Danilo Fariello, iG Brasília - O governo brasileiro mantém conversas intensas com o boliviano para tentar reverter a decisão do presidente Evo Morales, de anistiar os veículos roubados no Brasil e levados ao país vizinho. Com um mercado lícito para os carros, as seguradoras brasileiras temem um aumento nos roubos, o que, por consequência, pode elevar o valor dos prêmios pagos pelos motoristas.
A decisão de Morales foi tomada na semana passada e, ainda na quinta-feira, a Federação Nacional de Seguros Gerais (FenSeg), enviou ao Itamaraty um ofício solicitando ação do governo brasileiro. O Ministério das Relações Exteriores já negocia com a Bolívia, mas prefere não se manifestar abertamente até achar uma solução diplomática para o caso.
A visão do governo brasileiro é de que Evo adotou a medida como forma de elevar as receitas no país, uma vez que a legalização dos automóveis aumenta os valores pagos por impostos por seus donos.
Para a Fenseg, “a legalização estimula o roubo de veículos, inclusive no Brasil, compromete a segurança pública e pode impactar no preço”.
O senador Pedro Taques (PDT-MT) apresentou na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) um requerimento para convidar os ministros da Justiça, José Eduardo Cardozo, e das Relações Exteriores, Antonio Patriota, para explicar as ações do Brasil sobre o caso.
“Respeitamos as leis da Bolívia, país vizinho com o qual precisamos cooperar, mas essa ação tende a levar a um aumento do crime organizado em geral no país”, avalia Taques. “Quantos já morreram e quanto de entorpecentes já entrou no Brasil por conta desse mercado de contrabando de veículos roubados?”, questiona o senador.
Ou seja, o governo da Bolívia legaliza a roubalheira, e no fim o consumidor brasileiro que se ferra, pois vai ter de pagar seguro caríssimo, ou andar com carro sem.. Mas que coisa 'maravilhosa'... afff!!
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