7 de jul. de 2012

ALÉRGICO A BALAS - VALE A PENA LER DE NOVO

"Luis é o tipo de cara que você  gostaria de conhecer". 
"Ele estava sempre de bom humor e sempre tinha algo  de positivo para dizer". 
        
Se alguém lhe perguntasse como ele estava, a  resposta seria logo:
          
"Ah.. Se melhorar, estraga".   
        
Ele era um gerente especial em um restaurante, pois  seus garçons o seguiam de restaurante em restaurante apenas pelas suas atitudes.
        
Ele era um motivador nato.
          
Se um colaborador estava tendo um dia ruim, Luis  estava sempre dizendo como ver o lado positivo da situação. 
        
Fiquei tão curioso com seu estilo de vida que um dia  lhe perguntei:  
           
"Você não pode ser uma pessoa positiva todo o tempo".  
        
"Como faz isso" ?  
        
Ele me respondeu:     
"A cada manhã, ao acordar, digo para mim mesmo":  

"Luis, você tem duas escolhas hoje:  
Pode ficar de bom humor ou de mau humor. 

Eu escolho ficar de bom humor". 
Cada vez que algo ruim acontece, posso escolher  bancar a vítima ou aprender alguma coisa com o ocorrido.   
Eu escolho aprender algo.   
Toda vez que alguém reclamar, posso escolher aceitar  a reclamação ou mostrar o lado positivo da vida.   Certo, mas não é fácil - argumentei.   
É fácil sim, disse-me Luis.   
A vida é feita de escolhas.   
Quando você examina a fundo, toda situação sempre  oferece escolha.   
Você escolhe como reagir às situações.   
Você escolhe como as pessoas afetarão o seu  humor.  
É sua a escolha de como viver sua vida.   
Eu pensei sobre o que o Luis disse e sempre lembrava  dele quando fazia  uma escolha.  
Anos mais tarde, soube que Luis um dia cometera um  erro, deixando a porta de serviço aberta pela manhã.   
Foi rendido por assaltantes. 
Dominado, e enquanto tentava abrir o cofre, sua mão  tremendo pelo nervosismo, desfez a combinação do segredo.  
Os ladrões entraram em pânico e atiraram nele.   
Por sorte foi encontrado a tempo de ser socorrido e  levado para um hospital..     
Depois de 18 horas de cirurgia e semanas de  tratamento intensivo, teve alta ainda com fragmentos de balas alojadas em seu corpo.  
Encontrei Luis mais ou menos por acaso.
Quando lhe perguntei como estava, respondeu:   
"Se melhorar, estraga".    
Contou-me o que havia acontecido perguntando:  
"Quer ver minhas cicatrizes"?  
Recusei ver seus ferimentos,  mas  perguntei-lhe o que havia passado em sua mente na ocasião do  assalto.  
A primeira coisa que pensei foi que deveria ter  trancado a porta de trás, respondeu.   
Então, deitado no chão, ensangüentado, lembrei  que tinha duas escolhas:   
"Poderia viver ou morrer".  
"Escolhi viver"!  
Você não estava com medo? Perguntei.     
"Os para-médicos foram ótimos".  
"Eles me diziam que tudo ia dar certo e  que ia ficar bom".     
"Mas quando entrei na sala de emergência e vi a  expressão dos médicos e enfermeiras, fiquei apavorado".  Em seus lábios eu lia: 
"Esse aí já era".      
Decidi então que tinha que fazer algo.   
O que fez ? Perguntei.  
Bem.. Havia uma enfermeira que fazia 
muitas  perguntas. Perguntou-me se eu era alérgico a alguma coisa.   
Eu respondi: "sim".   
Todos pararam para ouvir a minha resposta.   
Tomei fôlego e gritei; "Sou alérgico a balas"!  
 Entre risadas lhes disse:  
"Eu estou escolhendo viver, operem-me como um  ser vivo, não como um morto".    
 Luis sobreviveu graças à persistência dos médicos...  mas sua atitude é que os fez agir dessa maneira.  
E com isso, aprendi que todos os dias, não importa  como eles sejam, temos sempre a opção de viver plenamente. Afinal de contas,  "ATITUDE É TUDO". 

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