bem-vindo e merece, sim, ser comemorado.

É bem verdade que esses produtos se livraram da taxação por iniciativa exclusiva dos Estados Unidos — sem qualquer motivação que não fosse a pressão natural das leis do mercado. Maior e mais eficiente produtor de alimentos do mundo, o agronegócio fez do Brasil um parceiro indispensável para qualquer país do mundo. Inclusive, como se viu neste momento, para os poderosos Estados Unidos da América. A paralisação das importações brasileiras tinha puxado para o alto os preços do hambúrguer, do café e do chocolate, que são essenciais na dieta da classe média americana.

Reconhecer que a lista de restrições americana aos produtos brasileiros se deu porque os Estados Unidos precisam desses alimentos não diminui, mas, ao contrário, só aumenta o peso relativo do Brasil nesse jogo. Nada dependeu, especificamente, da habilidade do Itamaraty para lidar com as sanções americanas, mas, apenas da relevância que o agronegócio brasileiro tem no mercado internacional — simples assim!

Agora, chegou a hora da diplomacia brasileira provar seu valor. Ela terá que mostrar serviço para remover as sanções tarifárias que ainda pesam sobre artigos industrializados importantíssimos para a economia nacional. Trata-se de motores, máquinas, equipamentos agrícolas, autopeças e outros produtos de alto valor agregado. Se as sanções sobre esses artigos caírem nos próximos dias, aí sim, ficará nítido que os Estados Unidos estão realmente dispostos a buscar um entendimento com o Brasil — e não apenas a adaptar as punições que aplicaram às conveniências de seu próprio mercado.


PONTO DE VISTA AMERICANO — Questões comerciais à parte, outro ponto precisa ser destacado. Lula também pediu a ajuda dos Estados Unidos no combate ao crime organizado. A nota divulgada pelo Itamaraty após o telefonema diz que o presidente brasileiro chamou atenção de Trump para “as recentes operações realizadas no Brasil pelo governo federal, com vistas a asfixiar financeiramente o crime organizado”. Além disso, ele “identificou ramificações (das facções) que operam a partir do exterior”.

A iniciativa de Lula de trazer esse tema para o debate não deixa de expor um aspecto interessante. A administração petista sempre teve uma postura leniente em relação ao crime organizado. Agora, porém, ela demonstra uma grande preocupação com o assunto. O fato é que o tratamento amistoso que sempre deu aos criminosos começou a cobrar um preço elevado e a fazer um estrago e tanto na popularidade do governo federal. Como parte da estratégia para apagar a má impressão, o próprio presidente da República tomou a iniciativa de levar o tema para a conversa com Trump.


MENOS DE 24 HORAS — Na quarta-feira passada, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse ter recebido da embaixada dos Estados Unidos em Brasília um pedido de acesso a documentos sobre operações brasileiras de combate ao crime organizado. De acordo com o ministro, a Receita Federal já estava providenciando a tradução dos documentos para o inglês antes de encaminhá-los à embaixada.

Tudo bem... Ainda que as ações contra o crime organizado tenham entrado na pauta do governo apenas por conveniência eleitoral, elas são muito bem-vindas. Antes tarde do que nunca. Mas, pelo visto, as autoridades brasileiras ainda estão em processo de adaptação a essa nova realidade. Um ponto interessante para se observar em relação a isso é o senso de urgência de um governo e do outro para lidar com os problemas.

Menos de 24 horas depois do presidente Lula ter pedido a ajuda de Trump para combater o crime, a máquina pública americana já havia se mobilizado e feito chegar ao governo brasileiro um pedido formal de informações sobre o andamento de investigações que interessam aos dois países. E como o governo brasileiro reagiu ao pedido?

Bem... ao invés de disponibilizar os documentos imediatamente e escalar um funcionário versado em inglês para entregá-los e discuti-los pessoalmente com as autoridades americanas, a Receita decidiu, de acordo informações do próprio ministro da Fazenda — e, portanto, acima de qualquer dúvida — submetê-los à tradução. Isso é algo que, hoje em dia, sincera e honestamente, é feito de forma instantânea, com rapidez e segurança, pelos recursos mais avançados da Inteligência Artificial. A decisão de mandar os arquivos para tradução apenas atrasa a remessa dos documentos — e, nesse jogo, a demonstração de agilidade é prova de interesse.

