8 de mai. de 2024

Segurança Pública recebe primeiros veículos e equipamentos comprados com emenda de R$ 10 milhões de Alan Rick

Entrega simbólica foi realizada no Ministério da Justiça, em BSB. Parte dos veículos adquiridos já estão no pátio da SEJUSP, em Rio Branco

Da Assessoria - Nesta quarta-feira, 8, no Ministério da Justiça, em Brasília, o senador Alan Rick (União Brasil) participou da entrega simbólica dos primeiros veículos e equipamentos comprados com emenda de R$ 10 milhões  indicados pelo parlamentar ao Orçamento Geral da União de 2023 para o fortalecimento do trabalho de todas as forças de segurança do estado. A Secretaria de Justiça e Segurança Pública (SEJUSP), representada pelo presidente do Instituto de Administração Penitenciária (IAPEN/AC), Alexandre Nascimento, recebeu 14 caminhonetes, quatro carros de passeio tipo sedan, além de 50 notebooks e 3 drones. 

Alan Rick ressaltou que a emenda foi destinada  para contemplar todas as forças de segurança. "Dessas 14 caminhonetes, 9 foram adquiridas com a nossa emenda, as demais são doações do Ministério para o nosso estado que tanto precisa. Além deles há todos os outros equipamentos, também frutos de uma parte dessa emenda de R$ 10 milhões que destinei no primeiro ano representando o povo do Acre no Senado da República. Vem mais coisas e tudo o que está sendo adquirido irá contemplar as polícias civil, militar e penal, o nosso Corpo de Bombeiros e o Instituto Socioeducativo." - disse.

O senador também agradeceu à secretária Nacional de Segurança Pública substituta, Camila Pintarelli, por todo o esforço da Secretaria para o emprego dos recursos e envio às forças de segurança do estado. Os veículos já estão em Rio Branco e os equipamentos estão sendo enviados. "Nós próximos dias comemoraremos com a entrega no Acre" - prometeu o senador.

"A entrega das viaturas e desses drones são fundamentais para a eficácia das operações de segurança pública, para as ações nas comunidades. As viaturas fazem um papel fundamental na questão ostensiva e preventiva e os drones trazem mais eficácia aplicada à tecnologia que vem embarcada nesses equipamentos". - disse o presidente do IAPEN que também agradeceu ao senador Alan Rick pela destinação da emenda.

Também participaram do momento simbólico, o diretor da Secretaria de Governo do Acre, Márcio Pereira e o chefe da Secretaria Nacional de Assuntos Legislativos, Elias Vaz de Andrade.

TK: População chega às 19h, dorme ao relento e sofre para tentar a expedição de uma RG no outro dia na DP

Pessoas dormindo ao relento para tentar tirar uma ficha no outro dia 


Raimundo Accioly - Em Tarauacá, o terceiro maior município do Acre em habitantes, a procura pela emissão de Carteiras de Identidades tem sido muito maior que a oferta do Estado através da Delegacia de Polícia Local. São apenas 30 (trinta) carteiras emitidas por dia, sendo 15 pela manhã e 15 pela tarde. Por essa razão, as pessoas que habitam na zona urbana e também as comunidades rurais, estão chegando à delegacia às 19 h (7 horas da noite) para assegurarem uma ficha no outro dia a partir das 6 horas da manhã. Essas cenas se repetem há muito tempo.

Famílias chegam as 19 horas. As fichas são distribuídas no dia seguinte pela manhã

Para aguardar a noite inteira pra ver se conseguem uma ficha no outro dia de manhã, os tarauacaenses entre crianças, jovens, adultos e idosos, estão dormindo ao relento, na frente de um açougue situado nas proximidades da delegacia. Eles levam agasalhos, parentes, a mamadeira das crianças e a indispensável garrafa de café. "Enquanto uns dormem, outros 'pastoram' através de um revezamento estabelecido por nós", disse um morador. "Os que moram na zona rural a espera é muito maior. Eles vêm de suas comunidades ribeirinhas e ficam morando no barco, até o horário de virem pra delegacia para buscar atendimento, sabe-se lá quando. Outras famílias inteiras chegam dos ramais. O sofrimento é grande", finalizou o servidor.

Mães de famílias e crianças com mamadeira constatam o desespero das pessoas

Informações colhidas pelo blog, dão conta de que a estrutura montada pelo estado para a expedição do documento não está sendo suficiente para atender todos. "Existem apenas uma máquina e dois servidores cedidos pela prefeitura e pela câmara para realizarem o serviço. Um atende pela manhã e o outro à tarde. Precisamos de mais máquinas, mais servidores e mais parceiros para ajudar a população a não passar por esse constrangimento apenas para solicitar um documento que é seu de direito", disse um servidor que pediu pra não ser identificado.

Outra solução apontada seria uma parceria entre prefeitura, estado e iniciativa provada para a criação em Tarauacá, de uma Central de Serviços Públicos - OCA, que amenizaria a situação não só de quem precisa expedir uma RG, mas também outros documentos e serviços públicos.

Um vídeo (abaixo) gravado por um popular e divulgado no Instagram do `Nóis na net´, mostra a realidade


 

 DO BLOG.

