Por Wanglézio Braga - O cultivo de café no Acre tem se expandido significativamente, com novas áreas sendo cultivadas e ampliando a produção. Contudo, esse crescimento vem acompanhado de desafios, especialmente no que diz respeito às doenças que podem comprometer a qualidade e a produtividade das lavouras. Em uma entrevista concedida ao Portal Acre Mais, o pesquisador da Embrapa, Rivadalve Coelho, destacou as principais doenças que afetam as lavouras de café em diversas regiões e a importância de se manter um acompanhamento contínuo.
Rivadalve ressaltou que é essencial fazer um levantamento atualizado e detalhado sobre as doenças que impactam o cafeeiro no Acre. Como as áreas de cultivo estão se expandindo, é importante compreender as doenças que podem surgir e aquelas que já estão presentes, para evitar o avanço de problemas que possam prejudicar a produção. Entre as doenças mais recorrentes, ele mencionou a Cercosporiose, também conhecida como mancha de olho pardo, que tem afetado bastante a produção de café.
Uma das estratégias para mitigar o impacto dessas doenças é a utilização de mudas certificadas. Segundo o pesquisador, a certificação das mudas é crucial para garantir que elas estão livres de patógenos, como fungos, bactérias, nematoides e vírus, que podem ser introduzidos no campo e prejudicar a lavoura. O programa de certificação, visa assegurar que as mudas que chegam aos produtores sejam de alta qualidade, livres de qualquer doença que possa comprometer a produção.
Além disso, Rivadalve destacou a importância das pesquisas contínuas para adaptar as tecnologias de cultivo de café às condições específicas do Acre. A Embrapa tem se dedicado ao desenvolvimento de variedades de café, como os clones BRS robustas amazônicos, que estão sendo testados na região e apresentam um enorme potencial de produção, com rendimentos superiores a 120 sacas por hectare.
Durante um dia de campo, realizado pela Embrapa, uma oportunidade para os produtores se atualizarem sobre as melhores práticas de manejo do café, incluindo o controle de doenças e a utilização de novas tecnologias para melhorar a produtividade e a sustentabilidade da cafeicultura no Acre.
O pesquisador finalizou enfatizando a importância do conhecimento contínuo para que os produtores possam lidar com os desafios sanitários e garantir uma produção de café saudável e de qualidade para o estado.
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