20 de nov. de 2023

Se meu “kibe de arroz” falasse

Eis aí uma história verídica presenciada por essa pessoa que vos escreve

Imagem ilustrativa degustativa e palatável

Por Reginaldo Palazzo - É uma história de alienação, dessas que vemos corriqueiramente dia após dia dos papagaios dos trens da alegria ora em voga.

Mas essa foi tão estapafúrdia que merece ser contada.

Vamos lá!

Era uma vez em uma sala apertada com os famintos das 10:00hs expondo sem cerimônia seus sonoros estômagos roncadores.

Eis que surge na porta do dito estabelecimento a salvadora da pátria, ou melhor, dos buchos das dietas recalcitrantes, a senhorinha vendendo salgados diversos.

Uma delícia, diga-se de passagem.

Quero um kibe de arroz gritou a protagonista dessa história levantando-se da sua cadeira de couro e levantando também o indicador em riste.

Quando todos os outros que estavam no recinto já estavam no segundo salgado inclusive ela, a dita cuja me sai com uma dessas olhando o celular.


“Esse pessoal do agro é ganancioso só pode, será que só comem capim?”.


Sim meu caro leitor, acredite, ela falou isso de boca cheia.

Com olhar perplexo de alguns na sala, pois todos perceberam o despautério, a mesma continuou falando suas abobrinhas metralhando com sua sopa de letrinhas os meio-sorrisos sem graça do restante da galera.

Afinal de contas ninguém quis fazer a incauta passar vergonha.

Caso contrário seria fácil humilhar tal cidadã que fala sem pensar como veremos a seguir:


Eu conto ou vocês contam?


O que contem um “Kibe de Arroz”?

Bom, o nome mesmo já diz arroz obviamente, mas o que mais?

Arroz = Agro

Carne do recheio = Agro

Pimenta do tempero = Agro

Cebolinha do tempero = Agro

Por sorte ela não pegou um pastel que entraria a batata, a cenoura e a ervilha da seleta.

Mas voltando ao “Kibe de Arroz” ainda teve a soja, sim, a soja, porque ela pegou ele bem fritadinho.

Não sei se passa no trigo, passa?

Como esse kibe foi no Acre e não no nordeste vamos deixar o etanol de lado, não quero forçar a barra.

O pior de tudo é que ela a dona do último salgado da cesta ainda deve tá achando que tava certa. Deve estar arrotando baboseiras por aí até hoje.

Mas a pergunta que não quer calar, se não fosse o agro ela iria comer o que?

Capim? Ou vai lagar o Iphone pra ir caçar?

Por hoje é só pessoal.

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