6 de nov. de 2014

POLÍCIA FEDERAL CURMPRE 22 MANDADOS DE BUSCA E APREENSÃO EM CRUZEIRO E NA CAPITAL



As fraudes do grupo consistiam no reconhecimento, ideologicamente falso, de relações de paternidade por parte de detentos, visando a obtenção fraudulenta de auxílio-reclusão.

Batizada de “Operação Alexandrinho” em razão de Alexandre, O Grande, que teria construído um império em regiões remotas, por meio de alianças com pessoas locais, a Polícia Federal (PF) e o Ministério da Previdência Social cumpriram 22 mandados de busca e apreensão em Cruzeiro do Sul e Rio Branco (AC) na manhã dessa quinta-feira (06).

A ação, resultado de uma investigação iniciada em 2012, tem por objetivo desarticular organização criminosa que, pelos menos desde 2010, vinha fraudando benefícios da Previdência Social. Estima-se, em análise preliminar de 90 benefícios irregulares, que as fraudes podem ter rendido até R$ 2 milhões, no entanto, o prejuízo causado pelo grupo pode superar a marca dos R$ 4 milhões.

As fraudes do grupo consistiam no reconhecimento, ideologicamente falso, de relações de paternidade por parte de detentos, visando a obtenção fraudulenta de auxílio-reclusão.

Para o salário-maternidade, eram cooptadas mulheres sem qualidade de segurado, oportunidade em que, com auxílio de sindicatos locais, era forjada situação de trabalhadoras rurais para terem o benefício concedido.

O esquema veio à tona a partir de declarações de diversas “seguradas” que foram lesadas, narrando que, quando da concessão dos benefícios, teriam que repassar elevados valores a servidores do INSS e agenciadores. Há ainda o envolvimento de atravessadores (agenciadores), responsáveis por angariar populares para as fraudes.

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