10 de nov. de 2025

O agro brasileiro é o retrato da verdadeira sustentabilidade, e o mundo precisa admitir isso

Na COP30, enquanto ideólogos tentam pintar o produtor como vilão ambiental, o Brasil mostrará ao planeta que a agricultura tropical é a força civilizatória que sustenta o futuro da humanidade


Na COP30, em Belém do Pará, a velha narrativa sobre o “agro vilão” será, mais uma vez, colocada à prova. Os mesmos grupos que vivem de transformar o óbvio em pecado e o sucesso em culpa tentarão repetir o enredo de sempre: culpar o produtor rural brasileiro pelos males do planeta. Mas a realidade, teimosa como é, não se curva à retórica. O agro do Brasil é, de longe, o maior exemplo de sustentabilidade produtiva do mundo moderno.

Um estudo do Fórum Brasileiro da Agricultura Tropical mostra aquilo que a militância urbana se recusa a enxergar: a agricultura tropical é solução, não problema. É dela que vem a segurança alimentar e energética de boa parte do planeta. A região tropical concentra 40% das terras aráveis, mais da metade da água doce e uma biodiversidade sem paralelo, uma mina de riqueza natural que o Brasil aprendeu a manejar com inteligência, tecnologia e ciência.

Em apenas meio século, o país transformou-se em potência agroambiental. Sete vezes mais produtivo, o campo brasileiro abastece 10% da população mundial e faz isso preservando 33,2% de sua área com vegetação nativa. O milagre do cerrado verde não nasceu de discursos em conferências, mas de trabalho, suor e pesquisa. É o exemplo vivo de que desenvolvimento e conservação podem e devem caminhar juntos.

Um dos pilares desse sucesso é o Código Florestal Brasileiro, o mais rigoroso do planeta. Nenhum agricultor no mundo é obrigado a preservar 80% de sua propriedade, como ocorre na Amazônia. Nenhum outro país impõe ao produtor tamanha responsabilidade ambiental. E, ainda assim, o agro segue prosperando, provando que o verdadeiro guardião da natureza é o homem que vive dela e não o militante que a explora para fins ideológicos.

Outro símbolo dessa maturidade ambiental é o Plano ABC, Agricultura de Baixo Carbono, que incentiva práticas regenerativas, como integração lavoura-pecuária-floresta e recuperação de pastagens degradadas. São políticas baseadas em ciência e resultado concreto, não em slogans de ONGs milionárias. Até 2030, essas tecnologias devem cobrir mais de 72 milhões de hectares, transformando o campo em uma das maiores usinas naturais de captura de carbono do planeta.

Há também o avanço silencioso dos bioinsumos, uma revolução verde genuinamente brasileira. Fixadores de nitrogênio, biodefensivos e biofertilizantes estão substituindo insumos químicos e elevando a produtividade com menor impacto ambiental. O setor cresce 21% ao ano e não por imposição, mas porque o agricultor sabe o que faz e quer produzir melhor.

Trinta e três anos depois da Rio92, o Brasil volta ao centro do debate climático mundial e desta vez com autoridade moral. A COP30, sediada no coração da Amazônia, é a chance de mostrar ao mundo que o país que alimenta milhões também é o que mais preserva. Não com dogmas, mas com resultados. Não com histeria, mas com ciência.

O futuro da segurança alimentar e climática global passa, inevitavelmente, pelo agro tropical brasileiro, um setor que une tecnologia, tradição e coragem. Que planta, colhe, preserva e ainda sustenta uma nação inteira. O produtor rural brasileiro não é o vilão da história. Ele é o herói que o mundo finge não ver.

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