O setor da economia acreana que ainda mais movimenta dinheiro é o agropecuário, mesmo com grandes fazendeiros, pequenos e médios criadores sendo marginalizados há anos pela esquerda. Com 87% de sua área preservada, o que o PT comemora sempre que há uma data que chame a atenção para o meio ambiente, o Estado deixa de movimentar pelo menos R$ 4 bilhões por ano, se tivesse, por exemplo, ao menos acompanhado Rondônia em número de cabeças de gado bovino. Há 20 anos o Acre esnobava em criação ante ao Estado vizinho, hoje os rondonienses têm 14 milhões de cabeças, enquanto o Acre não ultrapassa os 3 milhões entre seus 26 mil criadores, aproximadamente.
Mesmo com a diferença gritante em relação aos vizinhos o Acre tem sua economia mais pungente exatamente nesse setor. O homem do campo com maior poder aquisitivo, no entanto, está atado pelas leis ambientais e pela caça indiscriminada de setores dos governos de esquerda contra seu negócio. São centenas de milhões em multas aplicadas. Há casos em que o dono da terra não conseguiria pagar sua pena pecuniária mesmo se vendesse sua propriedade. Pior: ninguém tem se levantado contra a marginalização do homem do campo no Acre.
Alguns poucos políticos questionam o assunto, porque o PT sufocou a economia nos últimos anos em detrimento de um projeto de florestania, cantado em verso e prosa como falido. Fora o lucro do gado, no Acre só há dinheiro nas datas de pagamento da folha. É a dita economia do contracheque. O empresário Fernando Lage, pré-candidato a senador pelo PSL, é uma dessas poucas vozes a se levantar em favor do setor, assim como o ex-fazendeiro Marcio Bittar, do MDB, também pré-candidato a senador.
Mas o Blog do Evandro Cordeiro teve acesso a uma roda de fazendeiros dispostos a não tolerar mais por muito tempo viver debaixo desse tacão. Eles estão na surdina ainda, reagindo nos bastidores, com medo de mais represálias. “Ou o Acre pensa outra forma para a gente desenvolver o mercado agropecuário ou vamos continuar aumentando o bolsão de miseráveis, enquanto todo nosso território continuará coberto por matas”, disse um deles.
Estudos da Embrapa apontam um notório crescimento no rebanho bovino do Acre entre 1970 e 2002. Há registro de 53,28% nesse período. De lá até aqui os números só caíram, abatendo um dos mercados mais promissores do País, o que sustenta, junto com todo o resto do agronegócio, o PIB nacional.
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