23 de jun. de 2020

Dom Pedro II vestindo a pilcha gaúcha em Porto Alegre a caminho do Cenário de Guerra, Luigi Terragano, 1865.



Durante a Guerra do Paraguai (1864 - 1870) o imperador Dom Pedro II realizou uma “campanha rio-grandense”, que consistiu em uma série de visitas às cidades do estado. A viagem pela então Província de São Pedro iniciou por Rio Grande, passando por Pelotas, Porto Alegre, Rio Pardo, Caçapava, São Gabriel, Alegrete, Uruguaiana, Itaqui, São Borja, Livramento, Bagé e Jaguarão. O retorno para o Rio de Janeiro deu-se pelo porto de Rio Grande.

O imperador esteve acompanhado por Gastão de Orléans, o Conde d'Eu, Luís Augusto de Saxe-Coburgo-Gota, o Gal. Francisco Xavier Cabral, o Doutor Joaquim Meirelles (médico da Casa Imperial), Joaquim Raimundo De Lamare, o General Beaurepaire, Pinto Melo e Lisboa. Além destes compunham a caravana o Ministro da Guerra, Ângelo Muniz Ferraz, com seis empregados e secretários, e a escolta imperial, composta por 300 pessoas.

Especialmente para a visita de Dom Pedro II à cidade, em 1865, foram finalizadas as obras de melhoramento da rua Benjamin Constant, facilitando o acesso ao Porto. Antes a via era sinuosa e interceptada por uma chácara. O presidente da Câmara Municipal, Joaquim Vieira da Cunha, determinou a ligação da São Domingos (atual Benjamin Constant) com as ruas Andrade Neves e Gen. Osório, antes obstruídas. Após o desembarque, a comitiva seguiu pela rua São Domingos (Benjamin Constant) em direção à Félix da Cunha, com a finalidade de chegar à Igreja Matriz (Catedral São Francisco de Paula). Após a cerimônia, o imperador seguiu em direção ao palácio de João Francisco Vieira Braga, o Conde de Piratini, localizado na rua Félix da Cunha esq. Tiradentes, nº 520. A rua que antes se chamava de “Rua do Comércio”, passou a ter o nome de “Vinte e Quatro de Outubro”, em alusão à visita imperial, sendo mudado posteriormente para o nome atual: Félix da Cunha.

Parte do percurso da comitiva foi percorrida por via terrestre, em carros de tração animal e a cavalo; outra parte se deu em embarcações, utilizadas na Lagoa dos Patos, nos rios Jacuí e Uruguai, no Rio Jaguarão, na Lagoa Mirim e no Canal de São Gonçalo. O Conde d’Eu, que à época estava em viagem de núpcias com a Princesa Isabel quando os paraguaios entraram em São Borja, seguiu os passos do Imperador. Encontraram- se em Caçapava, continuando juntos a viagem.

Saiba mais sobre a história de Pelotas no documentário "Olhares sobre Pelotas - A sociedade do Charque": https://www.youtube.com/watch?v=LuSDyg964LY&t=f

Foto: Luigi Terragano / Imperador Dom Pedro II vestindo uma pilcha gaúcha, em Porto Alegre; a imagem foi feita no contexto da Guerra do Paraguai, em 1865.

Fontes:
https://www.facebook.com/Olharessobrepelotas/photos/durante-a-guerra-do-paraguai-1864-1870-o-imperador-dom-pedro-ii-realizou-uma-cam/1824616190978911/
https://pelotas13horas.com.br/noticia/o-imperador-no-sul---entre-o-real-e-o-ficticio-52db5ae6-9206-4555-b99f-e33d8fdbf01c
http://conservadorismodobrasil.com.br/2017/04/dom-pedro-ii-decide-ir-frente-de-batalha.html

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