16 de set. de 2024

Da Série: Um pouco de humor nesses tempos sombrios - 16/09/2024


 

Fávaro critica UE: “Não precisa apontar o dedo” ao pedir suspensão de lei antidesmatamento


O Brasil manifestou forte oposição à Lei Antidesmatamento da União Europeia, que entrará em vigor em dezembro. Em uma carta entregue na última quarta-feira (11), o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, pediu a suspensão da lei e criticou a abordagem punitiva do bloco, afirmando que produtores brasileiros cumprem a legislação ambiental vigente. O ministro defendeu que o diálogo, e não a imposição, é o melhor caminho para lidar com questões ambientais.

A lei europeia exige que produtores de soja, carne, madeira, borracha, café e outros produtos comprovem que suas mercadorias não provêm de áreas desmatadas, incluindo desmatamento legal. Fávaro solicitou ao comissário europeu para Agricultura, Januz Wojciechowski, a prorrogação das medidas e espera uma resposta até 1º de outubro.a

Caso o pedido seja negado, o Brasil buscará outros mecanismos para impedir a aplicação unilateral da lei. Fávaro ressaltou que a América do Sul também aderiu à Declaração Brasileira em defesa dessa prorrogação.

Editorial: Uma guerra se aproxima. Estamos preparados?

O cenário internacional evolui rapidamente para conflitos Globais e Regionais, incluindo o entorno Brasileiro enquanto o país assiste a tudo de forma passiva. Na foto Unidades Blindadas do Exército tomam posição em Roraima fronteira com a Venezuela


Nelson Düring

Editor- Chefe DefesaNet


O mundo está a beira de um conflito internacional. Alguns analistas chamam de Terceira Guerra Mundial ou será a Quarta (Considerada a Guerra ao Terrorismo)? Todas as previsões apontam que um grande conflito vai eclodir nos próximos 5 anos. 

Serão várias fases e frentes, começando pela invasão russa da Ucrânia, que encaminha-se para o terceiro ano e não tem previsão para acabar. A árdua resistência ucraniana e sua aliança militar e de valores com o Ocidente mantém no coração da Europa o maior conflito desde a Segunda Guerra Mundial, sendo a mais tecnológica Guerra da história da humanidade.  

Os governos europeus não acreditam no seu fim, e já visualizam uma escalada e agravamento mesmo com a eleição de Donald Trump. A guerra na Ucrânia é um conflito por território e valores universais e os ucranianos não podem ser derrotados, pois isso poderia provocar uma reação em cadeia, reabrindo feridas do passado, seria o fim da Europa com uma volta á barbárie da primeira metade do século passado. E isso é relembrado todos os dias nas principais capitais europeias.

Os outros conflitos vão eclodir no Oriente Médio, entre Israel, Líbano, Irã, Síria e Turquia e vai se arrastar pelo Egito e outras nações árabes e africanas. Será uma grande guerra que se estenderá pelo norte e centro da África e que poderá remodelar os mapas da região. Parte dos conflitos regionais já estão em andamento.  

A iminente invasão de Taiwan e uma guerra entre as duas Coreias está cada vez mais próxima. A falência da economia chinesa pode empurrar ela para uma guerra na região. Japão e quase todos os países asiáticos estão preparando suas forças armadas e a sociedade para o iminente conflito. 

As divisões internas nos Estados Unidos fragilizam a posição do país no cenário internacional.

A Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) está cada vez mais europeia já que os parceiros do velho continente não confiam mais nos norte-americanos. A ultrapassagem de todas as linhas vermelhas pelos ucranianos, ou seja, invadir e ocupar território de uma potência nuclear sem ser alvo de uma bomba atômica mostrou que faltou coragem para Putin ordenar o uso desse tipo de armamento. Ninguém quer acelerar a Terceira Guerra Mundial, muito menos provocar uma hecatombe nuclear.  Os novos conflitos serão travados por armas  convencionais e deverá ser evitado o uso das Forças Estratégicas.

No continente americano será a Venezuela que vai trazer a guerra, e essa situação se aproxima a passos largos. Esse conflito poderá envolver os principais países. 

No Brasil alguns pensam que nossa intervenção seria algo parecida com uma missão de estabilização da paz, mentalidade de alguns dos nossos militares e sobretudo da classe política governante, que raciocina que as nossas Forças Armadas existem para cumprir missões subsidiárias tal qual uma Guarda Nacional ou força de polícia. 

Muitos dos nossos militares perderam a noção da realidade do que é um conflito convencional entre exércitos. Dizem os próprios oficiais  que “falta guerra“ na cabeça dos oficiais-generais quando criticam seus companheiros de farda. 

Vamos dissuadir a Venezuela com aviões Super Tucano e cinquentenários Cascavel em Roraima? No primeiro sinal de contato com o suposto inimigo vamos gritar Selva!  E o que vai acontecer? 

Para salvaguardar a inviolabilidade do nosso território e evitar ser envolvido diretamente numa guerra, precisamos impor respeito e para isso será necessário enviar o que há de mais moderno e com poder de combate para aquela região. 

Nos campos e cerrados (chamados Lavradio) de Roraima o guerreiro de selva só será respeitado  e vai sobreviver a intensidade do combate se tiver aço e fogo a sua disposição. Uma guerra se evita ou se trava com o melhor poder de combate disponível, e para todos verem. 

Não há grande e média potência no mundo que não esteja nesse momento mobilizado sua indústria de defesa para a guerra, que não esteja comprando aeronaves, navios e tanques. Já estamos em uma corrida armamentista. 