Fica aqui o apelo para que haja com muita brevidade uma intervenção dos poderes constituídos, representantes do povo na Câmara de Vereadores, na ALEAC, Câmara Federal e Senado, para que uma medida emergencial seja tomada até que se monte uma estrutura maior que não permita que o povo, que ja tem suas dificuldades diárias, ainda tenha que passar por essa situação vexatória.

Aproximadamente 18 projéteis foram disparados da área de Rafah. Estes projéteis impedem a entrada de ajuda humanitária em Gaza


Aproximadamente 18 projéteis foram disparados da área de Rafah em direção às áreas de Kerem Shalom Crossing e Re'im (sul de Israel), após as sirenes que soaram hoje cedo. Esta é a segunda vez nos últimos dias que projéteis são disparados contra a travessia Kerem Shalom.

Estes projéteis impedem a entrada de ajuda humanitária em Gaza.

As FDI continuarão a operar para permitir as condições de segurança necessárias para reabrir a passagem Kerem Shalom para fornecer ajuda humanitária aos civis de Gaza.


O Rio Grande, Madonna e Marina Silva – um show de horror

 

Valterlucio Campelo - Enquanto a esquerda brasileira que não foi ao Rio de Janeiro grudava na TV para assistir ao show pornô-satânico da idosa degenerada, no Rio Grande do Sul se tornava mais aguda a tragédia das inundações. Durante a última semana ocorreu nas bacias hidrográficas da serra gaúcha uma das maiores catástrofes de origem climática já registradas no Brasil. Centenas de cidades foram completamente tomadas pelas águas dos tributários do Rio Guaíba que corta a capital, Porto Alegre, causando danos ainda mais elevados. Os prejuízos são verdadeiramente imensuráveis.

Também imensurável é o despreparo do governo brasileiro para reagir a eventos dessa natureza e dimensão. O governo federal é o retrato do descaso e da hipocrisia. As declarações chistosas do Lula, inicialmente voltadas para os torcedores do Grêmio e do Internacional, demonstram o nível de afastamento emocional que o presidente tem em relação aos gaúchos, possivelmente porque lá obteve uma derrota nas últimas eleições. A vingança é o prato diário do Lula. Neste domingo, levou uma corriola de ministros para fazer uma foto e prometer ilusões e, de quebra, propor aliviar a legislação para as despesas – a corrupção agradece.

Os recursos prometidos pelo presidente, se chegarem (os do ano passado ainda não), são ínfimos perante as necessidades. A operação imediata dos órgãos federais é pífia, praticamente ridícula. A rigor, podemos dizer que os gaúchos estão se virando.

Neste sábado, conversei longamente com um sobrinho médico que mora na região atingida. A síntese de todo o “relatório” é que os gaúchos perderam as esperanças no governo federal e resolveram irmanarem-se e superar, por si mesmos, as imensas dificuldades. Empresários de pequeno e grande porte como Luciano Hang (HAVAN) estão dispensando todos os recursos possíveis em socorro à população. Os governos de São Paulo, de Santa Catarina, do Paraná e de outros estados se prontificaram a ajudar. O governador Eduardo Leite, por sua vez, correu para mudar a foto no seu perfil de Instagram e aparecer com modelito de defesa civil – nada como aparecer bem na foto.

Até este domingo já foram contabilizadas mais de setenta mortes e 500 mil desabrigados. Cidades, pontes, estradas, pequenas propriedades, granjas, gado e plantações foram engolidos pelas águas. A safra de arroz dá-se como frustrada ameaçando o abastecimento para os próximos meses e gerando aumento de preços. Soja, trigo, uva, leite e outros produtos serão gravemente afetados. O Rio Grande não estava preparado para uma tragédia tão grave, mas, reconheçamos, NENHUM lugar do Brasil está OK para eventos dessa magnitude.

Situações como essa revelam que o Brasil não se antecipa, não se prepara, não se protege contra catástrofes naturais. Talvez porque não tenhamos grandes terremotos e erupções de vulcões, nos damos por abençoados pela natureza e deixamos “correr frouxo”. Somos descansados, a tragédia de hoje será esquecida amanhã e as promessas terão sido em vão. Nem sequer cobramos nossas autoridades que sempre se apressam a sair no noticiário ao lado das vítimas. Todos os anos é assim e eles – os políticos, contam com isso.

Vejamos o caso do Acre, quase anualmente atingido pelas enchentes. Depois de 2 meses das inundações em Brasiléia (lugar mais afetado), o que foi feito para prevenir a de 2025? E em Rio branco? Posso dizer NADA? Onde estão os ministros e seus técnicos que vieram por cá sobrevoar as cidades, fazer fotos e dar declarações apiedadas? Onde está Marina Silva, ministra do meio ambiente, requerente da governança ambiental e territorial brasileira, com aspirações globais? 

Eu mesmo respondo. Nossa ministra, que tem a governança sobre tudo isso e muito mais, está sempre em algum convescote de premiação mútua entre ambientalistas, em algum seminário circular (aquele que gira sem sair do lugar), em alguma reunião distribuindo grana nossa para as ONG’s globalistas ou, pasmem, dando a cara para endossar a cultura woke. A evangélica farisaica, que põe a cara num show pornográfico digno de Sodoma e ainda agradece por isso, só tem olhos para o espelho que amplia sua vaidade extrema.