Outro ponto: o Brasil precisa, no aspecto particular do combate ao crime organizado, mais do que a troca de dados e mais do que o cruzamento de informações que levam à asfixia financeira das facções. Por mais que a troca de informações de inteligência seja indispensável, ela é insuficiente e até ineficaz contra bandidos armados com fuzis e metralhadoras de grosso calibre como os que ocupam as comunidades cariocas. Eles dominam e exploram territórios, usam os moradores das favelas como escudos e cometem todos os tipos de barbaridade contra a população. Precisam ser postos fora de circulação. Ponto final.

Por mais que o governo federal critique as operações policiais nas comunidades dominadas pelo crime, é obrigatório reconhecer que, sem elas, o problema permanecerá insolúvel. Ninguém em sã consciência defende o uso gratuito da truculência no combate ao crime. Mas as operações precisam ser sistemáticas e com o uso de força proporcional aos armamentos de guerra dos bandidos. E mais: quanto mais eles se armarem para resistir ao cerco do Estado, mais vítimas haverá entre os criminosos. É lamentável, mas é o preço que precisa ser pago pelos anos de omissão das autoridades — que viram as facções crescer sem nada fazer para impedir.

Os Estados Unidos são importantíssimos nessa luta e, pelo visto, estão dispostos a colaborar. Mesmo porque, uma ajuda efetiva nesse tema delicado pode ser essencial para que o governo americano cumpra o objetivo que tem para o Brasil: o de atraí-lo para seu campo de influência — ainda que isso exija vencer as resistências que a simples menção aos Estados Unidos da América ainda enfrenta na esquerda brasileira e em setores do próprio governo.

Trump tem tempo. Mesmo porque, como já foi dito outras vezes neste espaço, ele tem as pedras brancas em seu poder e isso dá a ele a prerrogativa de tomar a iniciativa nesse tabuleiro geopolítico em que se transformou a América Latina. Tomara que a situação evolua da melhor maneira possível, sem provocações e sem picuinhas capazes de inibir as iniciativas americanas. Tomara que o governo brasileiro, nem que sua intenção seja apenas a de investir na própria popularidade, não perca essa oportunidade de contar com a ajuda americana. Tomara.

Professor de capoeira ensina alunos a odiarem pessoas brancas: "Não dou aula pra brancos. Se ele vim vou bater neles"

 Racismo, intolerância religiosa e discurso de ódio escancarados!







Um vídeo que circula nas redes sociais mostra um professor de capoeira da Bahia fazendo declarações abertamente racistas e discriminatórias. 

Ele afirma ser “o único professor da Bahia” que não aceita alunos brancos em suas aulas, dizendo que seu trabalho é exclusivo para pessoas pretas. Segundo ele, qualquer pessoa branca que tentar participar será recebida com violência. 

O professor também relatou que retirou os próprios filhos da escola municipal e passou a procurar instituições particulares. No entanto, criticou o fato de que, segundo ele, “todas as escolas eram de donos evangélicos ou católicos”. 

Para o professor, isso “prejudicaria” o futuro das crianças, porque poderiam “casar com um branco ou com uma branca” e “adorar o Deus deles”. 

Ele acrescenta ainda que, com a filha mais velha, chega a brincar dizendo: “Com branco aqui você não entra. Se entrar, não entra mais aqui em casa”.


Com a palavra o Ministério Público!

7 de dez. de 2025

Barcos pesqueiros chineses continuam invadindo ZEE ( Zona Econômica Exclusiva) de outros países, dessa vez é a Argentina

Zona Econômica Exclusiva (ZEE): É uma faixa marítima além das águas territoriais onde cada país costeiro tem prioridade na utilização dos recursos naturais do mar, tanto vivos quanto não-vivos, e responsabilidade na sua gestão ambiental

Estudo mostra que atuação de lideranças do agronegócio impulsionam desenvolvimento sem elevar desmatamento

Imagem: reprodução/icv.org


Uma publicação da revista Academy of Management Discoveries analisou como a formação e a experiência profissional de prefeitos da Amazônia influenciam o desenvolvimento econômico e a preservação ambiental. O estudo, assinado por pesquisadores da Fundação Getulio Vargas, investigou dados de 2004 a 2016 em municípios da região Norte e concluiu que gestores com trajetória ligada ao agronegócio tendem a apresentar desempenho superior na criação de empresas, sem impacto significativo sobre o avanço do desmatamento.