Nossa vizinha Argentina está se reequipando com uma velocidade que nos admira e espanta.  Vão se modernizar em quatro anos,  o que não conseguimos nos últimos 20. E lá não existe Empresa Estratégica de Defesa, centenas de projetos de desenvolvimento que não nunca se tornam produtos de defesa. Eles lutaram uma guerra contra uma grande potência e perderam, por isso sabem que sem meios e capacidades entregues aos militares, não há possibilidade de lutar, e isso afeta a capacidade de decisão e a liderança militar.

O Brasil vai continuar sem recursos, investindo em projetos como SISFRON, a Linha Maginot tecnológica nacional, o submarino nuclear, que afunda com a própria Marinha, e outros projetos inviáveis tecnológica, operacional e economicamente  como são a modernização do Super Tucano e do Cascavel, enquanto que a burocracia atrapalha e atrasa a compra da Viatura Blindada de Combate de Cavalaria Centauro 2, comprovadamente o melhor tanque sobre rodas do mundo. A política ideológica de integrantes do governo paralisa a compra do obuseiro autopropulsado Atmos e nós continuamos a comprar helicópteros sem armamentos e sensores enquanto que paralisamos a aquisição de sistemas de Guerra Eletrônica. Não temos mais aviação de patrulha para inteligência, vigilância, reconhecimento, e a aviação de transporte leve e média  está praticamente acabada. 

Além disso, enfrentamos problemas com os caças F-39 E/F Gripen sem uma solução a vista e nos  orgulhamos de ser o último operador do caça leve e F-5E/F como aeronave de combate no mundo. Estamos perdendo nossa capacidade de emprego ar-solo com a retirada dos AMX. 

Nossa Marinha se arrasta para produzir as escoltas Tamandaré que não são fragatas leves, mas corvetas um pouco mais pesadas. Faltam navios-escolta de maior tonelagem e poder de fogo.

Temos uma grande indústria de munição, são várias empresas que produzem foguetes, morteiros e granadas de artilharia de 155mm, uma capacidade de produção de munição única no mundo, mas que raramente vende para suas próprias Forças Armadas, que só querem comprar da IMBEL e ENGEPRON. O Exército Brasileiro compra em 5 anos menos granadas de artilharia que a Ucrânia consome em um único dia de guerra. Nos próximos dois anos, grande parte das indústrias de material bélico brasileiras vão estar sob controle de conglomerados e governos estrangeiros e a culpa será dos militares. Países como Arábia Saudita. Finlândia, Emirados Árabes Unidos estão querendo manter aqui um parque auxiliar e de reserva de produção de munição, e se o governo criar problemas para exportação, essas empresas vão fechar e migrar para o Paraguai, a nova tendência. 

A guerra está batendo na nossa porta, nosso medo do CPF (punição a oficiais por riscos assumidos em projetos), do impacto na carreira como se o militar fosse um funcionário público, nossa burocracia e a falta de um pensamento estratégico, nacional e racional de preparação para uma guerra, estão nos colocando numa situação que poderá trazer sérias consequências no futuro breve.

Cabe aos militares acelerarem a produção e aquisição de armamento, interromper qualquer projeto de desenvolvimento e modernização que seja custoso e que não agregue poder de combate, ou crie uma evidente e necessária capacidade militar. 

Estamos num momento que precisamos estar abertos a aceitar e receber os meios que o governo decide nos dar. Seja por orientação política e comercial, mas sempre com tradicionais parceiros e através de alianças estratégicas com países historicamente amigos do Brasil.

Agora não é mais momento de planejar e escolher. Qualquer meio militar será melhor e trará mais capacidade de combate do que nossas frotas de  caças F-5, carros de combate Leopard 1 e as obsoletas fragatas Classe Niterói. 


Lembrai-vos da guerra. 

Porque agora ela ela bate em vossa porta.​

14 de set. de 2024

Projeto obriga médicos a se identificarem em voos, para serem acionados em caso de emergência

Para virar lei, a medida precisa ser aprovada pelos deputados e pelos senadores


                                                                                                                                                   Mário Agra / Câmara dos Deputados

O deputado Dr. Victor Linhalis é o autor da proposta

Agência Câmara de Notícias - O Projeto de Lei 3132/24, do deputado Dr. Victor Linhalis (Pode-ES), obriga médicos a se identificarem como profissionais da saúde ao embarcar em voos nacionais ou internacionais com origem no Brasil, com o objetivo de atuar em situações de emergência médica. A proposta está em análise na Câmara dos Deputados.

Hoje, médicos não são obrigados a se identificar em voos. Porém, em caso de emergência, com um passageiro passando mal, por exemplo, os comissários costumam fazer um chamado em busca de algum médico a bordo.

“O projeto, ao estabelecer a obrigatoriedade de identificação prévia dos médicos, acelera o processo de socorro e traz maior tranquilidade para a tripulação, que pode imediatamente contar com o apoio de um profissional de saúde qualificado, sem precisar perder tempo em uma busca improvisada durante a emergência”, acredita Dr. Victor Linhalis.

A medida proposta, segundo o deputado, não tem o objetivo de criar um fardo adicional para os médicos que viajam. Pelo contrário, diz ele, reforça o compromisso ético desses profissionais, que poderão atuar de forma mais organizada e segura.

“O projeto respeita o direito de escolha do médico em atuar ou não durante uma emergência”, destaca o autor. “A identificação serve como um recurso preventivo, sem que isso signifique uma imposição.”


