19 de nov. de 2023

A verdadeira bandeira do Brasil, o resto é golpe!



BANDEIRA IMPERIAL

Inicialmente foi idealizada como pavilhão pessoal de Dom Pedro I, então Príncipe Real do Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves, pelo mestre Jean-Baptiste Debret, da Missão Artística Francesa. O primeiro projeto continha quase todos os elementos, porém, não organizados em um escudo, e fora encomendado pelo Rei Dom João VI em 1820; sua única diferença era que, ao invés de um ramo de tabaco e café, era composto por ramos de cana-de-açúcar e tabaco. Até hoje não se sabe se a organização dos elementos em escudo foi obra somente de Debret ou se contou com a colaboração de Dom Pedro I, da Imperatriz Dona Leopoldina ou ainda do Patriarca José Bonifácio de Andrada e Silva.

O Imperador Dom Pedro I decretou seu pavilhão como símbolo nacional, descrevendo no Decreto nº 3, de 18 de Setembro de 1822, as Armas Nacionais como “em campo verde uma Esphera Armilar de ouro atravessada por uma Cruz da Ordem de Christo, sendo circulada a mesma Esphera de 19 Estrellas de prata em uma orla azul; e firmada a Corôa Real diamantina sobre o Escudo, cujo lado serão abraçados por dous ramos das plantas de Café e Tabaco, como Emblemas de sua riqueza comercial, representados na sua própria cor e ligados na sua parte inferior pelo Laço da Nação” e a Bandeira Nacional “composta de um paralelogrammo verde, e nelle inscripto um quadrilatero rhomboidal côr de ouro, ficando no centro deste o Escudo das Armas do Brazil”.

Em 1º de dezembro de 1822, a Coroa do Reino do Brasil foi modificada para a Coroa do Império do Brasil por meio de outro decreto, tomando a Bandeira Imperial a forma que conhecemos hoje. Depois disso, apenas ocorreram alterações no número das estrelas que simbolizavam as províncias do Império: em 1829, foi retirada uma estrela, pelo fato de a Província Cisplatina (Uruguai) ter sido desligada do Brasil; a criação das Províncias do Amazonas, em 1850, e do Paraná, três anos depois, determinou o acréscimo de estrelas. As alterações do número de estrelas foram imediatas, sem qualquer ato oficial.

Acredita-se que a representação das províncias por meio de estrelas tenha sido ideia de Dom Pedro I, inspirado pela porta da Igreja de São Francisco de Assis, em Ouro Preto, esculpida pelo Aleijadinho, a qual foi copiada no teto da sacristia, em que estão pintadas dezenove estrelas, circundando as quinas do Brasão Português.

A Cruz da Ordem de Cristo e a Esfera Armilar são símbolos que mostram claramente a herança do Reino de Portugal, a Cruz da Ordem de Cristo e a Esfera Armilar. A forma do losango, usada na Bandeira, estava muito em voga no início do século XIX, por influência napoleônica. A cor verde era tradicional da Casa de Bragança, a que pertencia o primeiro Imperador, ao passo que o amarelo era a cor da Casa de Habsburgo-Lorena, à qual pertencia a Imperatriz D. Leopoldina.

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