31 de out. de 2017

Ex-diretores do órgão durante os quase 20 anos da FPA se envolveram em escândalos no setor



É opinião quase unânime no meio político e administrativo no Acre. O Deracre é um “emaranhado de rolos” para administrar. Para muitos uma espécie de maldição para a vida pública.

O prefeito de Rio Branco, Marcus Viana, que comandou o órgão entre 2007 e 2012, em uma gestão marcada pela construção das pontes da BR-364, pavimentação da rodovia e execução do, na época, propalado Programa de Recuperação de Ramais, foi apossado por essa maldição nesta segunda-feira, 30, durante a Operação Buracos, da Polícia Federal, que investiga desvio de recursos no órgão, ao ser conduzido coercitivamente por agentes à sede da PF, na Via Verde, em Rio Branco. Outro ex-diretor do órgão, Ocírodo Júnior, o Zambuba, homem de confiança do governador Sebastião Viana desde a época em que o atual governador era senador, também foi levado para depor na Polícia Federal.

Antes de Marcus e Ocírodo, os ex-diretores do Deracre, Tácio de Brito e Sérgio Nakamura, também se enrolaram no cargo. Foram denunciados pelo Ministério Público e tiveram seu nomes citados nas páginas dos jornais e sites de notícias por supostas irregularidades.

Todas as denúncias tem relação com a BR-364, a bilionária obra que nunca saiu do papel e nem da boca dos políticos acreanos em período eleitoral. A rodovia continua praticamente intragável. Estima-se um gasto de pelo menos dois bilhões na construção da rodovia durante os quase 20 anos das gestões petistas de Jorge, Binho e Sebastião Viana.

Não à toa, Sebastião Viana colocou um procurador para gerenciar o Deracre há dois anos. O objetivo seria “desenrolar” as coisas no órgão. Cristovam Pontes é o nome do atual diretor do Deracre, que, entre outros embaraços, enfrenta um dívida milionária do setor com os caçambeiros.

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