Regras

Conforme o texto, os médicos deverão se apresentar à tripulação no início do voo ou em momento oportuno antes da decolagem, para que possam ser solicitados a prestar assistência, se necessário. Sempre que possível, o médico deverá portar identificação profissional válida ou qualquer documento oficial que comprove sua habilitação como médico.

As companhias aéreas, por sua vez, ficam responsáveis por informar os passageiros, no início do voo, sobre a necessidade de médicos se identificarem, caso presentes a bordo. Também deverão garantir que a tripulação esteja treinada para proceder com a solicitação de assistência médica de passageiros devidamente identificados.

O texto reconhece a prestação do socorro como um ato de solidariedade, amparado pela legislação brasileira, e assegura que o médico não será responsabilizado por eventuais complicações, desde que sua atuação esteja dentro dos limites de sua competência e das condições disponíveis a bordo.

Por outro lado, o profissional que prestar atendimento a bordo terá direito à restituição, pela companhia aérea, do valor pago pela passagem aérea.


Tramitação

O projeto tramita em caráter conclusivo e será analisado pelas comissões de Saúde; de Viação e Transportes; e de Constituição e Justiça e de Cidadania. Para virar lei, a medida precisa ser aprovada pelos deputados e pelos senadores.


Saiba mais sobre a tramitação de projetos de lei

Reportagem – Noéli Nobre

O FIM DA HISTÓRIA | PÁTRIA EDUCADORA - CAPÍTULO 1 | FILME COMPLETO

 

Câmara aprova aumento da pena de feminicídio para até 40 anos

A pena atual de 12 a 30 anos de reclusão aumenta para 20 a 40 anos

                                                                                                                                            Mário Agra/Câmara dos Deputados

Gisela Simona: medida reforça combate a esse crime bárbaro

Agência Câmara - A Câmara dos Deputados aprovou o Projeto de Lei 4266/23, do Senado, que aumenta a pena de feminicídio e inclui outras situações consideradas agravantes da pena. A matéria será enviada à sanção presidencial.

Segundo o texto, o crime passa a figurar em um artigo específico em vez de ser um tipo de homicídio qualificado, como é hoje. A pena atual de 12 a 30 anos de reclusão aumenta para 20 a 40 anos.

A relatora do PL 4266/23, deputada Gisela Simona (União-MT), afirmou que a proposta contribui para o aumento da proteção à mulher vítima de violência. “A criação do tipo penal autônomo de feminicídio é medida que se revela necessária não só para tornar mais visível essa forma extrema de violência contra a mulher, mas também para reforçar o combate a esse crime bárbaro e viabilizar a uniformização das informações sobre as mortes de mulheres no Brasil”, destacou.

“A classificação do feminicídio como circunstância qualificadora do homicídio dificulta sua identificação. Em muitas situações, a falta de formação adequada ou de protocolos claros pode levar as autoridades a classificar o crime simplesmente como homicídio, mesmo quando a conduta é praticada contra a mulher por razões da condição do sexo feminino.”

Gisela Simona também destacou a importância de tornar pública a ação penal relativa ao crime de ameaça cometido contra a mulher por razões da condição do sexo feminino. “Além de melhor resguardar a integridade física e psicológica da ofendida, contribuirá para a redução da subnotificação desse tipo de violência e servirá de desestímulo à ação dos infratores, que não mais poderão contar com o silêncio das vítimas para se livrar da punição devida”, espera.

As novas situações que podem aumentar a pena (agravante) são de assassinato da mãe ou da mulher responsável por pessoa com deficiência e quando o crime envolver:

 * emprego de veneno, fogo, explosivo, asfixia, tortura ou outro meio cruel;

* traição, emboscada, dissimulação ou recurso que dificulte ou torne impossível a defesa do ofendido; e

emprego de arma de fogo de uso restrito ou proibido

* Todas as circunstâncias do crime analisado serão atribuídas também ao coautor ou participante do assassinato.


Medidas protetivas

Na lei Maria da Penha, o projeto aumenta a pena do condenado que, no cumprimento de pena, descumprir medida protetiva contra a vítima. Isso ocorreria, por exemplo, para condenado por lesão vinculada a violência doméstica que progrediu de regime, podendo sair do presídio durante o dia, e se aproximou da vítima quando isso estava proibido pelo juiz.

A pena para esse crime de violação da medida protetiva aumenta de detenção de 3 meses a 2 anos para reclusão de 2 a 5 anos e multa.


Outros direitos

O texto muda também outros direitos e restrições de presos por crimes contra a mulher por razões da condição do sexo feminino, conceituadas pelo Código Penal como os crimes que envolvem violência doméstica e familiar ou menosprezo ou discriminação à condição de mulher.

Assim, quando um presidiário ou preso provisório por crime de violência doméstica ou familiar ameaçar ou praticar novas violências contra a vítima ou seus familiares durante o cumprimento da pena, ele será transferido para presídio distante do local de residência da vítima.

No caso da progressão de regime, em vez de ter de cumprir 50% da pena no regime fechado para poder mudar para o semiaberto, o PL 4266/23 aumenta o período para 55% do tempo se a condenação for de feminicídio. Isso valerá se o réu for primário e não poderá haver liberdade condicional.

Se o apenado usufruir de qualquer saída autorizada do presídio terá de usar tornozeleira eletrônica e não poderá contar com visita íntima ou conjugal.


