16 de jun. de 2020

China pagou 20 milhões de dólares à jornais americanos e brasileiros para publicar notícias produzidas pelo PCC

Yam Wanders - O Departamento de Justiça dos Estados Unidos (DOJ), publicou uma informação interessante que mostra como o imperialismo chinês funciona no mundo.

Conforme o documento da fonte originária, publicado e divulgado pelo US DOJ em 06/01/2020, mas praticamenta não divulgado pelas grandes midias, uma das principais agências de propaganda da China pagaram para jornais americanos quase U$ 20 milhões para fazer propaganda e matérias tendenciosas, e, até mesmo custos de impressão nos últimos quatro anos, conforme documentos fornecidos pelo Departamento de Justiça dos Estados Unidos (DOJ).

O China Daily, um jornal chinês em inglês controlado pelo Partido Comunista da China pagou mais de U$ 4,6 milhões para o the The Washington post e quase U$ 6 milhões para o The Wall Street Journal desde novembro de 2016, conforme registros divulgados.

Os dois jornais, de grande alcance no país, publicaram “suplementos pagos” que o jornal chinês produzia, chamado de “China Watch”. A intenção era vender as publicações como se fossem notícias reais, mas sempre fazendo propaganda em favor da China.

Em uma das publicações de setembro de 2018, mostrou a iniciativa do ditador-“presidente”, Xi Jinping com a seguinte manchete: “Belt and Roads se alinham com as nações africanas”, publicando também uma história intitulada “Impostos começaram a surgir para quem comprar casas nos Estados Unidos”, levando a impressão que a guerra comercial contra a China prejudicaria a construção civil nos Estados Unidos.

O China Daily também pagou propagandas para diversos outros jornais, como o The New York Times (U$ 50,000), Foreign Policy (U$ 240,000), The Des Moines Register (U$ 34,600) e o CQ-Roll Call (U$ 76,000).

Em um total gasto de U$ 11.002.628 milhões em propagandas pró-China em jornais americanos e mais U$ 265,822 em propagandas no Twitter.



The Los Angeles Times, The Seattle Times, The Atlanta Journal-Constitution, The Chicago Tribune, The Houston Chronicle and The Boston Globe estão também todos listados como “clientes” da China Daily. A estatal chinesa pagou pelo menos U$ 600 mil dólares para o The Los Angeles Times para serviços de impressão.

O Departamento de Justiça há anos exige que o China Daily divulgue suas atividades semestralmente sob a Lei de Registro de Agentes Estrangeiros (FARA). O arquivo mais recente, enviado pelo China Daily em 1º de junho, é o primeiro a incluir detalhadamente os pagamentos aos meios de comunicação americanos. A saída divulgou essas despesas para o período entre novembro de 2016 e abril de 2020.

Segundo a reportagem da fonte originária, não ficou claro se o China Daily enviou esses dados por pressão do Departamento de Justiça ou por conta própria.

Grupos pró-democracia há muito tempo alertam sobre as tentativas do governo chinês de fazer propaganda através dos meios de comunicação americanos. A Freedom House e a Hoover Institution chamaram a atenção para as inserções pagas do China Daily em relatórios sobre os esforços do governo chinês para influenciar a mídia.

O China Daily e outras máquinas de propaganda comunistas controladas por Pequim estão sob intenso escrutínio em meio à pandemia de coronavírus. Autoridades do governo chinês tentaram desviar a culpa pela disseminação do vírus para os Estados Unidos e outras nações ocidentais. Muitos dos veículos controlados pelo regime, incluindo o China Daily, ecoaram os argumentos dos líderes comunistas, como era de se esperar.

O China Daily diminuiu seus gastos com publicidade nos últimos meses, mostram os registros. O China Daily pagou pela última vez ao Washington Post por publicidade em dezembro de 2019. Seus pagamentos ao The Wall Street Journal foram menos da metade do seu valor médio desde fevereiro de 2020, mostram os documentos.

O China Daily não respondeu à reportagem da fonte originária, óbvio.

Ações também ocorrem no Brasil

No documento do US Department of Justice também cita duas empresas brasileiras que possuem parceiros nos Estados Unidos, como a Editora Globo (Grupo Globo) e a empresa Folha da Manhã S/A (Grupo Folha de São Paulo).

E conforme testemunhos de muitos internautas que acompanham detalhes de publicações no Brasil, as publicidades em forma de matérias jornalìsticas são frequentes de longo tempo e continuam acontecendo quase que diariamente.
Link para o documento do US Department of Justice com os detalhes do caso:

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