Quais projetos foram sequer apresentados pelo Ministério da Marina para que as cidades do Acre não sejam inundadas ou para que, ocorrendo, o evento não cause tantos danos aos acreanos? Quanto dos poucos dinheiros prometidos foram efetivamente liberados? Que plano de prevenção às inundações no Acre foi sequer anunciado pela ministra woke? Ninguém sabe, ninguém viu.

Embora patine em torno de si mesma com palavrório de DCE e trocadilhos adolescentes, a ministra que, por causa disso mesmo, figura entre as 100 pessoas mais importantes do mundo (90% delas rezam na cartilha globalista) segundo uma das revistas que ranqueiam celebridades, jamais assume responsabilidades. No Rio Grande do Sul, ela nos premiou com mais um contorcionismo hermenêutico indecente para culpar (surpresa!) Jair Bolsonaro pelas inundações, usando a tragédia humana e material dos gaúchos para fazer um proselitismo político sórdido, digno da lama que corre pelo Rio das Antas. A esquerda nunca perde a oportunidade de terceirizar fracassos e eximir-se da própria incúria.

Certamente a celebridade acreana não terá olhos para esta coluna despretensiosa, mas, mesmo assim, depois de ver sua face ornamentando o espetáculo ao mesmo tempo, satânico e pornográfico realizado em Copacabana com dinheiro público, que o prefeito Eduardo Paes, como se fosse dono de prostíbulo, chamou de investimento, atrevo-me a dar-lhe uma dica: Senhora ministra, desvie seus olhos da fama perniciosa, solte a mão da Madonna e de seus adeptos, abra a Bíblia esquecida em algum lugar e volte suas vistas para Deus.

Futuro presidente do Brasil, Tarcísio Gomes, mostra como se socorre um Estado irmão

 


Prefeito de Rio Branco, Tião Bocalom, lança o Portal de Olho no Trânsito


O Portal De Olho no Trânsito se constitui em mais um avanço no projeto de tornar Rio Branco em uma cidade mais conectada e com atributos de smart cities, ou seja, usar a tecnologia e todo seu potencial à disposição da população.

Em termos práticos, trata-se de veicular, em tempo real, as imagens de pontos estratégicos das vias urbanas de Rio Branco com vistas ao gerenciamento do tráfego de veículos pelos órgãos de trânsito e pala população. No total, são 12 pontos de videomonitoramento, com intenso tráfego de veículos, alta incidência de acidentes de trânsito e lentidão em horário de pico, filmados com câmeras de alta resolução.



O Portal de Olho no Trânsito é:

– Ferramenta de gestão do tráfego viário para os órgãos de trânsito;

– Serviço de utilidade pública para a comunidade;

– Mais prevenção de acidentes de trânsito em locais de maior incidência;

– Ferramenta de investigação para esclarecimento da dinâmica de acidentes de trânsito;

– Melhoria nos atributos de Rio Branco como smart cities.

PNAES: Aprovado em comissão relatório de Alan Rick para assistência a estudantes

 

Assessoria - A Política Nacional de Assistência Estudantil oferece benefícios a alunos de ensino superior e tecnológico em instituições federais para garantir que concluam seus cursos.

Assegurar que estudantes em cursos de educação superior e de educação profissional científica e tecnológica em instituições públicas federais possam manter-se e concluir seus estudos é o objetivo do Projeto de Lei 5395/2023, relatado pelo Senador Alan Rick (União-AC) e aprovado nesta terça-feira, 07, pela Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado. A proposta, de autoria da Senadora Dorinha Seabra (União -TO), que propõe a criação da Política Nacional de Assistência Estudantil (Pnaes), segue agora para análise da Comissão de Educação.

Alan Rick afirmou que o seu parecer foi debatido com representantes da classe estudantil e reitores das universidades federais. “Este sistema é projetado para combater o alto índice de abandono escolar, especialmente entre os alunos em situação vulnerável. Nos últimos quatro anos, estima-se que 60% desses estudantes abandonaram os institutos federais de educação e universidades federais”, lamentou.

Um dos aspectos mais inovadores do projeto é a criação do Benefício Permanência na Educação Superior. Este auxílio será direcionado para famílias de baixa renda inscritas no Cadastro Único para Programas Sociais do governo federal (CadÚnico) e que já são beneficiárias do Bolsa Família, destinado aos dependentes matriculados em cursos de graduação.

Apesar de o projeto ter foco principal nas instituições federais, se houver disponibilidade orçamentária, a Política poderá atender ainda estudantes de mestrado e doutorado dessas instituições ou estudantes de instituições de ensino superior públicas gratuitas de estados, municípios e do Distrito Federal por meio de convênios.

Pela proposta, os recursos do Pnaes serão distribuídos às instituições federais de ensino superior de forma proporcional ao número de estudantes cotistas, garantindo uma distribuição equitativa dos auxílios, que incluem moradia estudantil, alimentação, transporte, saúde, inclusão digital, cultura, esporte, creche e apoio pedagógico.

O estudante interessado nos benefícios deve atender a pelo menos um de sete critérios específicos, priorizando membros de comunidades quilombolas, indígenas, outras comunidades tradicionais e estudantes estrangeiros em situação de vulnerabilidade socioeconômica, especialmente refugiados.

