Procedimento cirúrgico é minucioso em razão de sua complexidade |
O hospital das Clínicas mantém uma equipe especializada nesse tipo de transplante. Só est e ano já foram oito
Com um olhar de esperança Manoel dos Santos Matos se prepara para receber o novo rim, doado por um rapaz do Paraná morto em acidente de carro
Há uma semana, o produtor rural Manoel Santos de Matos foi transplantado. E nesta sexta-feira, 21, está ganhando alta, depois de receber o rim de um rapaz de 18 anos, que morreu em virtude de um acidente automobilístico, no Paraná.
Antes, a equipe comandada pelo médico cirurgião Thadeu Moura, já fazia os transplantes renais, mas agora o Acre está integrado ao Sistema Nacional de Transplantes, e vai receber órgãos de outros estados, quando os pacientes do Estado forem compatíveis.
O órgão é desembarcado por funcionário de companhia aérea e entregue a servidora do hospital onde seu novo dono o aguarda
Manoel Santos tem 27 anos e há cinco vivia em tratamento esperando um doador para ter uma nova vida.
O rim que ele recebeu estava numa geleira vermelha conduzida por um funcionário da empresa aérea. Técnicos do Hospital das Clínicas levaram o órgão com urgência para a sala de cirurgia.
O rim estava no gelo há 30 horas. Mais uma demora e os médicos poderiam perder o órgão. Primeiro, ele foi preparado: os cirurgiões fizeram um canal de passagem do sangue e enquanto isso, Manoel era preparado para a cirurgia. Parecia tranquilo. Antes de entrar na sala, ele ainda concedeu uma entrevista desabafando: “As portas estam se abrindo para uma vida melhor”.
Cirurgia Complexa
Equipe médica levou duas horas para transplantar novo órgão
Com o rim pronto, os médicos comandados pelo cirurgião Thadeu Moura começam a fazer o transplante. Foram duas horas de um trabalho complexo e minucioso, mas com sucesso. Depois de seis dias de acompanhamento, os médicos notaram que Manoel estava urinando, fato que não acontecia há quatro anos.
Começo do sofrimento
Manoel começou a ter crises nos rins depois de um acidente. Foram cinco anos de tratamento em máquinas de hemodiálise. Ele morava em Cruzeiro do Sul, se mudou para Rio Branco para ficar perto do hospital. Parou de trabalhar, mas agora pode voltar a ter atividades normais.
O médico cirurgião Thadeu Moura, que chefia a equipe de transplantes do Hospital das Clínicas, disse que a luta do paciente é contra a rejeição. Mesmo, o órgão sendo compatível, muitas vezes, outros organismos do corpo não aceitam o rim estranho. O
paciente precisa tomar vários medicamentos, e mesmo assim, corre-se o risco de o novo rim não ser aceito. No entanto, existem casos em que os rins ficaram até 15 anos sem dar problemas ao paciente.
Outros pacientes
Assim como Manoel, existem outras pessoas que precisam da solidariedade de doadores. Cerca de 200 pessoas hemodiálise no Hospital das Clínicas e 50 delas precisam fazer transplantes de rins com urgência.
Só numa sala de hemodiálise, 30 pessoas filtram o sangue ao mesmo tempo. Os rins filtram o sangue e com isso evitam toxinas no corpo. Quando os rins param, a pessoa sofre vários problemas, entre eles, parada cardíaca. Com a falência do órgão, as máquinas fazem o trabalho dos rins. O paciente deve fazer esse tratamento três vezes na semana, cada sessão dura quatro.
O motorista Wagner do Carmo tem 32 anos, há oito faz o tratamento. Segundo ele, atualmente vive preso a máquina.
O Wagner sabe que só existe uma possibilidade de se livrar do tratamento, conseguir o rim de um doador, o que não é fácil, muitas famílias ainda negam fazer a doação.
O hospital das Clínicas mantém uma equipe especializada nesse tipo de transplante, esse ano já foram 8. Como o Acre ficou interligado com Sistema Nacional de Transplante pode receber os órgãos de outros estados.