A pesquisa cruzou informações de nove bases oficiais — entre elas Tribunal Superior Eleitoral, Ministério do Trabalho e DATASUS — para avaliar se o conhecimento técnico do setor agro influencia a condução das políticas municipais. Os resultados sugerem que a combinação entre formação específica e gestão pública qualificada produz um equilíbrio mais raro do que se costuma supor: dinamismo econômico sem deterioração ambiental. Segundo os autores, políticas fiscais consistentes e investimentos estruturados em agricultura, infraestrutura e urbanismo foram determinantes para esse efeito.

A percepção de que lideranças com experiência prática no agro conseguem navegar melhor entre as demandas de produção e a necessidade de conservação é compartilhada por Isan Rezende (foto), presidente do Instituto do Agronegócio (IA) e da Federação de Engenheiros Agronomos de Mato Grosso (Feagro-MT).

Para ele, o estudo reforça algo que quem está no campo presencia há décadas. “Existe uma visão equivocada, construída muitas vezes de longe, de que o agronegócio é um agente automático de destruição. Quem governa municípios amazônicos e conhece a rotina da produção sabe que a equação é mais complexa. O que faz diferença é a responsabilidade na gestão e a capacidade de enxergar a floresta e o produtor como parte da mesma realidade, não como adversários”, afirma.


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Rezende acrescenta que a formação técnica não deve ser vista como privilégio de poucos, mas como requisito estratégico para qualquer gestor que pretenda atuar na região. “Quando um prefeito ou secretário tem experiência direta com o campo, ele compreende melhor o impacto das políticas públicas na vida das famílias produtoras. Não se trata apenas de saber plantar — trata-se de saber administrar ciclos, riscos, gargalos logísticos, e ao mesmo tempo preservar recursos que garantem produtividade no longo prazo. Essa visão integrada é o que sustenta resultados consistentes”, defende.

Para o dirigente, o estudo publicado consolida evidências que podem orientar a formulação de políticas públicas mais sólidas. “O Brasil precisa estimular lideranças com essa competência híbrida: técnico-pragmática e ambientalmente responsável. Isso vale para prefeitos, mas também para quem ocupa cargos estratégicos nos Estados e na União. A Amazônia não pode ser governada apenas por discursos, precisa ser administrada por quem entende de território, gente, produção e conservação. É essa liderança que abre caminho para um modelo sustentável de desenvolvimento”, conclui.


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Embora o estudo ressalte o papel individual dos prefeitos, os pesquisadores destacam que condições institucionais bem desenhadas são indispensáveis: políticas fiscais previsíveis, acesso a crédito, infraestrutura rural funcional e programas públicos que incentivem a formalização de novos negócios. Esse arranjo cria ambiente para que prefeitos tecnicamente preparados alcancem resultados superiores.

A Academy of Management Discoveries, responsável pela publicação, é um periódico internacional da Academy of Management, reconhecido pela difusão de estudos empíricos sobre gestão pública, organizações e desenvolvimento. A revista, fundada em 2015 e amplamente utilizada pela comunidade acadêmica global, reúne trabalhos revisados por pares e se consolidou como referência para análises que buscam explicar comportamentos e resultados institucionais a partir de dados reais.

Ao final, o estudo sugere que a combinação entre conhecimento técnico, liderança local qualificada e políticas públicas bem estruturadas forma um dos caminhos mais promissores para que a Amazônia avance economicamente sem repetir ciclos históricos de destruição.

Para o setor do agro, trata-se de mais uma evidência de que a formação de líderes preparados pode ser tão importante quanto tecnologia e produtividade na lavoura — e que, em muitos casos, é justamente essa liderança que define se haverá equilíbrio ou descompasso entre crescimento e floresta.

Rios de lixo, temos futuro?

 

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