7 de mai. de 2024

SIATT e Marinha assinam contrato para Compartilhamento da Tecnologia do MANSUP

 

Luiz Padilha - A SIATT e a Marinha do Brasil, por intermédio da Diretoria de Sistemas de Armas da Marinha, assinaram contrato para o compartilhamento de tecnologia do sistema de armamento do MANSUP (Míssil Antinavio Nacional de Superfície). O acordo permite que a empresa, mediante pagamento de royalties, possa utilizar, produzir, comercializar e prestar serviços, no mercado nacional e internacional, de tecnologias referentes ao MANSUP.

O termo de contrato foi celebrado em março durante uma cerimônia realizada no auditório do Parque de Inovação Tecnológica de São José dos Campos (PIT), onde está instalada a sede da SIATT.

Compuseram a mesa do evento o Almirante de Esquadra Edgar Luiz Siqueira Barbosa, Diretor-Geral de Material da Marinha (DGMM), o Vice-Almirante Rodrigo Otavio Fernandes de Hônkis, Assessor de Assuntos de Indústrias de Materiais de Defesa, da DGMM, e o Contra-Almirante Carlos Henrique Lima Zampieri, Diretor de Sistemas de Armas da Marinha (DSAM). Na mesa estavam ainda o Presidente do Conselho de Administração e o Diretor-Presidente da SIATT, Azhaury Cunha Filho e Rogerio Salvador, respectivamente, e o Diretor-Presidente do Grupo EDGE Brasil, Marcos Degaut.


O evento foi acompanhado pela equipe SIATT que participou do desenvolvimento do MANSUP.


Durante a cerimônia, o Contra-Almirante Zampieri destacou a importância deste contrato para o projeto MANSUP. “Este verdadeiro marco no dia de hoje terá o condão de garantir o fluxo de atividades e de recursos necessários à conclusão do projeto do míssil Mansup. Toda esta empreitada finalmente assegurará em um futuro bastante próximo, que se avizinha, o desenvolvimento do Mansup de alcance estendido, que promoverá um salto tecnológico ainda maior na capacidade de defesa e proteção da nossa Amazônia Azul”, disse o diretor da DSAM.

O Contra-Almirante Zampieri finalizou o seu discurso agradecendo o empenho da equipe da SIATT. “Nesse momento eu registro, não só por dever de justiça, mas por gratidão a todos os envolvidos no projeto MANSUP, os senhores e senhoras, bravos competentes e persistentes brasileiros, que com trabalho árduo superaram o desafio do ineditismo e permanentemente nos ajudam a transformar esse sonho, em princípio tão distante, em realidade.”

O Almirante de Esquadra Edgar também destacou o empenho dos profissionais envolvidos no projeto MANSUP. “É bom ver este auditório cheio, com vários funcionários da SIATT, celebrar esse momento importante, o sucesso que tem acontecido, várias etapas que foram conquistadas, vários desafios que foram transpostos ao longo dos anos, e vários personagens aqui presentes e outros que não estão presentes, mas sonharam lá atrás também. Temos que agradecer à SIATT e também ao Grupo Edge, que acreditou neste empreendimento, a Fundação Ezute e Omnisys. É um momento histórico e de muita satisfação. Parabéns a todos por esta conquista e que continuemos trabalhando juntos e concretizando cada vez mais esses nossos sonhos”, disse o Diretor-Geral.

Rogério Salvador – Diretor Comercial da SIATT

Emocionado, o CEO da SIATT, Rogerio Salvador, relembrou toda a trajetória do projeto MANSUP e citou cinco sentimentos que, para ele, expressam o significado daquela cerimônia: gratidão, superação, realização, confiança e alegria. “Não é uma obra de uma pessoa, mas de uma centena de pessoas de todos os lados – da Marinha, dos operadores, das empresas participantes e da SIATT. É uma construção conjunta de muitas mentes brilhantes que colocaram o seu esforço, sua competência e o seu coração em prol do projeto”, ressaltou Salvador.

Alerta de alta nos supermercados do Acre: Trigo, lácteos e arroz mais caros

 

    Por Angélica Florêncio, Na Hora da Notícia


A crise no Rio Grande do Sul devido à enchente histórica está impactando a produção agrícola gaúcha, o que pode resultar em aumentos significativos nos preços de alguns produtos nos supermercados do Acre.

A Associação dos Supermercados do estado (ASAS) já prevê um aumento nos preços de pelo menos três tipos de produtos nos próximos dias. Essa alta pode desencadear um efeito dominó, afetando também outros produtos feitos com as matérias-primas afetadas.

De acordo com a ASAS, as categorias de produtos lácteos, que incluem iogurtes, requeijão, queijos e outros derivados do leite, estão sujeitas a aumentos consideráveis de preço. Além disso, produtos feitos com trigo, já que o Rio Grande do Sul é um grande produtor nacional do grão, também podem sofrer aumento de preço, afetando itens como pão.

Por fim, o preço do arroz, responsável por compor o prato principal da maioria dos acreanos em conjunto com o feijão, também deve ser reajustado. Apesar da maior parte do arroz consumido no Acre ser produzida no Mato Grosso, o aumento da demanda de estados que normalmente compram do Rio Grande do Sul deve impactar os preços.