Com um olhar de esperança Manoel dos Santos Matos se prepara para receber o novo rim, doado por um rapaz do Paraná morto em acidente de carro
Há uma semana, o produtor rural Manoel Santos de Matos foi transplantado. E nesta sexta-feira, 21, está ganhando alta, depois de receber o rim de um rapaz de 18 anos, que morreu em virtude de um acidente automobilístico, no Paraná.
Antes, a equipe comandada pelo médico cirurgião Thadeu Moura, já fazia os transplantes renais, mas agora o Acre está integrado ao Sistema Nacional de Transplantes, e vai receber órgãos de outros estados, quando os pacientes do Estado forem compatíveis.
O órgão é desembarcado por funcionário de companhia aérea e entregue a servidora do hospital onde seu novo dono o aguarda
Manoel Santos tem 27 anos e há cinco vivia em tratamento esperando um doador para ter uma nova vida.
O rim que ele recebeu estava numa geleira vermelha conduzida por um funcionário da empresa aérea. Técnicos do Hospital das Clínicas levaram o órgão com urgência para a sala de cirurgia.
O rim estava no gelo há 30 horas. Mais uma demora e os médicos poderiam perder o órgão. Primeiro, ele foi preparado: os cirurgiões fizeram um canal de passagem do sangue e enquanto isso, Manoel era preparado para a cirurgia. Parecia tranquilo. Antes de entrar na sala, ele ainda concedeu uma entrevista desabafando: “As portas estam se abrindo para uma vida melhor”.
Cirurgia Complexa
Equipe médica levou duas horas para transplantar novo órgão
Com o rim pronto, os médicos comandados pelo cirurgião Thadeu Moura começam a fazer o transplante. Foram duas horas de um trabalho complexo e minucioso, mas com sucesso. Depois de seis dias de acompanhamento, os médicos notaram que Manoel estava urinando, fato que não acontecia há quatro anos.
Começo do sofrimento
Manoel começou a ter crises nos rins depois de um acidente. Foram cinco anos de tratamento em máquinas de hemodiálise. Ele morava em Cruzeiro do Sul, se mudou para Rio Branco para ficar perto do hospital. Parou de trabalhar, mas agora pode voltar a ter atividades normais.
O médico cirurgião Thadeu Moura, que chefia a equipe de transplantes do Hospital das Clínicas, disse que a luta do paciente é contra a rejeição. Mesmo, o órgão sendo compatível, muitas vezes, outros organismos do corpo não aceitam o rim estranho. O
paciente precisa tomar vários medicamentos, e mesmo assim, corre-se o risco de o novo rim não ser aceito. No entanto, existem casos em que os rins ficaram até 15 anos sem dar problemas ao paciente.
Outros pacientes
Assim como Manoel, existem outras pessoas que precisam da solidariedade de doadores. Cerca de 200 pessoas hemodiálise no Hospital das Clínicas e 50 delas precisam fazer transplantes de rins com urgência.
Só numa sala de hemodiálise, 30 pessoas filtram o sangue ao mesmo tempo. Os rins filtram o sangue e com isso evitam toxinas no corpo. Quando os rins param, a pessoa sofre vários problemas, entre eles, parada cardíaca. Com a falência do órgão, as máquinas fazem o trabalho dos rins. O paciente deve fazer esse tratamento três vezes na semana, cada sessão dura quatro.
O motorista Wagner do Carmo tem 32 anos, há oito faz o tratamento. Segundo ele, atualmente vive preso a máquina.
O Wagner sabe que só existe uma possibilidade de se livrar do tratamento, conseguir o rim de um doador, o que não é fácil, muitas famílias ainda negam fazer a doação.
O hospital das Clínicas mantém uma equipe especializada nesse tipo de transplante, esse ano já foram 8. Como o Acre ficou interligado com Sistema Nacional de Transplante pode receber os órgãos de outros estados.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Atenção:
Comentários ofensivos a mim ou qualquer outra pessoa não serão aceitos.