Segundo relatos das autoridades israelenses, os pelotões de comandos se retiraram do solo persa antes do amanhecer levando consigo mais de 5.000 páginas de documentos do complexo ainda desconhecido. Poucas semanas da operação, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, afirmou que diante do conteúdo capturado, muitas outras operações surgirão, e destacou o nome do cientista responsável pelo desenvolvimento da bomba nuclear persa, Mohsen Fakhrizadeh.
Um elemento substancial destacava Fakhrizadeh de outros cientistas, a sua genialidade em conduzir um enorme projeto complexo e perigoso numa nação com baixos recursos financeiros e tecnológicos em comparação às nações potências.
Diante disso, o iraniano vivia cercado por um pelotão de militares que o protegiam 24 horas por dias, 7 dias por semana e 365 dias no ano, tal proteção aprofundada após as descobertas ultrassecretas de Israel que foram compartilhadas com os EUA.
Estamos cansados de presenciar grandes insultos dissuasivos e governos ditatoriais no mundo, seja na Venezuela, Coreia do Norte e Irã, ambas carregam o mesmo modus operandi, sobreviver nas sobras dos inimigos dos americanos, como China e Rússia. Entretanto, diferente da situação das outras nações neste momento, os persas estão a alguns passos de sentir a Fúria e o Fogo dos Estados Unidos da América e de Israel.
Vários eventos perigosos se sucederam de 2019 até os dias atuais e causaram os últimos atos iranianos em tempo: Os tempestivos ataques de rebeldes Houthis do Iêmen apoiados pelo Irã contra uma refinaria de petróleo da Arábia Saudita, que interrompeu 5% do fornecimento diário de petróleo global; um drone RQ-4A Global Hawk de alta altitude dos EUA foi totalmente destruído pela Guarda Revolucionária do Irã no Estreito de Hormuz; o amplo ataque retaliatório americano no Iraque que ceifou o líder da Força Quds Qassem Soleimani; os ataques centrais persas contra a Zona Verde americana no Iraque; diversos relatos de explosões nos principais complexos subterrâneos e nucleares próximos de Teerã, incluindo o Complexo Nuclear de Natanz; e a aliança pacífica entre os árabes e israelenses mediada por Donald Trump em favor de um único objetivo, a ruína da República Islâmica Iraniana.
O conjunto de ações nos últimos anos transbordou a paciência de Israel e das principais autoridades dos EUA. Em 2015, intermediado por Barack Obama e cinco outras potências mundiais, o Irã assumiu um grande acordo nuclear que permitiu um enorme alívio de sanções econômicas até então paralisantes em troca de limites sobre atividades sensíveis para mostrar que não estava desenvolvendo armas nucleares, um erro irreversível.
Condicionantes passados de atos hostis e acordos não respeitados que forçaram à possibilidade de Khamenei e Hassan Rohani abrirem negociações com o ocidente, mas até o momento se recusaram, talvez estejam esperando os resultados das eleições americanas. Todavia, no dia 11 de novembro, a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) publicou um relatório dizendo que o estoque de urânio pouco enriquecido do Irã havia atingido 2.442,9 kg, muito acima do limite de 202,8 kg estabelecido no acordo nuclear de 2015 e teoricamente suficiente para produzir duas armas de destruição em massa, ou seja, não foi do dia para a noite, veio de anos de produção.
O urânio pouco enriquecido, que normalmente tem uma concentração de 3-5% de urânio-235, o isótopo mais adequado para a fissão nuclear, pode ser usado para produzir combustível para usinas de energia, já o urânio para armas é 90% ou mais enriquecido.
A partir destas informações em mãos e viagem de Mike Pompeo à Arábia Saudita para se encontrar com Benjamin Netanyahu e o príncipe herdeiro saudita, Mohammed bin Salman, Donald Trump colocou todas as opções na mesa, o que incluiu incursões aéreas, navais e ações remotamente controladas apoiadas pelos israelenses e nações árabes do Golfo Pérsico contra os principais sítios estratégicos do Irã, isso inclui os complexos nucleares já demarcados, então algo deveria ser feito.
No dia 27 de novembro, o principal cientista nuclear persa, Mohsen Fakhrizadeh, se deslocava até a região árida e com relevo depressivo e tortuoso de Absard, uma província próxima de Teerã, um local onde habita seus sogros.
Durante o percurso, um Nissan sem ocupantes estava estacionado em uma rotatória, e ao passo que o comboio de Mohsen aproximava, o carro explodiu, derrubando um poste de energia, em seguida homens altamente armados evadiram de um Hyundai Santa Fé, veículo muito comum na região do Oriente-Médio, e outros indivíduos que estavam em motos e à espreita do melhor momento se juntaram ao grupo de emboscada, formando aproximadamente 3 equipes, ao todo haviam 12 indivíduos.
A missão das equipes ainda desconhecidas de fato era suicida e possivelmente sem volta e sem bandeira, geralmente realizada por comandos ou mercenários contratados, e o objetivo era a cabeça viva ou morta de Mohsen Fakhrizadeh. Diante das investidas, houve um conflito direito, Fakrizadeh foi atingido por três projéteis, e na tentativa de buscar abrigo e ajuda, o cientista saiu do seu veículo e caiu na estrada sangrando até a morte.
Devido a queda de energia provocada pela explosão das equipes, câmeras locais foram totalmente desativadas e uma unidade de saúde local ficou sem energia, não havia outra saída, a não ser aos iranianos esperarem apoio, que chegou com um helicóptero de resgate das forças iranianas, porém Mohsen foi declarado morto antes mesmo de chegar ao principal hospital de Teerã. Todas as equipes de ataque inimigas escaparam ilesas, até onde se sabe.
O claro ataque orquestrado mostrou um sinal vermelho aceso há anos que Ali Khamenei, o líder religioso da nação, não obedeceu e prosseguiu com o ousado programa nuclear persa, tentando enganar a todos.
O Pentágono ordenou, durante a visita de Pompeo à Arábia Saudita, que vários bombardeiros B-52 Stratofortress voassem 7 mil milhas até o Oriente-médio, e após a morte do cientista, a Marinha Americana solicitou ao porta-aviões USS Nimitz seu imediato retorno ao Golfo Pérsico para fornecer apoio às tropas retiradas do Iraque e do Afeganistão.
O USS Nimitz lidera o Carrier’s Strike Group 11 composto por diversas embarcações de guerra, incluindo os cruzadores da classe Ticonderoga armados com mísseis guiados de cruzeiros e destróier da classe Arleigh Burke, e conduz o Carrier Air Wing 17 composto por dezenas de F/A-18EF Super Hornet.
Apesar de o Pentágono alegar que o retorno da embarcação se diz respeito ao apoio às tropas retiradas por Trump e deslocadas no Golfo, é um claro anúncio de que os EUA não estão mais para brincadeira, e fechar o Mar Arábico em direção ao Golfo de Omã com apoio no extremo oeste persa de Israel, com sua força aérea já consolidada e reconhecida, e estabelecer uma dianteira de apoio de artilharia e ataque aéreo pelos árabes ao sul do Irã, iniciando uma ofensiva aos moldes Tempestade do Deserto e Invasão do Iraque em proporções nunca antes vistas, assim restará a Khamenei a sua fuga como rato em instalações subterrâneas como fez Bin Laden, ou iniciará de imediato as conversações de entendimento com o ocidente.
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