Vereadores aprovam Lei Nº 1089 - A Lei dos "Ubers" como ficou conhecida

Agora a Lei segue para sanção pelo Executivo Municipal para poder vigorar


Câmara de Tarauacá - Os vereadores votaram hoje o Projeto de Lei Nº 035 que estava tramitando na Casa.

Esse PL dispõe sobre a regulamentação da prestação do serviço de transporte remunerado privado individual de passageiros por meio de aplicativo ou outra tecnologia de comunicação em rede.

Portanto, o Presidente Pedro Claver suspendeu a Sessão para assinatura dos pareceres.

No retorno, o mesmo foi colocado em votação e aprovado por unanimidade entre os presentes tornando-se a Lei Nº 1089/2024 assim que for sancionada por parte do Executivo Municipal.


" Aprovamos a Lei 1089, agora os motoristas de aplicativos poderão trabalhar com mais tranquilidade. Lembrando que uma lei federal sobre esse assunto ainda tramita em Brasília". Disse o Presidente Pedro Claver.


Do gabinete do vereador Dikim veio o Requerimento Nº 019/2024 para que a prefeitura através da Secretaria Municipal de Educação realize a convocação de professores do concurso público cujo edital tem o Nº002/2019.

Finalizando as proposições, do gabinete do vereador Valdor do Ó, veio o  Requerimento Nº 020/2024 onde solicita que a prefeitura através da Secretaria Municipal de Obras encaminhe o cronograma de 2024 das aberturas e limpeza de ramais.

Ex-donos do Kabum acusam CEO do Magalu de fraude

E responsabilizam executivo por “prescrição deliberada” de créditos fiscais. Presidente da varejista diz que irmãos Ramos criam “factoides”

Fachada azul da loja varejista Magazine Luiza em um shopping, com diversos produtos à mostra - Metrópoles

    Carlos Rydlewski


Os ex-donos do Kabum, os irmãos Thiago Ramos e Leandro Ramos, voltaram à carga contra o Magazine Luiza e, mais uma vez, usando artilharia pesada. Agora, eles querem responsabilizar o CEO da varejista, Frederico Trajano, por dois problemas – uma suposta fraude contábil e uma alegada “prescrição deliberada” de créditos fiscais, cujo valor atualizado seria de cerca de R$ 40 milhões.

Para deliberar sobre essas acusações, o conselho de administração do Magazine Luiza convocou, nesta segunda-feira (6/5), uma Assembleia Geral Extraordinária (AGE) de acionistas. Ela está prevista para ocorrer em 29 de maio e foi agendada a pedido dos Ramos, feito em requerimento encaminhado à empresa. O objetivo dos irmãos é que os participantes do encontro decidam ajuizar uma ação de responsabilidade contra o Trajano, com base no artigo 159 da Lei 6.404, de 1976, a “Lei das S/A”.

Os Ramos detêm 75 milhões de ações ordinárias da empresa, que representam cerca de 1% do capital social do Magalu. Nessa condição, caso a assembleia negue o pedido, eles mesmos podem ajuizar a ação contra Trajano, a ser analisada na Câmara de Arbitragem do Mercado.


Suposta fraude

Sobre as acusações, a primeira delas, como mencionado acima, diz respeito a uma suposta fraude contábil. Ela teria resultado em um ajuste acumulado no patrimônio líquido da companhia de R$ 829,5 milhões no fim de junho do ano passado.

Os irmãos afirmam que, em março do ano passado, o Magazine Luiza publicou um fato relevante no qual informou que havia tomado conhecimento de uma “denúncia anônima tendo por objeto supostas práticas comerciais em desacordo com o código de conduta e ética da companhia”. O caso tratava de “alegadas irregularidades em operações com certos distribuidores e fornecedores”.

Os ex-donos do Kabum observam que, em novembro do ano passado, o Magazine Luiza retornou ao tema em outro fato relevante. Para eles, contudo, o documento, “contraditoriamente”, dizia que a apuração do caso “concluiu pela improcedência da denúncia”, mas “admitia que, ao final dos trabalhos, foram identificadas incorreções em lançamentos contábeis”. Os irmãos definem tais “incorreções” como um “eufemismo de fraude”.


Outros problemas

No pedido de convocação da assembleia, os Ramos observam que “há a possibilidade de existirem outras inconsistências contábeis no balanço do Magazine Luiza”. Eles dizem que, em 2022, quando eram administradores da Kabum, após o início das atividades de integração com o Magazine, alertaram Trajano e outros diretores da companhia de uma deficiência no controle contábil do estoque da companhia.

Na ocasião, a dupla teria relatado que o registro contábil do preço de entrada das mercadorias na varejista, ao contrário do que ocorria no Kabum, não era automatizado. Ele era “realizado manualmente por quem tem interesse pessoal em que ele seja lançado pelo menor valor possível, pois sua bonificação é tanto maior quanto menor for o suposto preço pago” pelos produtos.


Crédito fiscal

Sobre o segundo ponto do requerimento para a realização da assembleia dos acionistas, os ex-donos do Kabum dizem que “Frederico Trajano, para obter satisfação de um desejo pessoal de vingança contra os irmãos Ramos, deliberada e intencionalmente fez com que a companhia deixasse prescrever e perecer em definitivo um crédito fiscal, reconhecido por sentença transitada em julgado, no valor de aproximadamente R$ 40 milhões”.


