5 de ago. de 2014

HOMEM É PRESO APÓS GOOGLE AVISAR POLÍCIA SOBRE FOTOS ABUSIVAS NO GMAIL


   Google teria avisado a polícia sobre fotos abusivas em e-mail. FOTO: AFP

Link Estadão SÃO PAULO – Um homem foi preso em Houston, nos EUA, após o Google avisar o Centro Nacional de Crianças Desaparecidas e Exploradas (NCMEC, na sigla em inglês) que ele tinha imagens de abusos a uma criança em seu e-mail, afirmou a polícia local.

John Henry Skillern, de 41 anos, denunciado pelo Google, tinha passagem na polícia por ter abusado de uma criança em 1994. Em entrevista à TV americana, o detetive David Nettles, de Houston, afirmou que não podia ver o que havia no e-mail de outra pessoa para identificar um caso como esse, “mas que o Google pode”.

Ao investigar o suspeito, a polícia identificou mais mensagens, fotos e vídeos de pedofilia  em outros aparelhos eletrônicos de Skillern e o prendeu.

O caso gerou controvérsia, já que apesar da atitude do Google ter levado à prisão de um homem realmente culpado, gerou dúvidas sobre quanta privacidade um usuário pode esperar do serviço de e-mails da empresa.

O Google há anos desenvolve ações para o combate de abuso sexual a crianças. Em um post no blog oficial da empresa em junho do ano passado, a diretora do Google Giving, Jacqueline Fuller, afirmou que empresa desenvolve software e hardware para ajudar organizações ao redor do mundo a lutar contra o uso de imagens  abusivas de crianças na web e ajudar a localizar crianças desaparecidas.

Entre as iniciativas da empresa está uma tecnologia que marca imagens conhecidas por serem de abuso sexual a crianças e é capaz de reconhecer se há outras imagens iguais circulando pela web. “Cada imagem ofensiva recebe um número de identificação único que nossos computadores podem reconhecer sem que humanos tenham que ver a foto novamente”, diz o post.

Em agosto do ano passado, o Google admitiu, por meio de um documento apresentado por seus advogados em uma ação judicial nos Estados Unidos, que os usuários do Gmail não podem ter uma expectativa razoável de que a confidencialidade de seus e-mails seja respeitada.

Procurado pelo Link, o Google disse que não comenta casos específicos.

Veja também:
Gmail não tem privacidade, diz Google

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