Fernando Haddad, para variar, não deu as caras. Já o comparei com aquele garoto da propaganda que não suja o shortinho. É só acontecer algum problema em sua pasta, ele desaparece. Trata-se do ministro mais superfaturado da Esplanada. Luiz Sérgio, da Pesca, é mais apreciável. Como não deve trabalhar um décimo, pode-se dizer que rende dez vezes mais, entendem? No dia em que não fizer nada, terá produtividade máxima. Haddad é buliçoso! Gosta de se mostrar operoso! Nele, só a arrogância concorre com a incompetência. Como é regra no PT, este senhor põe o país num dilema: deve seguir a lei e causar transtornos para milhões de estudantes, ou se deixa a lei pra lá?
A explicação do MEC para o novo vazamento da prova do Enem é ridícula. Segundo disse, o Inep faz uma espécie de pré-teste com alguns estudantes para saber se determinadas questões funcionavam ou não. Algum desses pré-testes teriam vazado e acabaram integrando o banco de questões do Colégio Christus, de Fortaleza! Uau! É uma justificativa que parte da suposição de que os outros são idiotas. Assim, diz Haddad, apenas as provas aplicadas naquela escola devem ser canceladas!
A desculpa é esfarrapada. E, ainda que fosse verdadeira — notem bem! —, já estaria caracterizado o vazamento. Ora, o tal pré-teste, se existe, deveria avaliar questões semelhantes, jamais idênticas — justamente para se precaver de um… vazamento! Mas é evidente que isso é só uma desculpa de última hora. O fato é que o valente gastou quase R$ 400 milhões para fazer a prova em 2011 (contra R$ 128 milhões no ano passado), e o resultado está aí.
Alguns estudantes ficaram bravos comigo. “Como você pode defender o cancelamento do Enem? E a gente?” Ora, meus caros, VOCÊS JÁ FORAM LESADOS. É claro que essa prova vazou. ATÉ PORQUE SE SUPÕE QUE, TENDO HAVIDO PRÉ-TESTE, MUITAS QUESTÕES FORAM RECUSADAS. O Christus, inspirado pelo Espírito Santo, conseguiu selecionar justamente questões aprovadas? O protesto contra mim começou em casa. Uma das minhas filhas está no segundo ano do ensino médio e acertou 80% das questões. Ela também não quer fazer outra prova — aliás, estuda muito, nem tem tempo pra isso. Mas fazer o quê?
O Enem hoje serve para que estudantes escolham vagas em universidades públicas. É a federalização do vestibular — um vestibular, diga-se, de péssima qualidade, inepto, especialmente na área de língua portuguesa e humanidades. O vazamento da prova indica que um grupo selecionado de estudantes competiu com os demais em condições desiguais.
O que Haddad está tentando, bom petista, é algo como nunca antes na história destepaiz: quer nos fazer crer que o vazamento decorre do excesso de zelo do MEC, preocupado em testar a viabilidade de suas questões.
Não há “Alternativa C”: ou a prova é cancelada (Alternativa A), ou, mais uma vez, um petista sapateia sobre a Constituição (Alternativa B).
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Vocês acompanharam a reação da canalha a soldo, que pratica aquela sordidez que pretende chamar de jornalismo. A reportagem da VEJA, diziam os vagabundos, não passava de uma conspiração para derrubar Orlando Silva. Tudo seria uma grande armação reacionária contra esses notáveis revolucionários do PCdoB.
Taí. O ministro foi demitido. MAS NÃO FOI DEMITIDO PORQUE A “VEJA” QUIS. FOI DEMITIDO POR SEUS ATOS À FRENTE DO MINISTÉRIO. Como bem disse Orlando Silva, quem nomeia e demite ministros é a presidente Dilma Rousseff.
A VEJA, como imprensa que se preza, faz o seu trabalho. Conta ao leitor aquilo que sabe desde que diga respeito ao interesse público.
Mas a revista também tem seus gostos, suas preferências, sim. Gosta de aplaudir, por exemplo, a boa governança; gosta de elogiar as iniciativas que levem à eficiência do serviço público; gosta das práticas que modernizam o estado; gosta das decisões de governo que se pautem pela responsabilidade fiscal e que repudiem a demagogia. Prefere, em suma, o Brasil que respeita a população àquele que concorre para a sua pobreza.
A corrupção surrupia dos brasileiros, estima-se, R$ 85 bilhões por ano. Ninguém em sã consciência e de peito aberto defende a safadeza, a sujeira, o malfeito, a pilantragem. Mas é preciso tomar cuidado com um tipo nem tão novo de corrupto, mas hoje muito influente: O CORRUPTO COM PEDIGREE IDEOLÓGICO.
Nas vezes em que VEJA noticiou malandragens praticadas por representantes de partidos ditos “conservadores” ou “de direita” — e foram tantas em 43 anos! —, nunca se acusou a revista de participar de algum complô ou de ter alguma intenção sub-reptícia. Basta que a denúncia atinja, no entanto, um medalhão da esquerda — ainda que seja essa esquerda que está aí: mais dinheirista do que propriamente ideológica —, então surgem os justificadores da ladroagem, tentando revesti-la de resistência democrática.
Não falo em nome da revista. Não tenho mandato pra isso. Falo em nome de uma cultura, que distingue o interesse público do interesse privado. VEJA continuará a aplaudir as iniciativas dos governos e dos governantes em favor do Brasil e dos brasileiros e continuará a denunciar aqueles que, sob o pretexto de defender o bem público, lutam apenas em favor de seus próprios interesses.
