30 de jan. de 2016

CRISE FINANCEIRA: TIÃO VIANA AFIRMA QUE ACRE PERDEU R$33 MILHÕES E DEVE ADOTAR MEDIDAS DRÁSTICAS


"O sinal vermelho de alerta máximo está dado à população”, disse o governador

“O sinal vermelho de alerta máximo está dado à população” frisou Viana/Foto: Charlton Lopes/ContilNet

Gina Menezes - Em entrevista coletiva concedida à imprensa na manhã desta sexta-feira (29), o governador Tião Viana (PT) anunciou que o Acre apresenta uma perda de R$ 33 milhões de suas receitas apenas neste primeiro mês do ano, e que a expectativa é que os próximos meses também sejam de crise, forçando o governo a tomar medidas que ele considera drásticas.

Acompanhado de sua chefe do Gabinete Civil, Márcia Regina, e do secretário da Fazenda,  Joaquim Manoel Mansour, o Tinel, Tião Viana anunciou que entre as medidas drásticas está a provável  redução de salário dos servidores e expediente corrido. Tião Viana negou que possa ocorrer demissões. “Iremos lutar com todas as nossas forças para não demitir ninguém e pagar em dias os salários”, disse.

O governador afirmou ainda que trabalhará para manter os repasses constitucionais dos municípios, a exemplo do que aconteceu em 2015. “Ano passado o governo fez o esforço para manter a economia viva, e mesmo com a crise repassamos R$ 274 milhões aos municípios. Esse é dinheiro fruto da arrecadação própria do Estado com ICMS e IPVA”, explicou o petista.

A respeito das queixas dos comerciantes da elevada carga tributária do Acre, Tião Viana afirmou que não houve aumento na cobrança do ICMS. “A alíquota continua 17%, o regime de tributação continua o mesmo”, declarou.

O governador afirmou que convocou a imprensa para dividir com a população o “sinal vermelho” de alerta a respeito da situação delicada que o Estado enfrenta. “O primeiro mês foi muito desfavorável. O sinal vermelho de alerta máximo está dado à população”, frisou.

Viana afirmou que pretende viajar para Brasília na próxima segunda-feira (1º) para uma reunião com o ministro da Fazenda, Nelson Barbosa, e os governadores dos outros Estados do País.

Entre as soluções que Tião Viana irá propor ao ministro está o polêmico retorno da Contribuição Provisória sobre a Movimentação Financeira (CPMF), alteração na forma de arrecadação do Imposto de Renda e a legalização dos jogos de azar e cassinos para aumentar a fonte de receita do governo federal e dos Estados.

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