A resposta de Trajano

O diretor-presidente do Magalu, Frederico Trajano, contestou os pontos levantados pelos Ramos, em um documento enviado ao conselho de administração da varejista. No texto, ele pede que suas ponderações sejam divulgadas aos acionistas da empresa, de “modo a permitir-lhes a manifestação informada de seus votos”.

Ele afirma que a manifestação dos Ramos não se relaciona ao “interesse da companhia”. “É, na verdade, apenas o mais recente exemplo das condutas que têm sido adotadas por seus autores, em sua cruzada para obter da companhia vantagens que não lhes são devidas por força dos contratos celebrados quando da venda do Kabum”.

Em relação ao suposto problema contábil, o primeiro ponto levantado pelos irmãos, Trajano diz que “todos os fatos [relacionados ao episódio] foram exaustivamente publicados e as conclusões devidamente comunicadas aos acionistas e ao mercado em geral em novembro de 2023 – há seis meses, portanto”. A seguir, acrescenta: “A pretensão de reabrir artificialmente esse assunto é a prova cabal de que a autuação dos antigos acionistas do Kabum visa exclusivamente ao seu próprio (e indevido) interesse”.


Contas aprovadas

O CEO do Magalu observa que “as demonstrações financeiras de 2023, que refletiram os ajustes realizados, foram aprovadas sem um único voto contrário entre os acionistas titulares de 70% do capital social presentes à assembleia geral ordinária (AGO), enquanto os acionistas subscritores da carta sequer se dignaram a comparecer à AGO para manifestar suas supostas objeções ao conteúdo das demonstrações financeiras, que agora querem impugnar pelo uso abusivo de uma ação de responsabilidade”.


Sobre o crédito tributário, o segundo ponto levantado pelos Ramos, Trajano diz que ele “somente não foi apresentado à Receita Federal porque os vendedores do Kabum se omitiram – eles sim – em apresentar à companhia os elementos necessários à formulação do pedido de reconhecimento do crédito”.

O presidente do Magazine Luiza diz que “tudo leva a crer que sua omissão se deveu à impossibilidade de cumprirem a obrigação que lhes cabia”. “Não conseguindo demonstrar a veracidade do crédito, sua reação decorre apenas de sua frustração por não obterem um pagamento que a companhia, no interesse de seus verdadeiros acionistas, corretamente não realizou”, diz.


“Pressão ilegítima”

Trajano afirma ainda que, “desde que receberam a parte mais relevante do pagamento pela venda [do Kabum], em janeiro de 2023, os antigos acionistas do Kabum criam factoides na tentativa de conseguirem vantagens pessoais indevidas, por meio de pressão ilegítima”.

Por fim, destaca: “Ataques à minha pessoa – mentiras, falsas acusações, calúnias – não servirão, em hipótese alguma, para que os antigos controladores do Kabum obtenham qualquer tipo de vantagem indevida, em prejuízo da companhia. Garantir isso é minha responsabilidade diante do Magazine Luiza e dos demais acionistas”.

O Magalu comprou o Kabum, a maior plataforma de e-commerce da América Latina de itens de tecnologia e games, em julho de 2021, por R$ 3,5 bilhões. Os Ramos, contudo, vem questionando o negócio na Justiça desde o início do ano passado (lei mais sobre o assunto neste link).

Inseticidas domésticos (aerossóis) aumentaram de preço, deve ser porque o Sr. Luiz Inácio não gosta de coisas ‘baratas’


Por Reginaldo Palazzo - Que a cesta básica atingiu preços exorbitantes disso ninguém duvida, é só ir no supermercado e sair com três sacolas na mão que qualquer um pode constatar isso.

Arroz, feijão e outros gêneros alimentícios de primeira necessidade estão pela hora da morte.

Mas um aumento de preço me chamou a atenção, o do inseticida para uso doméstico.

Triplicou de preço.

Não é à toa que a dengue e outras doenças transmitida pelos mosquitos, batem recordes de internações hospitalares pelo Brasil afora.

Deve ser porque o Sr. Luiz Inácio não gosta de coisas ‘baratas’.

Em sua visita à sede da Embraer, em São José dos Campos (SP), Luiz Inácio disse:

“Eu já estou comendo picanha com cerveja. Obviamente, quem não come picanha pode comer uma verdura saudável, plantada pela agricultura familiar”.

Ou as coisas estão muito baratas pra ele, (quase de graça), ou o governo dele está entregue às baratas.

O Rio Grande do Sul suplica por ajuda! Veja agora como você pode fazer sua parte

 

Ricardo Salles critica Marina Silva por culpar Bolsonaro pelas enchentes no RS

 

                Por Desirée Peñalba, Gazeta do Povo


“Se a esquerda consumisse menos recursos com as suas organizações não governamentais (ONGs) e consultorias e gastasse mais com adaptação de estruturas, o país estaria muito melhor”, comenta o deputado federal Ricardo Salles (PL-SP) à coluna Entrelinhas.

O parlamentar critica a publicação da ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, que responsabilizou em grande parte o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro pelos impactos da tragédia climática no Rio Grande do Sul. Ela sugeriu um “apagão” de políticas climáticas durante o governo anterior.

