A cada 10 docentes, 8 já ouviram falar de ao menos um caso de agressão onde lecionam
Bárbara Ferreira Santos - Entre os professores da rede estadual de São Paulo, 44% já sofreram algum tipo de violência nas escolas em que lecionam, segundo uma pesquisa do Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp) divulgada nesta quinta-feira, dia 9. As agressões verbais são mais frequentes que as agressões físicas: 39% contra 5%.
A pesquisa foi feita pelo Data Popular, de 18 de janeiro a 5 de março de 2013, com 1.400 professores da rede estadual, de 167 cidades de São Paulo. Ela mostra que é alto o ppercentual de professores que ao menos já ouviram sobre algum caso de violência nas escolas em que dão aula: 84%. Entre as agressões mais comuns, estão agressão verbal (74%), bullying (60%), vandalismo (53%) e agressão física (52%).
Para 95% dos professores, os alunos são os principais autores dessa violência e os veem constantemente sob o efeito de drogas (42%), portando armas brancas (15%) e até mesmo armas de fogo (3%). Três a cada 10 professores já presenciaram tráfico de drogas ou alunos embriagados.
As ameaças e os bens danificados pelos alunos são tão frequentes que 39% dos docentes acham comum vivenciar essas situações. Para eles, a falta de educação e de respeito dos alunos é a principal causa da violência nas escolas e os pais são quem melhor podem colaborar na redução dessa violência.
A pesquisa chegou à conclusão de que as escolas com campanha contra a violência têm percentual menor de agressões: 41% contra 51% as em que nunca promoveram campanhas. A cada 10 escolas, quatro não possuem projetos contra a violência. O estudo revela ainda que a ronda escolar é mais frequente no entorno das escolas do centro das cidades (61%) que nas periferias (45%).
Uma das medidas anunciadas na quarta-feira, dia 8, pela gestão Geraldo Alckmin (PSDB), para coibir ações violentas nas escolas não é aceita pela maioria dos professores como uma decisão eficaz. Atualmente, 1.577 unidades de ensino e 20 sedes de diretorias da Região Metropolitana já têm vigilância. O sistema será expandido para mais 597 escolas e 8 regionais até o fim deste ano, segundo o governo. Mas, para apenas 4% dos docentes esse sistema de monitoramento reduz de fato a violência.
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FUGIR É FÁCIL, DIFÍCIL É FICAR LIVRE
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