20 de jul. de 2010

TIÃO VIANA NA FRENTE DAS PESQUISAS, MAS SERRA NO ACRE LEVA A MELHOR


Na terra dominada pelo PT desde 98, candidata do presidente Lula patina

Sai hoje uma pesquisa do Ibope para o Estado do Acre e o resultado é uma pedrada para a candidata do PT a presidente, Dilma Rousseff.

Eis os dados sobre a disputa presidencial (apenas entre os eleitores acrianos):

José Serra (PSDB) - 39%
Marina Silva (PV) - 29%
Dilma Rousseff (PT) - 16%

A pesquisa do Ibope no Acre foi realizada de 12 a 14 de julho. O registro no TSE é 19.641/2010. Foram entrevistados 602 eleitores e a margem de erro é de 4 pontos percentuais.

O levantamento foi encomendado pela Federação das Indústrias do Acre.

Lula sabe que as coisas não vão bem no Acre. Em geral, o presidente fala aos seus aliados: "Eu até compreendo que a Dilma possa ficar atrás da Marina, que é de lá. Mas do Serra não dá".

O Acre tem apenas 461.969 eleitores (0,34% do país), segundo dados do TSE (base de abril). Ou seja, não é grave quando um candidato a presidente perde a eleição entre os acrianos.

Mas trata-se de uma local emblemático para o PT: é o Estado no qual o modelo petista de governar tem sido mais longevo.

Lula ganhou no Estado no primeiro turno de 2002 com 46,8%. À época, José Serra (PSDB) teve 19% dos votos dos acrianos. No primeiro turno de 2006, o petista votou a vencer com 58,6% contra 37,3% de Geraldo Alckmin (PSDB). Ou seja, apesar da hegemonia lulista, já era possível notar algum avanço do voto tucano há 4 anos. Agora, o PSDB lidera no Estado na disputa presidencial.

Mas essa vantagem dos tucanos não se repete nos votos para governador e senador. Eis os dados apurados pelo Ibope na pesquisa de 12 a 14 de julho:
Governador:

Tião Viana (PT) - 63%
Tião Bocalon (PSDB) - 18%
Gouveia (PRTB) - 2%
Indecisos - 13%
Brancos/Nulos - 4%
Senador (2 vagas; o eleitor escolhe 2 nomes):

Jorge Viana (PT) -67%
Sérgio Petecão (PMN) - 31%
Edvaldo Magalhães (PC do B) - 27%
João Correia (PMDB) - 11%
Citou só um candidato - 32%
Indecisos - 26%
Brancos/Nulos - 5%

Esse caso do Acre é curioso. Revela muito sobre o comportamento do eleitor brasileiro e da tese da fadiga de material.

Por algum motivo, os acrianos emitem sinais paradoxais na mesma eleição: parecem satisfeitos com a gestão petista local, mas rejeitam o nome indicado pelo PT para suceder a Lula.

Dilma Rousseff não agendou (ainda) visitas ao Acre.O Rio Branco



AC 24 Hs
















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