Apesar das declarações da ministra, o deputado lembra que, oito meses após assumir o compromisso de destinar R$ 500 milhões para ações emergenciais no Rio Grande do Sul, o governo Lula ainda não concluiu o repasse total do valor prometido, faltando um terço do montante. A promessa foi feita em resposta aos danos causados por um ciclone extratropical que atingiu o estado em setembro do ano passado.

6 de mai. de 2024

Governo Lula decreta sigilo sobre número de fugas em prisões do país

 

"São Paulo pagava 280 milhões de reais todo final do mês para o governo federal".

Ricardo Nunes conta sobre sua visita ao ex-presidente Bolsonaro e como liquidou a dívida de São Paulo!


 

Ferrogrão: “divisor de águas” para o agronegócio enfrenta impasse socioambiental

Sem grandes avanços, grupo de trabalho criado para discutir o projeto foi prorrogado por 180 dias; contestada no STF, ferrovia teria 933km e conectaria região produtora de grãos do Mato Grosso ao estado do Pará


Ferrogrão teria 933 quilômetros de extensão e conectaria a região produtora de grãos do Mato Grosso, a partir de Sinop (MT), ao estado do Pará, desembocando no porto de Miritituba, em Itaituba (PA) (Foto: Freepic)

Fábio Matos - Em meio ao esforço do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para se aproximar do agronegócio − terreno minado para o petismo nos últimos anos e no qual o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) ainda conta com um apoio expressivo −, um dos projetos de infraestrutura considerados prioritários pelo setor está “emperrado” em intermináveis discussões sobre possíveis impactos ambientais – que já passaram, inclusive, pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

Incluído a nova versão do Programa de Aceleração do Crescimento (o Novo PAC), mas ainda sob a rubrica de “estudos de viabilidade econômica, social e ambiental”, o projeto da Ferrogrão é apontado por amplos segmentos do agro como um “divisor de águas” que poderá resultar na mais importante rota de escoamento da produção de grãos do país. De acordo com estimativas do governo federal, o investimento previsto na ferrovia é de cerca de R$ 25 bilhões. A Ferrogrão teria 933 quilômetros de extensão e conectaria a região produtora de grãos do Mato Grosso, a partir de Sinop (MT), ao estado do Pará, desembocando no porto de Miritituba, em Itaituba (PA).

A ferrovia teria capacidade de levar grande parte da carga de soja, milho e algodão produzida no Centro-Oeste até os portos da Região Norte (proporcionando, inclusive, uma competição entre portos país afora), funcionando como uma “esteira de grãos” e substituindo o modal rodoviário – mais caro e menos eficiente. De acordo com estimativas do setor, ela poderia movimentar mais de 40 milhões de toneladas por ano e criar 385 mil empregos diretos e indiretos em 30 anos, reduzindo em até 40% o preço do frete para exportadores. O custo logístico da produção poderia diminuir em R$ 20 bilhões. 


Idas e vindas no Judiciário

No dia 11 de abril, em decisão publicada no Diário Oficial da União, o grupo de trabalho criado pelo Ministério dos Transportes para debater a Ferrogrão foi prorrogado por mais 180 dias. O colegiado havia sido instituído em 17 de outubro de 2023 e tinha um prazo de 6 meses para apresentar suas conclusões – a data-limite foi alcançada em 17 de abril de 2024. Até o momento, houve pouco avanço nas discussões.

O projeto da Ferrogrão começou a ser elaborado ainda durante o primeiro mandato da ex-presidente Dilma Rousseff (PT), há mais de 10 anos, mas andou mais rápido partir dos governos de Michel Temer (2016-2018) e Jair Bolsonaro (2019-2022). Em 2021, no entanto, o caso chegou ao STF após uma ação apresentada pelo PSOL contra a execução das obras. Na época, o ministro Alexandre de Moraes atendeu à solicitação do partido e suspendeu os efeitos da Lei 13.452/2017 – que teve origem a partir da Medida Provisória (MP) 758/2016.

A MP questionada pelo PSOL promoveu o alargamento da “faixa de domínio” na lateral da rodovia BR-163, que passou de 396 para 862 hectares. Trocando em miúdos, eram 466 hectares a menos para o Parque do Jamanxim, o que representa 0,054% de sua área original de mais de 862 mil hectares. No entendimento do PSOL, acompanhado por Moraes na ocasião, essa supressão de áreas em unidades de preservação não poderia ter sido determinada por uma MP; apenas por um projeto de lei.

No ano passado, a Advocacia-Geral da União (AGU) se manifestou de forma favorável à ação do PSOL e se posicionou, perante o STF, contra o projeto que abre espaço para a Ferrogrão, mesmo reconhecendo a “relevância” da ferrovia e seu potencial de “possibilitar números significativos em geração de empregos diretos na sua construção e em redução no custo do frete”. No fim de maio de 2023, Moraes autorizou a retomada dos estudos de viabilidade da obra, embora a lei tenha continuado suspensa. O ministro também encaminhou o caso para a fase de mediação, na qual as partes envolvidas podem buscar uma solução consensual.