Todos os crimes

Em relação a outros direitos previstos na Lei de Execução Penal para todos os apenados, em vez de eles poderem ser suspensos ou restringidos pelo diretor do presídio, isso caberá ao juiz da execução penal. Será o caso de:


* proporcionalidade na distribuição do tempo para o trabalho, o descanso e a recreação;

* visita do cônjuge, da companheira, de parentes e amigos em dias determinados; e

* correspondência


Agressão

Na lei de contravenções penais (Decreto-Lei 3.688/41), para o crime de agressão praticado contra a mulher por razões da condição do sexo feminino a pena de prisão simples de 15 dias a 3 meses será aumentada do triplo. A prisão simples é cumprida no regime aberto ou semiaberto em estabelecimento diferente do presídio para condenados.

Já o crime de ameaça, que pode resultar em detenção de 1 a 6 meses, terá a pena aplicada em dobro se cometido contra a mulher por razões do sexo feminino e a denúncia não dependerá de representação da ofendida.

De igual forma, crimes como de injúria, calúnia e difamação praticados por essas razões terão a pena aplicada em dobro.


Lesão corporal

Para os crimes de lesão corporal praticados contra ascendente, descendente, irmão, cônjuge ou companheiro, ou contra pessoa com quem o réu tenha convivido, a pena de detenção de 3 meses a 3 anos passa a ser de reclusão de 2 a 5 anos.

Igual intervalo de pena é atribuído à lesão praticada contra a mulher por razões de sua condição feminina. Atualmente, o condenado pega de 1 a 4 anos de reclusão.


Efeitos da condenação

A perda do poder familiar, segundo o texto aprovado, passará a atingir o condenado por crimes praticados em razão da condição do sexo feminino, independentemente de a mulher partilhar do mesmo poder familiar.

Um exemplo disso seria o feminicídio de uma mãe que antes de seu assassinato tenha perdido juridicamente o poder familiar sobre os filhos.

Essa consequência e outras como a perda de cargo ou mandato eletivo ou proibição de futura nomeação em função pública (desde a condenação em definitivo até o fim da pena) serão automáticas.


Execução da pena

A procuradora a Mulher, deputada Soraya Santos (PL-RJ), elogiou o recrudescimento do tratamento para agressores de mulheres na fase de execução da pena para concessão de benefícios. “Se não cumprir 55% da pena, não adianta pensar em regalia”, avisou. Soraya Santos cobrou mais recursos para monitorar agressores com tornozeleiras eletrônicas. “Das mulheres que morrem por feminicídio, 70% têm medidas protetivas. Nenhuma morreria se os agressores tivessem tornozeleiras eletrônicas.”

A deputada Erika Kokay (PT-DF) destacou a importância de tratar o feminicídio como um crime autônomo. “Enfrentar o feminicídio não é apenas recrudescimento penal. Envolve política de educação, cultura e multissetorialidade. É necessário termos uma sociedade onde não haja dor em sermos mulheres”, declarou.

Já a deputada Adriana Ventura (Novo-SP) ponderou que o aumento da pena pode inibir o feminicídio. “Aumento de pena não resolve tudo, mas inibe”, contrapôs. “A gente avança a partir do momento em que corta privilégios para quem comete abusos. Quem comete feminicídio não poderá ser nomeado a cargo público ou ter visita íntima.”


Reportagem - Eduardo Piovesan e Francisco Brandão

Fonte: Agência Câmara de Notícias

Royal Navy persegue “narco-sub” que transportava £ 160 milhões em cocaína

O Navio de Patrulha da Royal Navy HMS Trent apreendeu 160 milhões de libras de cocaína de um “narco-sub” no Mar do Caribe


Luiz Padilha  - Em oito apreensões de drogas em sete meses, o navio patrulha com sede em Portsmouth impediu que quase £ 750 milhões em narcóticos chegassem às ruas do Reino Unido ou de qualquer outro lugar.


OPC Classe River Batch II, HMS Trent (P 224) – Foto: Royal Navy

A operação mais recente do Trent, junto com a Guarda Costeira dos EUA e uma aeronave de patrulha marítima dos EUA, foi o primeiro “narco-sub” que a Marinha Real interceptou.


A equipe de abordagem do navio, composta por pessoal da Guarda Costeira dos EUA, fuzileiros navais reais do 47° Commando e marinheiros especialistas, subiu a bordo da embarcação semissubmersa em águas a 190 milhas náuticas ao sul da República Dominicana.

A equipe apreendeu 2.000 kg de cocaína com um valor de rua de £ 160 milhões, dando mais um golpe no tráfico de drogas do Caribe.

O Comandante do HMS Trent, Comandante Tim Langford, disse: “Foram oito meses movimentados, mas gratificantes para o Trent enquanto estava destacado no Caribe, e esta última apreensão reforça a utilidade dos Offshore Patrol Vessels (Navios de Patrulha Oceânicos) da Royal Navy no cumprimento desta tarefa vital.


“Minha equipe qualificada e nosso Destacamento de Aplicação da Lei da USCG embarcado enfrentaram condições desafiadoras para interditar este semissubmersível – raramente visto no Caribe – e foram recompensados ​​com outro recorde de transporte.

“Estas operações são um esforço de equipe e exigem o envolvimento de cada membro da minha tripulação, independentemente de sua função habitual, eles podem estar extremamente orgulhosos do que conquistaram.”


