Guilherme Wiltgen - A Taurus, uma das maiores fabricantes de armas do mundo, continua a cada trimestre quebrando recordes operacionais em volume de produção e vendas, receita, lucro bruto e Ebitda.
Desde que passou por um processo complexo de turnaround nos últimos anos, a companhia vem estabelecendo um novo patamar de desempenho, baseado em uma estrutura operacional sólida, com processos e produtos de qualidade.
No segundo trimestre de 2020, o lucro bruto da Taurus foi de R$ 179,9 milhões, superior aos R$ 172,4 milhões alcançado nos seis primeiros meses do ano passado, que já tinha sido um ano com fortes resultados operacionais. Também a geração operacional de caixa medida pelo Ebitda no segundo trimestre de 2020, de R$ 107,7 milhões, superou os R$ 94, 9 milhões acumulados em todo o primeiro semestre de 2019. E isso acompanhado de ganho de rentabilidade, com aumento na margem bruta, que chegou a 42,4% no segundo trimestre de 2020, e na margem Ebitda, que cresceu no trimestre em mais de 10 pontos percentuais em relação ao primeiro trimestre de 2020, atingindo 25,4%.
A Taurus está com suas unidades industriais em plena produção, com a nova operação no Estado da Georgia, nos Estados Unidos, avançando em ramp-up de produção e contando com estabilidade em seus processos produtivos para ampliar o volume de armas produzidas. Parte da linha de montagem da pistola G2 9mm, sucesso de vendas da Taurus, já foi transferida para a fábrica dos EUA, sem tirar capacidade de produção da unidade brasileira.
No segundo trimestre do ano, foram 103 mil unidades produzidas na fábrica nos EUA, comparado a 45 mil no primeiro trimestre, uma evolução de quase 130%. Enquanto no Brasil, no segundo trimestre de 2020, foram 289 mil unidades produzidas. No total, até o final de junho, já foram produzidas 655 mil armas nas duas fábricas da Taurus em 2020. O objetivo é atender prontamente ao forte crescimento de demanda que vem se verificando nos últimos meses, tanto no mercado local quanto, e especialmente, no mercado norte-americano.
A demanda do consumidor norte-americano por armas cresceu de maneira acelerada no decorrer dos últimos meses face à incerteza gerada pela onda de manifestações no país e a insegurança causada pela pandemia de COVID-19. Isso traz resultados significativos para toda a indústria, uma vez que os EUA são o maior mercado mundial de armas.
O índice de intenção de compra de armas nos EUA medido pelo NICS (Sistema Nacional de Verificação Instantânea) vem apresentando recordes históricos e nos seis primeiros meses de 2020 atingiu 10,3 milhões de consultas, contra 13,3 milhões no ano inteiro de 2019. No Brasil, a demanda também vem crescendo por parte dos CACs (caçadores, atiradores e colecionadores), que têm buscado principalmente os calibres de armas antes restritos pela legislação brasileira.
De acordo com o presidente da Taurus, Salesio Nuhs, a empresa se preparou para atender aos anseios dos consumidores nesse momento de alta da demanda com uma linha de produtos moderna, diversificada, com preços competitivos, de qualidade e íntegros. “A dedicação em fazer uma ampla renovação na companhia, revisando e melhor adequando tanto os processos de gestão como os processos comerciais e produtivos, foi o que permitiu a empresa atingir esses resultados. Temos, mais uma vez, a admiração do consumidor pela marca Taurus e oferecemos ao mercado produtos que vão ao encontro de suas demandas. Estabelecemos novo nível de produção, com aumento da capacidade nas fábricas do Brasil e dos Estados Unidos, o que proporcionou novo grau também de resultados operacionais e geração de caixa para a companhia”, afirma Nuhs.
