27 de jul. de 2011

PONTE RIO NEGRO - IRANDUBA EM MANAUS (AM)

TRATA-SE DE UM ESCÂNDALO SEM LIMITES. É O QUE SE PODE CHAMAR DE ESCÂNDALO REI. CONFIRA E CHAME A POLÍCIA. POBRE POVO DO AMAZONAS. É um absurdo a diferença de gastos entre a ponte de 42,5 km, construída na China, sobre o mar, na baía de Jiaozhou, considerada hoje a maior do mundo, com a nossa que cruza o Rio Negro, de 3,5 quilômetros que, em termos de extensão, não passa de uma simples alça do gigante construído pelos chineses. A obra dos chineses possui pista dupla, como se fossem duas pontes paralelas que, somadas, chega a 85 km, portanto, maior que a distância entre Manaus e o município de Rio Preto da Eva, localizado a 80 km da nossa capital. Já a ponte sobre o rio Negro possui apenas uma pista de mão dupla.
Agora vejamos a diferença quanto ao preço entre as duas pontes, a nossa e a chinesa. Segundo a imprensa, os chineses gastaram com a ponte US$ 2,3 bilhões, ou R$ 3,6 bilhões na nossa moeda. No entanto, a nossa, de 3,5 km, mesmo antes de concluída, já engoliu R$ 1,2 bilhão.
Vamos agora à diferença entre os preços por quilômetro gastos lá e cá. Enquanto gastou-se na ponte chinesa R$ 87,6 milhões, por quilômetro construído, na Manaus/Iranduba o preço por quilômetro é de R$ 327,7 milhões e se fosse construída com duas pistas, como a dos chineses, o preço dobraria para R$ 655,4 milhões. A diferença é abissal, mais do que isso, é um escândalo!
A diferença é gigante. Aqui o governo do Amazonas gastou quatro vezes mais por cada quilômetro construído, aliás, a diferença é muito maior, sobe para oito, levando-se em consideração que a ponte chinesa é dupla, ou seja, em verdade são duas pontes, uma ao lado da outra, afasta por um espaço entre 30 a 40 metros. Nas fotos publicadas, percebe-se que foram montadas em estruturas independentes, em cima de pilares próprios, e compõem-se em mão e contra mão.MARIO FROTA JULY 4, 2011

A obra da ponte sobre o rio Negro foi contratada em novembro de 2007 . Inicialmente licitada em R$ 574 milhões , mas, com o passar do tempo, mais R$ 476 milhões foram incorporados aos custos da ponte a título de aditivos. Um absurdo, mais do que isso, um escândalo, levando-se em conta que, pela legislação do país, nenhuma obra pública pode receber aditivo superior a 25 % do que estabelece a lei 8.666. Agora pasmem! Esses 25% de aditivos, já saltaram para 82,7 %.

                                                                                                                                                    ARISTIDE FURTADO
                                                                                                                                        
O contrato da ponte sobre o rio Negro foi reajustado. Como reajusteo a obra, inicialmente licitada por R$ 574,8 milhões, saltou para R$ 1,050 bilhão, o que representa  aumento de 82,7%. Nesse valor estão incluídos a estrutura da ponte, obras de acesso, defensas e sistema de iluminação, além do reajuste.
O reajuste se refere ao período de setembro de 2009 a agosto de 2010 e só agora começou a ser pago, o que fortalece a tese de que a Camargo Corrêa emperrou a conclusão da obra por falta de pagamento. A correção está prevista no parágrafo 10º do contrato do Governo do Amazonas com o consórcio Rio Negro, composto pela construtora Camargo Corrêa e Construbase Engenharia. O valor do contrato poderá ser reajustado após 12 meses conforme o Índice Nacional da Construção Civil (INCC). Os R$ 48,9 milhões de reajustamento foram empenhados pelo Governo Estadual, por meio da Secretaria da Região Metropolitana de Manaus (SRMM) em janeiro e fevereiro deste ano em quatro parcelas, das quais já foram pagas, segundo o portal transparência da Secretaria Estadual de Fazenda (Sefaz) R$ 19,9 milhões.
Do valor total reajustado, R$ 39,9 milhões serão destinados a Camargo Corrêa. Estão divididos em dois empenhos cada um de R$ 19.9 milhões, registrado no dia 11 de fevereiro. Já foi feito o pagamento de R$ 7,7 milhões do primeiro. E R$ 3,1 milhões do segundo empenho, o que totaliza R$ 10,9 milhões. Resta ainda o saldo de R$ 28,9 milhões. O valor devido a Construbase, no total de R$ 9,030 milhões, foram quitados em duas parcelas de R$ 4,515 milhões.
O empenho dos dois pagamentos datam também de 11 de fevereiro. O reajustamento, segundo dados dos empenhos, referem-se a execução de serviços e obras de engenharia da ponte sobre o rio Negro do período de setembro de 2009 a agosto de 2010. É o 2º reajustamento. Segundo dados do portal transparência, a SRMM empenhou R$ 131,8 milhões para a empresa Camargo Corrêa,  na fase final do contrato. Deste valor R$ 29,1 milhões são relativos a pagamentos não realizados em 2010, distribuídos em oito parcelas, sendo duas de R$ 6,3 milhões, duas de R$ 4,5 milhões, duas de R$ 2,5 milhões e mais duas de R$ 1,1 milhão. Os R$ 102,7 milhões é o saldo do nono termo aditivo com vigência de 7 de janeiro a 5 de julho de 2011. Desse saldo, foram quitados R$ 19,5 milhões - restam R$ 83,1 milhões.
A obra da ponte foi contratada em novembro de 2007 por R$ 574,8 milhões. Desse valor, R$ 68,2 milhões referentes a obras de acesso (estradas) foram subcontratados para a construtora Etam. E receberam aditivo de R$ 17 milhões. O contrato com a Camargo Corrêa e Construbase também foi aditivado e saltou para
R$ 811,8 milhões. No final de fevereiro ultimo, o Erin Estaleiros Rio Negro venceu a licitação, com valor de  R$ 89,2 milhões, para construir as defensas da ponte. Falta outro processo licitatório de cerca de R$ 14 milhões para o sistema de  iluminação, que estava previsto para este mês.

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