Fernando Valduga - A Rússia continua a acumular novas tropas perto da fronteira com a Ucrânia nos últimos dias em meio ao alerta do Kremlin da resposta militar à expansão da OTAN para o leste.
Citando autoridades americanas, o The New York Times informou que os militares russos posicionaram aeronaves de ataque adicionais ao redor da fronteira com a Ucrânia.
A Rússia está colocando helicópteros militares em posição na fronteira ucraniana no que pode ser um sinal de invasão iminente, informou o New York Times.
Ainda de acordo com o The New York Times, helicópteros de ataque e transporte, juntamente com jatos de ataque ao solo, seriam uma vantagem russa crítica, caso Moscou decidisse invadir a Ucrânia.
Os Estados Unidos voam regularmente com aviões de espionagem eletrônica RC-135 Rivet Joint da Força Aérea sobre a Ucrânia desde 27 de dezembro. Os aviões permitem que agentes de inteligência americanos ouçam as comunicações dos comandantes russos em terra. A Força Aérea dos EUA também está pilotando aviões de vigilância terrestre E-8 JSTARS para rastrear o acúmulo de tropas russas e os movimentos das forças na fronteira.
Como a CNN relatou anteriormente, mais unidades militares russas foram enviadas para a área de fronteira nos últimos dias.
Atualmente, a Rússia tem pouco menos de 60 grupos de batalhões táticos no terreno, ou algo entre 85.000 e 100.000 soldados, segundo autoridades americanas. Essas tropas realizaram exercícios demonstrando que as forças russas estão em seus mais altos níveis de prontidão.
Cerca de 100.000 soldados russos, 1.200 tanques e centenas de outros veículos estão atualmente concentrados na fronteira ucraniana, informa a publicação Forbes.
De acordo com o Times, “oficiais dos EUA dizem que a janela russa para uma invasão é limitada, ditada por temperaturas que congelarão o solo – permitindo o fácil movimento de veículos e equipamentos pesados – antes que um degelo da primavera, que pode começar em março, crie um pântano lamacento.”
As conversações entre diplomatas americanos e russos começaram em Genebra na segunda-feira em uma tentativa de acalmar a situação, mas pouco progresso foi feito. O vice-ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei A. Ryabkov, tentou minimizar os riscos da invasão russa mesmo com o presidente Vladimir Putin continuando a fazer movimentos agressivos.
Autoridades ucranianas temem que o atual contexto militar possa prenunciar uma repetição dos movimentos russos que levaram à anexação da Crimeia por Moscou em 2014.
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