No Brasil, a Taurus vendeu 102 mil unidades no primeiro semestre de 2020, mais do que o dobro das 50 mil unidades vendidas no primeiro semestre de 2019. Considerando apenas os EUA, as vendas nesse semestre foram de 692 mil unidades, volume que supera as vendas totais de armas da companhia – somando esse país, o Brasil e a exportação para outros países – do primeiro semestre do ano passado (659 mil).
Fazendo um exercício de avaliação de longo prazo, comparando o volume de vendas semestral da Taurus nos EUA e o índice de intenção de compra de armas nos EUA medido pelo NICS (Sistema Nacional de Verificação Instantânea) desde o primeiro semestre de 2014 até o primeiro semestre de 2020, as vendas nesse país cresceram 177%, enquanto o NICS teve alta de 68%, evidenciando o aumento da fatia de mercado norte-americano da Taurus.
Essa estabilidade operacional, com o crescimento das vendas, levou a companhia a registrar no primeiro semestre de 2020 a receita de R$ 722 milhões, desempenho 49% acima do bom resultado atingido no primeiro semestre do ano passado, o Ebitda de R$ 153 milhões, com alta de 61% no mesmo período de comparação e, ainda, o lucro líquido de R$ 39 milhões no segundo trimestre de 2020, reduzindo o resultado negativo apurado no primeiro trimestre do ano, causado, basicamente, pelos efeitos negativos da forte desvalorização do real frente ao dólar americano sobre as despesas financeiras.
“Seguimos otimistas com o desempenho da Taurus nos próximos meses. Os indicadores de mercado mostram que a demanda deve se manter em alta, temos a segurança que nossos produtos têm qualidade e características que contam com o interesse do consumidor de armas, e que temos condições de manter as unidades industriais em plena produção para atender a esses consumidores. Em termos operacionais, seguimos atuando com excelência. Isso nos proporciona maior geração de caixa, o que nos permite cumprir com nossas obrigações financeiras”, ressalta Nuhs.
Como foi anunciado ao mercado em 25 de junho, a Taurus assinou um Waiver com o sindicato de bancos credores e, a partir de então, negociou um adendo ao contrato para estabelecer novos prazos para o pagamento, mantendo-se adimplente junto aos seus credores. Em 10 de agosto, a empresa anunciou que os aditivos ao contrato original com o sindicato de bancos credores foram assinados, reescalonando o pagamento de parcela de cerca de R$ 123 milhões do principal da dívida que venceria em junho de 2020. Esse pagamento foi diluído em 31 parcelas mensais, que serão pagas com a geração de caixa. Toda a negociação, do Waiver inicial à assinatura do aditivo ao contrato, proporcionou a Taurus preservar o caixa da companhia como uma reserva estratégica para esse momento preocupante da pandemia do COVID-19. Foi mais um passo importante dentro do processo de reestruturação da Taurus e uma prova de confiança dos bancos credores na atual gestão e na estratégia adotada.
Ao mesmo tempo em que está em plena movimentação industrial e comercial, a Taurus tem tomado todas as precauções para proteger seus funcionários e contribuir para o combate à pandemia de COVID-19. De março até o final de julho, foram mais de 50 ações de prevenção adotadas, que envolvem, entre outras, medidas de distanciamento social estabelecidas em todos os ambientes da companhia, assim como medidas de higiene, aquisição de 3,5 mil litros de álcool gel para uso na unidade do Brasil e sanitização semanal em todos os ambientes externos e internos realizada por empresa especializada.
Foram promovidas ainda diversas ações de apoio à sociedade, tais como campanha que resultou na doação de 14,3 toneladas de alimentos, a fabricação e doação de protetores faciais (face shields) para nove estados brasileiros que totalizaram 500 mil unidades, a doação de cinco conjuntos de respiradores para UTI, sete monitores multifuncionais e vinte bombas de infusão para o Hospital Centenário de São Leopoldo, dobrando a quantidade atual de leitos para pacientes com COVID-19 no hospital do município, e a doação de 5 mil testes rápidos para a Prefeitura de São Leopoldo, onde está localizada a fábrica da Taurus.
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