16 de dez. de 2009

Binho terá mais de R$ 3 bilhões para gastar em ano eleitoral

O orçamento geral do estado para o próximo ano, foi aprovado com ressalvas. Foram 10 votos da oposição, contra 13 da bancada governista.

O governador do Estado do Acre, Binho Marques (PT), terá exatamente R$ 3,6 bilhões de recursos para gerir o Poder Executivo em 2010, ano eleitoral. O orçamento geral do Estado, foi apreciado e votado na tarde desta terça-feira, 15, na Assembléia Legislativa. O dinheiro deverá ser utilizado para suprir as despesas publicas de Saúde, Educação, Segurança e outras. Com apenas três votos de diferença a bancada governista comemorou a aprovação. Na soma geral foram 13 votos a favor e 10 contra.

O governo ainda conseguiu aumentar em 5%, os valores do orçamento, se comparado com o ano passado. O deputado estadual Moisés Diniz (PC do B), negou que o Acre tenha sofrido impactos com a última crise financeira que afetou vários continentes, e disse que o Estado não deveria ser penalizado, por isso, merecia mais investimentos. "Apesar da crise houve crescimento na economia, por isso os investimentos não serão reduzidos", argumentou o líder do bloco de governo.

De acordo com a mesa diretora da Aleac, o orçamento estabelecido, teve a participação da sociedade acreana. Tudo isso fruto do programa Assembléia Aberta, que levou gestores públicos e parlamentares para todas regionais do Estado, onde conheceram as realidades e ouviram as reclamações do povo. Cidades isoladas como Marechal Thaumaturgo e Porto Walter, colocaram no orçamento suas necessidades. "A participação popular aumenta cada vez mais e é muito gratificante dar oportunidade para que as comunidades tenham autonomia para decidir como o dinheiro público deve ser empregado", ressaltou Moisés Diniz.

Mas nem tudo foram flores durante a votação do orçamento. Os deputados de oposição questionaram a suplementação de 30%, proposta pelo governo. Os parlamentares chiaram, e concluíram que era um abuso, já que o governo estava pedindo mais verba que o necessário para ser aplicado. O deputado Luiz Calixto (PSL), foi um dos deputados que votou contra a peça orçamentária. "Respeitamos a decisão da Bancada de Sustentação, mas deliberamos por votar contra. Quando o governo estabelece uma margem de suplementação de 30% ele diz que não precisa mais dessa Assembleia para aprovar acréscimos no orçamento e não podemos dar um cheque em branco para o governo", justificou Calixto. A bancada de oposição também chegou a questionas os aditivos financeiros que o governo estava dedicando para publicidade institucional, e disseram que era desnecessário, colocar mais de R$ 20 milhões para propaganda.

Assim, os trabalhos da casa foram concluídos em 2009. Na próxima sessão, nesta quarta, 16, haverá uma solenidade de entrega dos títulos de cidadão [70] acreano e moções de aplauso. Depois disso os parlamentares entram em recesso e só retornam os trabalhos em fevereiro do ano que vem.

"Em 2009 aprovamos mais de 300 matérias e não apenas isso, continuamos a honrar o compromisso de não ser apenas uma Casa de aprovação de leis, fomos atrás de ouvir a população do Acre e buscar mecanismos para melhoria da vida dessas pessoas. Para isso, fomos até mesmo nos países vizinhos, porque somos representantes do povo acreano", finalizou Edvaldo Magalhães, presidente da Assembléia Legislativa do Acre.

Redação, ac24horas, com informações da Agência Aleac

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