AEB participou da reunião para discutir a segurança de sistemas espaciais
“A IAASS é uma organização pioneira voltada para as questões de segurança das atividades espaciais. Vivemos um incremento da quantidade de atores e de sistemas colocados em órbita da Terra. Isso acarreta impactos significativos para a segurança das operações de lançamento e para a operação dos satélites devido, por exemplo, à maior probabilidade de colisão com objetos ativos ou inativos em órbita. Investir na segurança global dos novos sistemas, via melhores práticas de engenharia e operação, é uma das bandeiras da IAASS“, disse Moura, que participou da reunião como representante da América do Sul.
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A reunião foi conduzida pelo diretor-executivo Tommaso Sgobba e contou com a participação do presidente do Conselho, Paul Wilde, assim como representantes de vários países do mundo, como a Índia, Austrália, Japão, Alemanha e França, para citar alguns.
O encontro foi importante para delinear os próximos passos da organização e analisar o seu papel diante dos novos desenvolvimentos do setor espacial. “Outra questão abordada, não menos relevante, são as questões voltadas à gestão das atividades espaciais, algo tão relevante como foi a criação da ICAO (International Civil Aviation Organization) para a segurança da aviação. O Brasil, ao adentrar no mercado de transporte espacial, via nosso espaçoporto de Alcântara, mais do que nunca precisa se alinhar com as melhores práticas voltadas para o uso sustentável do espaço”, disse Moura.
Dentro do site https://iaass.space-safety.org/, encontra-se manifesto da organização para um espaço seguro e sustentável, que segue abaixo:
Manifesto por um Espaço Seguro e Sustentável
Expressamos nossa preocupação com a segurança e sustentabilidade das atividades espaciais civis e comerciais e conclamamos todas as nações a cooperar com determinação e boa vontade para melhorar o acesso e promover o uso do espaço para o benefício das gerações humanas atuais e futuras, com o comprometimento de:
1 - Garantir que os cidadãos de todas as nações estejam igualmente protegidos dos riscos colocados por sistemas e objetos espaciais no sobrevoo durante as operações de lançamento e reentrada / retorno;
2 - Assegurar que os sistemas espaciais sejam desenvolvidos, construídos e operados de acordo com regras mínimas comuns de segurança de voo e de solo, que reflitam o status do conhecimento e a experiência acumulada de todas as nações que viajam no espaço;
3 - Procurar evitar colisões ou interferência com outros sistemas aeroespaciais durante o lançamento, operação em órbita e reentrada;
4 - Garantir a proteção dos ambientes terrestre, aéreo e em órbita da contaminação química, radioativa e de detritos relacionados às operações espaciais;
5 - Garantir que as disposições de ajuda mútua para emergências de segurança em missões espaciais sejam progressivamente acordadas, desenvolvidas e tornadas acessíveis sem restrições em qualquer lugar da Terra e do espaço exterior.
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