Esta oitava apreensão de drogas ocorreu em 26 de agosto, apenas 72 horas após a última interdição bem-sucedida do Trent, na qual 462 kg de cocaína no valor de £ 37 milhões foram apreendidos.

Cerca de 90 milhas náuticas ao norte de onde eles pararam o narcossubmarino, uma perseguição noturna em alta velocidade pelos barcos infláveis do Trent, viu dois suspeitos e 12 fardos de drogas apreendidos, prontos para serem entregues às autoridades dos EUA.


Tendo apreendido 9.459 kg de drogas – no valor de quase £ 750 milhões – o Trent supera o HMS Argyll como o melhor caçador de contrabandistas da Royal Navy (Marinha Real) neste século, em um total de £ 620 milhões da fragata (incluindo apreensões no Caribe durante patrulhas em 2014).

Essas interceptações bem-sucedidas interrompem as Organizações Criminosas Transnacionais (TCO) e ressaltam o papel vital da Marinha Real na manutenção da segurança marítima e na defesa do direito internacional, tanto em casa quanto no exterior.

Este papel é mais importante do que nunca com o fluxo de drogas para a Europa e o Reino Unido, onde se estima que 117 toneladas são consumidas por ano, crescendo significativamente.


O HMS Trent continua a patrulhar o Caribe como uma presença tranquilizadora para os Territórios Ultramarinos Britânicos durante a temporada de furacões (de junho a novembro) e para conter o fluxo de carga ilegal pela região.

A bordo do navio estão cerca de 50 especialistas em operações de socorro a desastres, incluindo a Crisis Response Troop de 24 Commando Royal Engineers.

Além de transportar equipamentos para fazer reparos em infraestrutura danificada e suprimentos médicos que salvam vidas, o navio tem um sistema de drones, chamado Puma, que fornece reconhecimento e vigilância vitais e é operado pelo 700X Naval Air Squadron.

O navio visitou recentemente as Ilhas Virgens Britânicas, fazendo reparos em Tortola após a tempestade tropical Ernesto ter passado pela região.


TRADUÇÃO E ADAPTAÇÃO: DAN

FONTE: Royal Navy

11 de set. de 2024

Expoacre movimentou mais de R$ 391 milhões em negócios e governador anuncia mudanças para evento em 2025

O volume de negócios fechados durante a maior feira de agronegócio do estado, a Expoacre, que ocorreu entre 31 de agosto a 8 de setembro no Parque de Exposições Wildy Viana, em Rio Branco, foi de R$ 391.528.075 milhões. O balanço foi apresentado na manhã desta quarta-feira, 11, pelo governo do Estado juntamente com o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), parceiro no evento


Expoacre movimentou mais de R$ 391 milhões em 2024. Foto: Pedro Devani/Secom


Tácita Muniz -  O volume foi 20% maior que a edição do evento no ano passado, que, inclusive, atingiu o recorde de R$ 325.305.857 milhões em movimentação. Lembrando que esse valor pode ser maior na avaliação pós-evento.

O governador Gladson Cameli anunciou duas importantes decisões: uma delas é a enquete para decidir os shows para o ano que vem e a segunda é de manter a feira em julho. Este ano, o evento em Cruzeiro do Sul ocorreu antes que na capital.

Segundo ele, a data já faz parte do calendário do estado e das pessoas. Outra mudança anunciada refere-se ao início da feira, atualmente os portões abrem às 18h, mas a partir do ano que vem deve abrir a partir de meio-dia.

“Vamos começar esta semana uma enquete nas redes sociais do governo para que o público escolha os shows de 2025. E os mais votados pelo público serão, se Deus quiser, as nossas atrações para comemorarmos esse cinquentenário”, disse Cameli.

O governo comemora bons resultados econômicos nas duas maiores feiras do estado, já que a Expoacre Juruá, realizada entre os dias 31 de julho e 4 de agosto, em Cruzeiro do Sul, registrou recorde de público e de movimentação financeira. O balanço econômico no Juruá foi de R$ 36,6 milhões e contou com a participação de um público estimado em 160 mil pessoas.

Cameli destacou que deve reduzir a participação do setor público e expandir a participação da iniciativa privada.

“A Expoacre é uma feira de negócios e, como tal, deve ter cada vez mais a participação dos empresários que a fazem ser esse grande sucesso”, pontuou.

Nos próximos dias, o governador deve se reunir com a organização do evento para ajustar melhorias e também se reunir com os 478 expositores para ouvi-los e ter uma avaliação sobre a feira.

Balanço foi feito pelo governador ao lado de parceiros que fazem a maior feira de agronegócios acontecer no estado. Foto: Diego Gurgel/Secom

Victoram Costa e Edson Ferreira, superintendentes da Caixa Econômica e Banco da Amazônia, respectivamente, destacaram o sucesso da feira.

“Se pulverizou melhor do que no ano anterior. Isso demonstra como a gente está caminhando certo para a questão de negócios no estado. Ter os bancos como parceiros foi um acerto. O resultado é um sinal que a gente conseguiu fazer nosso papel”, destacou Ferreira.

Já o superintendente da Caixa destacou que o número de negócios fechados durante a feira dobrou. “Fechamos R$ 92 milhões assinados na feira, aumento de 206. Somente no setor da indústria foi um contrato de R$ 22 milhões, que vai chegar na construção civil. Sabemos que esses valores vão trazer grandes retornos financeiros e contribuirão com a geração de renda. Vimos uma grande visitação, um público que foi para fazer negócios. Cada vez mais a Expoacre se torna uma granula de expositores. Esperamos sempre estar lá para sermos fomentadores dessa economia”.

