Anderson Gabino - Monumento em homenagem aos militares que perderam suas vidas no terremoto, encontra-se no pátio do Centro Conjunto de Operações de Paz do Brasil, no Rio de Janeiro
Dez anos se passaram do fatídico dia 12 de janeiro de 2010, quando um forte terremoto atingiu o Haiti, deixando milhares de mortos, feridos e desabrigados.
Na época o Haiti estava sobre a Edge da Organização das Nações Unidas (ONU), uma vez que este país encontrava-se em guerra civil. Em abril de 2004, o Conselho de Segurança da ONU havia criado a Missão das Nações Unidas para Estabilização do Haiti (Minustah).
Esta missão esteve sob o comando de militares brasileiros por 13 anos, alcançando, com sucesso, níveis de segurança adequados em diversas áreas do País, principalmente nos bairros mais violentos de Porto Príncipe, como Bel Air, Cité Militaire e Cité Soleil.
Mas quis o acaso ou alguma outra forma que rege o mundo o qual vivemos, que às 16h53 do horário local (19h53 do horário de Brasília), se desse uma catástrofe natural que arruinou a frágil infraestrutura do Haiti em pleno dia de atividades da missão de estabilização.
O terremoto deixou um rastro de destruição com cerca de 230 mil mortos e mais de um 01 milhão e 500 mil desabrigados. A capital, Porto Príncipe, teve vários prédios destruídos. Cadáveres foram enterrados em valas comuns ou pelas próprias famílias. Comida, água e medicamentos se tornaram escassos.
A situação se tornou tensa, pois tinha-se medo que a segurança fugisse ao controle, com a falta de água e comida estimulando saques. Também houve relato da ação de gangues armadas e de saqueadores. Haitianos desesperados brigavam por comida ou tentam deixar o país.
O tremor causou danos em diversos edifícios, incluindo a sede da MINUSTAH, o que causou a morte de muitas pessoas que se encontravam em seu interior. Entre as vítimas, 18 militares do Exército Brasileiro (EB), faleceram no cumprimento da missão de manutenção da paz e estabilização do Haiti.
As tropas brasileiras deixaram definitivamente o Haiti em 15 de outubro de 2017, com todos os objetivos definidos pela ONU para o Componente Militar plenamente alcançados. Enfim, que a data não passe despercebida pela memória dos nossos 18 militares que, longe de seus lares, faleceram no cumprimento do dever.
Todos os anos o EB reverencia as almas desses valorosos militares, que demonstraram atributos como abnegação, coragem, patriotismo e disponibilidade permanentes, sacrificando as próprias vidas.
Seus nomes estão eternamente gravados no panteão dos heróis.
General de Brigada Emilio Carlos Torres dos Santos;
General de Brigada João Eliseu Souza Zanin;
Coronel Marcus Vinícius Macedo Cysneiros;
Tenente-Coronel Francisco Adolfo Vianna Martins Filho;
Tenente-Coronel Marcio Guimarães Martins;
Capitão Bruno Ribeiro Mário;
Segundo-Tenente Raniel Batista de Camargos;
Primeiro-Sargento Davi Ramos de Lima;
Primeiro-Sargento Leonardo de Castro Carvalho;
Segundo-Sargento Rodrigo de Souza Lima;
Terceiro-Sargento Ari Dirceu Fernandes Júnior;
Terceiro-Sargento Washington Luiz de Souza Seraphim;
Terceiro-Sargento Douglas Pedrotti Neckel;
Terceiro-Sargento Antonio José Anacleto;
Terceiro-Sargento Tiago Anaya Detimermani;
Terceiro-Sargento Felipe Gonçalves Júlio;
Terceiro-Sargento Rodrigo Augusto da Silva; e
Terceiro-Sargento Kleber da Silva Santos.
Seus atos jamais serão esquecidos
Com informações do Centro de Comunicação Social do Exército
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