Título Original: Irán instala base de misiles en Venezuela
Fonte: El Nuevo Herald / enviado por @orvex (Organizacion del Venezolanos en Exilio) Tradução: Blog De Olho na Jihad
O perigo mora ao lado*
Fontes de inteligência dizem que Teerã já possui instalações no país sul-americano
Antonio Maria Delgado
O Irã construiu instalações militares, mantém material bélico e avança com seus planos de instalar mísseis balísticos de médio alcance na Venezuela, revelam fontes de inteligência que acompanham o fortalecimento da aliança estratégica entre Teerã e Caracas.
Segundo as fontes, o Irã introduziu na Venezuela alguns de seus mísseis, os quais estariam armazenados em bunkers subterrâneos construídos especialmente para esse fim por engenheiros iranianos.
As versões coincidem com um artigo publicado esse fim de semana pelo diário alemão Die Welt que informou sobre os avanços da construção de uma base de mísseis na península de Paraguaná, no estado de Fálcon, o ponto da Venezuela mais próximo dos Estados Unidos.
O diário alemão informa, citando fontes ocidentais de inteligência, que a base seria o local onde estaria armazenados os mísseis de médio alcance. O Irã consta atualmente com um míssel que alcança até 1.280 km, o Shabab-3, e com um variante deste modelo que chega a alcançar 1.930 km, e também desenvolveu o moderno Ghadr-110, com um alcance maior do que 2.500 km.
De acordo com o Die Welt, Irã e Venezuela, assinaram um pacto secreto que permitiria o regime de Teerã usar as instalações contra os Estados Unidos, caso fosse atacado pelo ocidente.
A versão do jornal alemão foi negada quarta-feira pelo governo venezuelano.
"Nós desmentimos que em Paraguaná haja uma instalação militar extrangeira", assegurou o vice-presidente Elías Jaua.
No entanto, fontes de inteligência consultadas pelo El Nuevo Herald, disseram que "os iranianos iniciaram o processo de contrução de bases militares na venezuela há varios anos", como parte de um pacto secreto de cooperação, firmado entre o mandatário venezuelano Hugo Chavez e seu homólogo iraniano Mahmoud Ahmadinejad.
Um dos depósitos subterrâneos mais importante foi construído em Zaraza, a leste do estado de Guárico, onde o Irã já teria armazenado parte dos mísseis, disse ao El Nueva Heral, um ex-agente de inteligência venezuelano que pediu anonimato.
"Os foguetes continuam lá, tanto na zona de Valencia como em Zaraza, comentou o agente. " Em valência há outro depósito, é menor, mas também foi construído para guardar armamentos. Lá há alguns foguetes, mísseis terrar-ar, e peças de mísseis".
O Capitão aposentado da marinha venezuelana, Bernado Jurado, também disse conhecer a existência do depósito no estado de Guárico.
"As bases de mísseis que existem em Zaraza, serão instaladas em Paraguaná, no centro do país e nas planícies venezuelanas", disse Jurado em um programa de televisão.
Outros militares venezuelanos consultados pela redação, confirmaram a existência de equipamentos militar iraniano no bunker de Zaraza e outras instalações similares construídas no país, mas afirmam desconhecerem informações de que entre estes se encontrem componentes de mísseis balísticos.
O ex-funcionário de inteligência consultado, disse ter participado de várias reuniões onde funcionários venezuelanos forneceram detalhes sobre os planos para a construção de instalações de mísseis.
Nestes encontros houve a participação de agentes de inteligência dos EUA, já que muitos deles perceberam o perigo eminente com o estabelecimento de um pacto estratégico com o Irã.
"Os militares que participaram destas reuniões, viram a chegada de componentes dos foguetes. Também assitiram as reuniões onde se discutiu os tipos de mísseis e suas características", comentou o ex-oficial de inteligência.
"E lá chegaram a conclusão de que o presidente Chavez estava envolvendo a Venezuela, sem nenhuma necessidade, em um conflito internacional que poderia trazer terríveis repercusões para o país, tornando-o uma alvo da comunidade internacional. Isso é o que os obriga a entrar em contato com as autoridade dos EUA", acrescentou.
Segundo o ex-agente, as autoridade americanas, acompanham por satélite a construção de algumas destas instalações, algumas inclusivem possuem túneis subterrâneos que com capacidade para o tráfego de caminhões.
Além dos EUA, as intalações estariam sendo monitoradas por Israel e outros países europeus.
Die Welt, informou ainda que um grupo de engenheiros, a Guarda Revolucionária Iraniana, e uma empresa de propriedade de al-Anbia, têm visitado em várias ocasiões as instalações que estão sendo construídas em Paraguaná.
Uma das visitas teria ocorrido em fevereiro, com a particiapação do Comandante da Força Aérea da Guarda Iraniana, Amir al-Hadschisadeh, que aprovou os planos juntamente com os sócios venezuelanos.
A intenção da delegação iraniana é desenvolver uma infra-estrutura para proteção contra ataques aéreos.Também está previsto a criação de uma estação de comando e controle, a construção de zonas residênciais,torres de vigilância e bunkers para eventualmente armazenarem ogivas nucleras, combustível e foguetes, afirma o diário.
Os planos da empresa de construção, Jatam al-Anbia, inclui um sistema oculto para descarga de gases tóxicos, preocupação necessária para manter em segredo a localização da instalação, pois chaminés e grandes árvores poderiam fazer com que a base fosse localizada do ar.
Ainda segundo o jornal alemão, a delegação iraniana, também recebeu dinheiro para as despesas iniciais do projeto durante sua visita à Venezuela.
O jornal comparou a atual situação com a que ocorreu em outubro de 1962 quando a União Soviética estava construindo uma fábrica de mísseis em Cuba, levando ao que é conhecido como a Crise dos Mísseis Cubanos.
No entanto, o diário informou que o alcance dos mísseis iranianos conhecidos, não é suficiente para artigir os EUA, embora possa alcançar a Colômbia e o Canal do Panamá.
* trecho não faz parte do artigo original
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