O superintendente do Sebrae, Marcos Lameira, avaliou o evento como um sucesso.

Superintendente do Sebrae, Marcos Lameira, avaliou a feira como um sucesso. Foto: Diego Gurgel/Secom

“A gente precisa agradecer ao governo do Estado que tem nos ajudado nesse evento, porque sabemos da dificuldade de realizar uma feira dessa magnitude sozinhos”, disse.


Reforçou ainda que a decisão de ampliar os espaços para a iniciativa privada foi recebida com otimismo pela iniciativa privada.

“Isso é importante, fez parte de uma reunião de trabalho onde foi apresentada essa proposição para que o governo diminuísse o seu espaço público para que a possibilidade privada conseguisse ampliar cada vez mais, então a ideia é que tenha um espaço único para o governo do Estado para todas as secretarias. Não é que deixem de estar lá, mas que elas façam um revezamento com outras secretarias e consigam disponibilizar mais espaço para iniciativa privada”, pontuou.

O setor Indústria, agropecuária e vendas de máquinas e veículos foram os que mais registraram movimentações.

Em seu discurso, o governador agradeceu a todos os envolvidos na organização do evento e destacou também a importância da imprensa para a divulgação desse trabalho. A Agência de Notícias divulgou 200 reportagens durante as nove noites de feira.

“Quero agradecer à equipe da comunicação por estar na feira todas as noites levando a Expoacre para as pessoas através das lives, das nossas rádios Difusora Acreana e Aldeia FM, pelo nosso site e redes sociais, tudo que aconteceu no Parque de Exposições nesses dias.”

Brasil e Portugal fortalecem os laços de cooperação em Defesa Cibernética


Ricardo Fan - No dia 2 de setembro de 2024 foi realizada a cerimônia de assinatura do Memorando de Entendimento sobre Cooperação em Defesa Cibernética entre Brasil e Portugal. O instrumento de parceria teve como signatários, por delegação, o General de Divisão Alan Denilson Lima Costa, Comandante de Defesa Cibernética brasileiro, e o Brigadeiro-General Paulo Miguel Paletti Correia Leal, Comandante do Comando de Operações de Ciberdefesa português.

A Estratégia Nacional de Defesa, de 2008, definiu a Cibernética como sendo um dos 3 setores estratégicos, tendo sido atribuída ao Exército Brasileiro a responsabilidade pela coordenação do Setor no âmbito da Defesa.

Nesse contexto, o importante instrumento de parceria celebrado fortalece os laços de cooperação internacional, especialmente nas áreas de educação, doutrina e adestramento, o que contribui para a maior integração, capacitação e resiliência cibernética mútua entre as referidas nações amigas, por meio da atuação colaborativa.

Rural Bussines - O que de fato o brasileiro come de carne bovina?

 

Guerra de Chips: ex-executivos da Samsung são presos acusados de roubar tecnologia para fábrica na China


A polícia sul-coreana prendeu dois ex-funcionários da Samsung Electronics por suspeita de roubar tecnologias avaliadas em mais de US$ 3,2 bilhões para construir uma fábrica de chips na China.

Os dois ex-funcionários, incluindo um homem de 66 anos chamado Choi, teriam colaborado com autoridades chinesas locais, recrutando especialistas sul-coreanos e vazando tecnologias de memória da Samsung por meio de uma joint venture.

Este caso reflete um incidente de 2023, quando um ex-executivo da Samsung foi preso por tentar replicar uma fábrica de chips na China. A Coreia do Sul, como maior produtora mundial de chips de memória, é peça chave nos esforços dos Estados Unidos para limitar o avanço tecnológico da China, e este novo roubo representa uma grave violação de segurança, segundo a polícia de Seul.

A empresa envolvida, Chengdu Gaozhen, estava trabalhando para produzir chips DRAM de 20 nanômetros, com impacto negativo direto na Samsung e na competitividade da indústria sul-coreana em um cenário de “guerra global de chips”, afirmou a polícia.

A investigação policial conseguiu interromper as operações da joint venture chinesa, mas ainda está em andamento para descobrir outros possíveis vazamentos de tecnologia.

Esse incidente destaca as crescentes tensões entre Pequim e Washington e os riscos de espionagem tecnológica em meio às sanções ao setor de chips chinês.

FONTE: Bloomberg, via O Globo

Helicóptero vindo da Venezuela é interceptado pela FAB

Ação junto com a Polícia Federal faz parte da Operação Ostium e reforça a segurança nas fronteiras do Brasil


Fernando Valduga - A Força Aérea Brasileira (FAB) interceptou, na tarde dessa segunda-feira (09/09), um helicóptero que entrou no espaço aéreo brasileiro sem autorização, vindo da Venezuela, transportando aproximadamente 240 kg de drogas.

A ação ocorreu próximo a Manaus (AM) e foi coordenada pelo Comando de Operações Aeroespaciais (COMAE). Participaram da missão duas aeronaves A-29 Super Tucano e um helicóptero H-60 Black Hawk, em uma operação integrada com a Polícia Federal (PF).

Assim que a aeronave ingressou no espaço aéreo brasileiro sem apresentar plano de voo, foi detectada e monitorada pelo COMAE. Conforme os protocolos das Medidas de Policiamento do Espaço Aéreo (MPEA), previstos no Decreto nº 5.144, de 16 de julho de 2004, a aeronave foi classificada como suspeita.

