LUIZ CARLOS PRATES
Comando militar
O assunto, hoje, não é muito ao gosto da leitora, mas peço, por favor, que a leitora fique por perto. Talvez se interesse pela conversa. É que eu estava deixando passar a lengalenga que ainda anda pelas esquinas sobre o Dunga e a Seleção Brasileira.
Os levianos que insistem em criticar o estilo Dunga, paradoxalmente, não param de suspirar pela mais “exemplar” de todas as seleções já formadas no Brasil: a de 1970. A Seleção de 1970 é até hoje suspirada pelos de memória fraca e subletrados da imprensa brasileira. Os mesmos que esquecem que o Brasil perdeu a Copa de 1966 na Inglaterra pela desorganização. Aquele bando foi substituído pela “disciplinada” e vencedora equipe de 1970.
Pois bem, a pergunta é por que aquela Seleção foi a melhor de todas? – Ah, porque tinha Pelé, Jairzinho, Gerson, Tostão... uma seleção de craques. Sim, e o que mais?
Pois eu respondo, aquela Seleção de 1970 tinha o que nenhuma outra teve até então: disciplina militar. O presidente da República era o general Médici. O chefe da delegação ao México foi o brigadeiro Jerônimo Bastos, e seu assessor direto, o major Guaranis. O preparador físico era o capitão Cláudio Coutinho, e os jogadores todos, todos, tinham que andar nos eixos.
Quando a Seleção foi convocada, muitos jogadores usavam cabelo ao estilo black-power, a moda do momento. Ao chegar à Seleção, os cabeludos, todos, tiveram que passar no barbeiro... Lembra o leitor como era o cabelo do Jairzinho antes? Um horror, deste tamanho.
Olhe as fotos do Jairzinho depois, já na Seleção. Cabelo de cadete. E em tudo a Seleção de 1970 foi disciplinada, ninguém dava um pio sem ordem, ninguém se queixava de concentração ou de mau humor de quem quer que fosse na comissão técnica.
Ah, e o técnico era, ao início, o melhor do Brasil na época: João Saldanha. Mas o Saldanha andou insinuando bobagens ao presidente Médici. Caiu do cavalo na hora. Veio o Zagallo e afinou pela cartilha militar da Seleção. Deu no que deu: a inesquecível formação vencedora, campeã no México.
Dunga e os diretores de hoje da destituída comissão técnica são figurinhas dóceis comparada às do time de 1970. Aquela Seleção é inesquecível por isso, teve disciplina militar e venceu. A bola brasileira batia continência. E entrou para a história.
E os frouxos dizem que o Dunga é durão, durão era o major Guaranis, o Coutinho, o Bastos... os vencedores eternos.
Nota do Blog: Além disso ai acima, a seleção perdeu porque Dunga nunca foi técnico, demorava a tomar decisões convocou errado e quando mudava, mudava na hora errada. Ainda afirmo que o principal problema da seleção brasileira é bola alta na área. Observem as outras copas que o Brasil perdeu.
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