Protesto semanal contra o presidente Alexander Lukashenko levou multidão às ruas da capital, Minsk, e novamente houve repressão policial
Belarus, país com 9,5 milhões de pessoas que a Rússia vê como uma barreira de proteção contra a OTAN, tem sido agitada por protestos em massa desde a eleição presidencial de 9 de agosto, que Lukashenko afirma ter vencido.
A maioria dos manifestantes marchou em áreas residenciais e remotas da capital, batendo palmas, cantando “vida longa a Belarus” e agitando bandeiras brancas com uma faixa vermelha no meio, símbolo da oposição.
“Isto (protesto) funciona porque é impossível governar o país quando a maioria não o aceita. Com os protestos, estamos mostrando que estamos na maioria”, disse uma das manifestantes, Alisa, 21.
Sem diálogo com Lukashenko
Lukashenko, que está no poder há 26 anos, minimizou a magnitude dos protestos, dizendo que eles são patrocinados pelo Ocidente, e mostrou poucos sinais de disposição para começar um diálogo com a oposição.
Veículos militares e canhões de água foram vistos nas ruas de Minsk, neste domingo, enquanto homens uniformizados, muitos usando capacetes, agarraram pessoas em roupas civis, disse uma testemunha e mostraram vídeos publicados nas redes sociais.
Apenas em Minsk, a polícia deteve mais de 300 pessoas acusadas de “violar as leis de eventos em massa”, teria dito o ministério do Interior de Belarus segundo a agência de notícias TASS.
O presidente russo Vladimir Putin pediu que as forças políticas de Belarus tentem resolver as diferenças por meio de diálogos e também afirmou que a ex-república Soviética, aliada próxima de Moscou, enfrentava uma interferência sem precedentes de forças externas.
O apoio da Rússia é visto como vital para as chances de Lukashenko de se manter no poder e suas declarações são analisadas de perto por mudanças de tom ou quaisquer sinais de que Moscou possa estar pressionando por algum tempo de transição de poder controlada.
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