Decisão de Moraes permitiu continuidade dos estudos para construção da Ferrogrão, diz ministro


Agro aposta em custo menor e escoamento maior

Segundo especialistas do setor ouvidos pela reportagem do InfoMoney, a preocupação com os impactos que a Ferrogrão poderia trazer ao meio ambiente é legítima, mas a inviabilização do projeto pode comprometer a produção do agronegócio na região. “O Mato Grosso é um dos estados que mais sofrem com a falta de escoamento porque não tem armazéns suficientes”, aponta Fernando Augusto Paiva do Prado e Silva, advogado ambientalista no Escritório Moraes, Prado & Paes Leme Advogados e membro da Comissão de Direito Ambiental da Ordem dos Advogados do Brasil de Goiás (OAB-GO).

“Quando você tem um produto estocado, com dificuldade de escoamento, isso pode levar à queda do preço de mercado. Muitas vezes, as grandes tradings de grãos que atuam no país forçam o preço para baixo. E o produtor rural do Mato Grosso, que não tem como armazenar corretamente, acaba aceitando praticar esses valores impostos pelo mercado. Ou ele vende, ou ele perde”, explica Prado e Silva.

Ainda segundo o advogado, “a legislação ambiental brasileira é uma das mais rígidas do mundo e sempre pede uma contrapartida em relação ao risco ou dano que o empreendimento pode gerar”. “Se você vai empreender em uma área na qual haverá um desmate ou terá de alterar o curso das águas, por exemplo, sempre será exigida uma compensação ambiental, como reflorestamento, ou uma indenização para o governo investir em obras ligadas ao meio ambiente, como recuperação de mananciais ou áreas degradadas. Portanto, não há uma perda ambiental significativa, e a perda que existir será compensada por meio dessas medidas”, afirma.

João Daronco, analista da Suno Research, classifica a Ferrogrão como um “divisor de águas” para o agro do país. “Hoje, o agronegócio brasileiro é muito competitivo da porteira para dentro, mas perde competitividade da porteira para fora, depois que o produtor sai da fazenda, dada a logística mais precária em relação aos players com os quais o Brasil compete no mercado internacional. A Ferrogrão deve aumentar a competitividade do agronegócio e será extremamente importante para o escoamento de grãos pelo Arco Norte, sendo uma alternativa à BR-163. Com isso, também haverá uma melhora no custo de frete e no tempo para exportar esses grãos”, diz.

Daronco aponta que, apesar da mobilização de ONGs, ambientalistas e grupos indígenas contra o projeto, “há um consenso cada vez maior” de que a Ferrogrão deve se tornar realidade. “Parece-me que não há muita saída a não ser fazer essa obra. Ou deixaremos de lado toda a competitividade do agronegócio brasileiro. E tudo bem: nesse caso, o país abriria mão do agronegócio em prol de uma vertente única e exclusivamente ambiental. É uma escolha”, completa.

Antonio Galvan, ex-presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Soja (Aprosoja Brasil), menciona a diminuição dos custos operacionais e de transporte como um dos benefícios da Ferrogrão. “O potencial econômico é o principal item a ser levado em consideração. A região do Médio Norte do Mato Grosso produz, hoje, cerca de 40 milhões de toneladas de soja e milho, sem contar outras culturas. O frete é muito mais barato do que o do caminhão, o que diminuirá o custo do transporte. Esse alimento vai chegar mais barato à gôndola do supermercado e, consequentemente, à mesa do consumidor final. A Ferrogrão atenderá as três pontas da cadeia: o investidor, o produtor e o consumidor”, afirma.

Galvan acredita que o atual governo se empenhará para levar adiante o projeto de construção da ferrovia. “Pelo que a gente ouve, inclusive do próprio ministro Carlos Fávaro [da Agricultura], o governo tem interesse de que a ferrovia se torne realidade. Na minha avaliação, o grande problema é essa pressão política de certos setores, que vêm intimidando o governo. O presidente [Lula] tem de mostrar vontade política e tomar uma decisão. É importante para o país”, defende. “Acredito que a ferrovia vai acontecer. Pode até demorar um pouco, mas o governo tem demonstrado boa vontade em relação ao projeto.”


O que diz o governo

O InfoMoney procurou os três ministérios que tratam diretamente do tema Ferrogrão. Tanto a Casa Civil quanto o Ministério da Agricultura e Pecuária informaram que a pasta dos Transportes estava coordenando as atividades do grupo de trabalho sobre o tema e, portanto, era a mais indicada para responder os questionamentos.

Em nota encaminhada à reportagem, o Ministério dos Transportes afirmou que, “no que se refere à sustentabilidade e preocupação com o desmatamento, a condição é que o empreendimento e o setor do agronegócio atendam aos normativos e à legislação ambiental, inclusive às convenções internacionais”.

De acordo com a pasta, “o Grupo de Trabalho cumpriu com as atividades do Plano de Ação relacionadas aos eixos de planejamento e estudos técnicos nos prazos previstos” e “o prazo adicional [de 180 dias] propiciará que a sociedade civil tenha oportunidade de participar mais efetivamente do processo de contribuições para a atualização dos estudos socioambientais”. “Após cumpridas as exigências legais e judiciais e de licenciamento ambiental, a nova etapa de trabalho será definida”, concluiu o ministério.

O ministro Renan Filho (MDB) abordou o assunto em entrevista concedida ao InfoMoney no mês passado. Na ocasião, o político informou que os estudos haviam sido atualizados e encaminhados ao Supremo, mas a pasta já trabalhava com a ideia de incluir a Ferrogrão no novo plano para o desenvolvimento nacional ferroviário.