21 de jun. de 2023

Da ânsia a ganância

Por Reginaldo Palazzo - Lembro-me de um colega nos idos da década de 80 me contando quando ele trabalhava em carro forte, do medo que ele tinha (ele mesmo afirmava que era medo e não receio), às vezes de trabalhar perto de certos companheiros pelo que ele chamava de “febre do dinheiro”.

Pedi que ele fosse mais explícito, haja vista nunca ter ouvido o termo, pois só tinha ouvido sobre febre do ouro etc.

“É quando você vê muito dinheiro, e aí você pensa: por que não pode ser meu?”.

Resumindo a história, ele ficava com medo de ser traído por seus próprios companheiros ficando obviamente sua mulher viúva e consequentemente seus filhos órfãos.

Eis que décadas mais tarde fui entender não só em gênero e grau, mas principalmente em números (rs) o que ele dizia quando um Partido mono-estelar de um certo Estado afim, fizeram-se ator principal e coadjuvante.

Né brinquedo não! Como diria Dona Jura na época em que se fazia novela decente.

Na ânsia de colocar a farinha primeiro no seu pirão, o povo assistiu atônito enriquecimentos meteóricos que agora dão ânsia, mas é de vômito, dado segundo um Vereador uma vez me disse: “Proliferação da construção de castelinhos” na capital do Estado condenado a estagnação.

Só coloco um acréscimo: Cercado de segurança, pois muitos desses “castelinhos” estavam dentro de condomínios de luxo que claro os integrantes do MTST jamais entrariam apesar de estarem no mesmo “grupo”.

Porteiro, vigia, câmeras de segurança, concertinas e cerca elétrica etc.

Deve ser para gerar emprego afinal de contas eles se preocuparam muito com isso. (Contém ironia).

Isso no 1º escalão, não pensem que os agregados não fizeram nada.

A inversão de valores é tão presente que impassíveis devem me achar um coitado e remoem em seus podres pensamentos.

“Não foi nada, segue o jogo, foi só uma caneladinha nas contas públicas ora bolas”.

É DOENÇA!

Febre é sinal de doença. A ganância foi só uma etapa pós-ânsia, a nível nacional vem coisa pior por aí.

Os jovens de hoje estão se espelhando em exemplos no pior da política contemporânea.  

Sigo desesperançoso e esperando o dia da caça as bruxas.

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