A safadeza, está provado, não tem ideologia. Mas a defesa da safadeza tem.
Por Reinaldo Azevedo
A explicação do MEC para o novo vazamento da prova do Enem é ridícula. Segundo disse, o Inep faz uma espécie de pré-teste com alguns estudantes para saber se determinadas questões funcionavam ou não. Algum desses pré-testes teriam vazado e acabaram integrando o banco de questões do Colégio Christus, de Fortaleza! Uau! É uma justificativa que parte da suposição de que os outros são idiotas. Assim, diz Haddad, apenas as provas aplicadas naquela escola devem ser canceladas!
A desculpa é esfarrapada. E, ainda que fosse verdadeira — notem bem! —, já estaria caracterizado o vazamento. Ora, o tal pré-teste, se existe, deveria avaliar questões semelhantes, jamais idênticas — justamente para se precaver de um… vazamento! Mas é evidente que isso é só uma desculpa de última hora. O fato é que o valente gastou quase R$ 400 milhões para fazer a prova em 2011 (contra R$ 128 milhões no ano passado), e o resultado está aí.
Alguns estudantes ficaram bravos comigo. “Como você pode defender o cancelamento do Enem? E a gente?” Ora, meus caros, VOCÊS JÁ FORAM LESADOS. É claro que essa prova vazou. ATÉ PORQUE SE SUPÕE QUE, TENDO HAVIDO PRÉ-TESTE, MUITAS QUESTÕES FORAM RECUSADAS. O Christus, inspirado pelo Espírito Santo, conseguiu selecionar justamente questões aprovadas? O protesto contra mim começou em casa. Uma das minhas filhas está no segundo ano do ensino médio e acertou 80% das questões. Ela também não quer fazer outra prova — aliás, estuda muito, nem tem tempo pra isso. Mas fazer o quê?
O Enem hoje serve para que estudantes escolham vagas em universidades públicas. É a federalização do vestibular — um vestibular, diga-se, de péssima qualidade, inepto, especialmente na área de língua portuguesa e humanidades. O vazamento da prova indica que um grupo selecionado de estudantes competiu com os demais em condições desiguais.
O que Haddad está tentando, bom petista, é algo como nunca antes na história destepaiz: quer nos fazer crer que o vazamento decorre do excesso de zelo do MEC, preocupado em testar a viabilidade de suas questões.
Não há “Alternativa C”: ou a prova é cancelada (Alternativa A), ou, mais uma vez, um petista sapateia sobre a Constituição (Alternativa B).
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VEJA continuará a dizer “sim” ao que presta e “não” ao que não presta
Vocês acompanharam a reação da canalha a soldo, que pratica aquela sordidez que pretende chamar de jornalismo. A reportagem da VEJA, diziam os vagabundos, não passava de uma conspiração para derrubar Orlando Silva. Tudo seria uma grande armação reacionária contra esses notáveis revolucionários do PCdoB.
Taí. O ministro foi demitido. MAS NÃO FOI DEMITIDO PORQUE A “VEJA” QUIS. FOI DEMITIDO POR SEUS ATOS À FRENTE DO MINISTÉRIO. Como bem disse Orlando Silva, quem nomeia e demite ministros é a presidente Dilma Rousseff.
A VEJA, como imprensa que se preza, faz o seu trabalho. Conta ao leitor aquilo que sabe desde que diga respeito ao interesse público.
Mas a revista também tem seus gostos, suas preferências, sim. Gosta de aplaudir, por exemplo, a boa governança; gosta de elogiar as iniciativas que levem à eficiência do serviço público; gosta das práticas que modernizam o estado; gosta das decisões de governo que se pautem pela responsabilidade fiscal e que repudiem a demagogia. Prefere, em suma, o Brasil que respeita a população àquele que concorre para a sua pobreza.
A corrupção surrupia dos brasileiros, estima-se, R$ 85 bilhões por ano. Ninguém em sã consciência e de peito aberto defende a safadeza, a sujeira, o malfeito, a pilantragem. Mas é preciso tomar cuidado com um tipo nem tão novo de corrupto, mas hoje muito influente: O CORRUPTO COM PEDIGREE IDEOLÓGICO.
Nas vezes em que VEJA noticiou malandragens praticadas por representantes de partidos ditos “conservadores” ou “de direita” — e foram tantas em 43 anos! —, nunca se acusou a revista de participar de algum complô ou de ter alguma intenção sub-reptícia. Basta que a denúncia atinja, no entanto, um medalhão da esquerda — ainda que seja essa esquerda que está aí: mais dinheirista do que propriamente ideológica —, então surgem os justificadores da ladroagem, tentando revesti-la de resistência democrática.
Não falo em nome da revista. Não tenho mandato pra isso. Falo em nome de uma cultura, que distingue o interesse público do interesse privado. VEJA continuará a aplaudir as iniciativas dos governos e dos governantes em favor do Brasil e dos brasileiros e continuará a denunciar aqueles que, sob o pretexto de defender o bem público, lutam apenas em favor de seus próprios interesses.
A safadeza, está provado, não tem ideologia. Mas a defesa da safadeza tem.
Por Reinaldo Azevedo
Esse ENEM é uma vergonha! Todo ano tem uma lambança.. Quanta porcaria!!!
ResponderExcluirGostei do blog. Fusca das charges seguindo. Se quiser ilustrar alguma matéria com os rabiscos do Fusca, é só ir no blog www.fuscabrasil.blogspot.com e copiar
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