Marcela Ayres - O presidente Michel Temer decidiu exonerar os ministros com mandato de deputado federal quando for marcada a votação da reforma da Previdência no plenário da Câmara, nas próximas semanas, para reforçar o empenho do governo na aprovação da matéria, disse o ministro Antônio Imbassahy, da Secretária de Governo.
"É ato que tem um simbolismo muito grande, é um reforço também que se dá à articulação política. Nós temos líderes qualificadíssimos que lideram as bancadas dos partidos que apoiam o governo federal", disse Imbassahy em coletiva de imprensa. O governo calcula que até 14 ministros poderão ser exonerados.
Ele negou que a investida esteja ligada a um temor do governo em relação à possibilidade de o texto não conseguir os votos necessários. Imbassahy defendeu que a decisão expressa, na verdade, a determinação do presidente Michel Temer em ver as reformas aprovadas.
"O time está em campo e ficará mais reforçado ainda", afirmou.
Também presente na coletiva, o ministro da Educação, Mendonça Filho, disse acreditar que os partidos da base irão fechar questão pela aprovação da reforma da Previdência. Esse possível posicionamento foi, inclusive, um dos temas de reunião realizada mais cedo por Temer com diversos ministros.
"Creio que muitos partidos deverão adotar o princípio de fechamento de questão", disse Mendonça Filho.
Questionado sobre uma data estimada para a votação da Previdência no plenário da Casa, Mendonça se esquivou de fazer previsões. A votação na comissão especial está marcada para 2 de maio e a expectativa é que a proposta chegue ao plenário dia 8.
"Essa previsão de data não pode ser fixada pelo Executivo, é uma agenda do Parlamento", disse. "Evidentemente, o governo vai se mobilizar e vai avaliar o melhor momento para que a reforma da Previdência venha a ser apreciada pelo Parlamento."
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