 

 Seguindo os procedimentos de interceptação, o piloto de um dos A-29, enquanto realizava o acompanhamento discreto, observou que o helicóptero fez um pouso forçado em uma área verde próxima a Manaus, por volta das 16h40 (horário de Brasília). Agentes da PF a bordo do H-60 Black Hawk da FAB assumiram as Medidas de Controle no Solo (MCS) e apreenderam a carga de skank. O piloto conseguiu fugir antes da chegada das autoridades.

O Chefe do Estado-Maior Conjunto do COMAE, Major-Brigadeiro do Ar João Campos Ferreira Filho, destacou o resultado da missão. “Essa operação bem-sucedida reflete a capacidade da Força Aérea Brasileira de integrar os próprios recursos aeroespaciais e de coordenar rapidamente com a Polícia Federal uma ação de combate ao narcotráfico”, afirmou.

A interceptação faz parte da Operação Ostium, que integra o Programa de Proteção Integrada de Fronteiras (PPIF), com o objetivo de combater ilícitos no espaço aéreo brasileiro por meio de ações coordenadas entre a FAB e órgãos de segurança pública.

“Nossa abordagem à soberania do espaço aéreo é completa, abrangendo desde a vigilância até as ações de apreensão no solo, especialmente na região de fronteira, sempre em cooperação com outros órgãos do Brasil e de países vizinhos. Essa é uma das principais competências que a FAB oferece ao Estado Brasileiro”, completou o Major-Brigadeiro Campos.

Fotos: Operação Ostium

10 de set. de 2024

Livro contando a história dos pioneiros da Pecuária no Acre deve ser lançado na próxima Expoacre

Foto: Wanglézio Braga

Por Wanglézio Braga - Durante solenidade de outorga de Honra ao Mérito aos pioneiros da pecuária no Acre, o Secretário de Agricultura do Governo do Acre, José Tchê, anunciou que planeja lançar, no próximo ano, um livro histórico sobre a saga da pecuária no estado. A obra é um dos projetos para a edição especial da Expoacre de 2025, que marcará o aniversário de 50 anos da maior feira agropecuária do estado.

Ao AcreNews, Tchê disse que a iniciativa é uma forma da população ganhar mais conhecimento, além de ser uma justa homenagem para quem trabalha no setor. Tchê afirmou estar empenhado em garantir recursos através de emendas parlamentares para viabilizar o projeto. O assunto recebeu sinal positivo do presidente da Assembleia Legislativa do Acre, deputado Luiz Gonzaga (PSDB).

“É uma forma de as futuras gerações e a atual sociedade acreana conhecerem um pouco mais sobre os trabalhadores que dedicaram suas vidas à construção desse legado. Essa é uma homenagem justa para quem sempre esteve à frente do desenvolvimento do campo”, destacou.

Segundo dados preliminares apresentados pela Secretaria de Agricultura, o setor pecuário é responsável por quase 64% dos três bilhões de reais na economia acreana, sendo uma das principais forças econômicas do estado. O secretário ainda ressaltou que o livro não só celebrará os 50 anos da Expoacre, mas também servirá como uma ferramenta educativa e informativa para as futuras gerações.

A expectativa é de que o livro aborde desde os primeiros passos da pecuária no Acre até sua atual contribuição para o agronegócio e a economia local. O presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado do Acre (FAEAC), Assuero Veronez, ressalta a importância da iniciativa.

“Acredito que as novas e as atuais gerações precisam compreender o processo histórico de quem faz a pecuária neste estado. Precisam conhecer os seus pioneiros e os atuais. Isso é uma forma de reverência, afinal, é um setor que mais lucra no agronegócio.

“Esse livro será um marco na história do agronegócio acreano, fortalecendo o reconhecimento e a valorização dos profissionais que, por gerações, trabalharam para consolidar a pecuária como um pilar econômico essencial do estado e ainda vai colaborar para esclarecer muitas inverdades lançadas na internet e na mídia”, disse.

8 de set. de 2024

Missão humanitária brasileira de combate a incêndios na faixa de fronteira com a Bolívia

Imagem: Metsul

O governo brasileiro decidiu enviar missão humanitária para combater, em coordenação com as autoridades bolivianas, os incêndios florestais ora em curso na faixa de fronteira comum entre os dois países. Os incêndios ao longo da faixa de fronteira ameaçam atingir também o Pantanal brasileiro.

A missão humanitária brasileira está sendo coordenada pelo Ministério das Relações Exteriores (MRE), por meio da Agência Brasileira de Cooperação (ABC), e chefiada por especialista em desastres do Ministério da Integração e Desenvolvimento Regional (MIDR). A missão será integrada por 37 bombeiros militares da Força Nacional de Segurança Pública, do Ministério da Justiça e da Segurança Pública (MJSP), e por 25 efetivos do Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal.

Um escalão avançado da missão partiu no dia 5 de setembro, para somar-se às forças bolivianas, devendo constituir um comando conjunto baseado na cidade de San Ignacio de Velasco, no Departamento de Santa Cruz, naquele país. O comando da missão atuará em estreita coordenação com o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA) e o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA). Serão feitos sobrevoos e analisados mapas satelitais para identificar os focos de incêndio ao longo da faixa de fronteira com os Estados de Mato Grosso e de Mato Grosso do Sul, a serem extintos em operações conjuntas.

Além de contribuir para combater os incêndios no lado boliviano da fronteira, a missão conjunta terá caráter preventivo, para evitar que novos focos de incêndio atinjam o território brasileiro.

Dos 112 incêndios registrados nas últimas semanas na região do Pantanal, 18 estão ativos, 23 estão controlados pela força-tarefa liderada pelo Centro de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais – Prevfogo (vinculado ao IBAMA/MMA) e 71 já foram extintos. O trabalho está sendo realizado pelas equipes brasileiras desde o mês de junho naqueles dois Estados.

Fonte: MRE

5 de set. de 2024

Relatório alerta para crescente monopólio tecnológico da China em setores críticos


Os maiores países da Ásia estão expandindo sua capacidade em setores críticos de pesquisa global, de acordo com um novo relatório. A China aumentou sua liderança em 64 tecnologias críticas, enquanto a Índia está emergindo como um centro chave de inovação e excelência em pesquisa global, consolidando-se como uma potência em ciência e tecnologia.

O relatório do Instituto Australiano de Política Estratégica (ASPI) destaca a pesquisa de alto impacto como um indicador crucial de capacidade potencial em ciência e tecnologia, cobrindo campos como defesa, espaço, energia, inteligência artificial, biotecnologia, robótica e tecnologias quânticas.

O relatório aponta que houve uma “mudança impressionante” desde duas décadas atrás, quando os EUA lideravam em 60 de 64 tecnologias, enquanto a China liderava apenas em três. Hoje, a China lidera em 57 das 64 tecnologias analisadas entre 2019 e 2023, enquanto os EUA lideram em apenas sete. A ascensão da China foi impulsionada pelo plano “Made in China 2025”, lançado em 2015, que viu um grande financiamento estatal direto para pesquisa e desenvolvimento em tecnologias chave, refletindo a ambição do governo chinês de alcançar a supremacia tecnológica.

Além disso, o ASPI alertou sobre o risco de monopólios de pesquisa em campos críticos, com o número de tecnologias classificadas como “alto risco” aumentando de 14 para 24, sendo a China o país líder em todos esses campos. Entre as áreas de maior risco estão tecnologias com aplicações de defesa, como radar, motores avançados de aeronaves, drones e robótica colaborativa. O relatório também destaca a liderança da China em pesquisas sobre baterias elétricas como um exemplo de sua vantagem pronunciada em pesquisas de alto impacto.



FONTE: Asia Financial

Imagens: Embraer entrega o primeiro C-390 Millennium à Força Aérea Húngara

Hungria se torna o segundo operador C-390 da OTAN

Aeronave será equipada pela primeira vez com Unidade de Terapia Intensiva

Fernando Valduga  - A Embraer entregou hoje a primeira aeronave multimissão C-390 Millennium para a Força Aérea Húngara. A aeronave será a primeira do mundo equipada com uma Unidade de Terapia Intensiva roll-on/roll-off, estando ainda mais bem equipada para realizar missões humanitárias e Missões de Evacuação Médica. O C-390 húngaro é totalmente adequado com os requisitos da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), não apenas em termos de hardware, mas também em sua aviônica e de comunicações.


A aeronave atende plenamente aos requisitos das Forças de Defesa Húngaras, sendo capaz de realizar diferentes tipos de missões militares e civis, incluindo Evacuação Médica, Apoio Humanitário, Busca e Salvamento, Transporte de Carga e Tropas, Lançamento Aéreo de Carga de Precisão, Operações de Paraquedistas e Reabastecimento Ar-Ar (AAR).

“A chegada dessa aeronave representa um verdadeiro marco para a Força Aérea Húngara, pois dará às Forças de Defesa Húngaras uma capacidade sem precedentes no transporte aéreo militar. É do interesse da segurança da Hungria ter forças de defesa fortes, bem equipadas e modernas, e estamos trabalhando para isso. A Embraer é uma excelente parceira nesse sentido”, disse Kristóf Szalay-Bobrovniczky, Ministro da Defesa da Hungria.

“Este é um momento muito especial para a Embraer, pois entregamos o primeiro C-390 Millennium à Força Aérea Húngara. Esta aeronave oferece uma combinação imbatível de desempenho, flexibilidade e custos reduzidos do ciclo de vida, tornando-se o transporte aéreo preferido na Europa”, disse Bosco da Costa Junior, Presidente e CEO da Embraer Defesa & Segurança. “Estamos confiantes de que o C-390 adicionará capacidades importantes à Hungria e esperamos apoiar a entrada em serviço da aeronave.”

O C-390 pode transportar mais carga útil (26 toneladas) em comparação com outras aeronaves de transporte militar de médio porte e voa mais rápido (470 nós) e mais longe, sendo capaz de realizar uma ampla gama de missões, como transporte e lançamento de cargas e tropas, evacuação médica, busca e salvamento, combate a incêndios e missões humanitárias, operando em pistas não pavimentadas, em superfícies como terra compactada e cascalho. A aeronave configurada para reabastecimento aéreo, com a designação KC-390, já comprovou sua capacidade tanto como tanque quanto como receptor, neste caso recebendo combustível de outro KC-390 utilizando cápsulas (pods) instalados sob as asas.

Desde a entrada em operação na Força Aérea Brasileira, em 2019, e na Força Aérea Portuguesa, em 2023, o C-390 comprovou sua capacidade, confiabilidade e desempenho. A atual frota de aeronaves em operação acumula mais de 14.000 horas de voo, disponibilidade operacional em 93% e taxas de conclusão de missão acima de 99%, demonstrando produtividade excepcional na categoria.