Por Compre Rural Notícias
Mato Grosso vai colher a segunda maior safra de milho de sua história. Apesar de todas as dificuldades, o ciclo 2022/23 deverá somar cerca de 47,47 milhões de toneladas (t), conforme nova atualização de dados realizada pelo Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea).
Conforme os novos dados, a área de milho para a safra 2023/24, em Mato Grosso, se manteve em 6,94 milhões de hectares em agosto ante julho. Já no que se refere à produtividade, o levantamento do Instituto apontou alta de 0,45% ante a divulgação de julho, ficando em 114,04 sc/ha. “Essa melhora no rendimento está associada às boas produtividades observadas durante o período da colheita, reflexo do bom desenvolvimento das lavouras, condições climáticas favoráveis e semeadura dentro da janela considerada ideal no estado”, explicam os analistas.
No que se refere às regiões, os destaques são para a oeste, a médio norte e a noroeste, que apresentaram os melhores rendimentos em agosto, de 120,65/sc, 120,03/sc e 113,45/sc, respectivamente.
“Com o aumento da produtividade e manutenção na área, a produção esperada para o ciclo ficou em 47,47 milhões de toneladas, alta de 0,34% ante julho, sendo essa a segunda maior produção da série histórica do Imea”, alertam os analistas do Imea.
Essa pujança toda do agronegócio tem impulsionado, nos últimos 20 anos, o crescimento do estado de Mato Grosso, e principalmente algumas ‘agro cidades’, municípios com crescimento notável e que desperta o interesse de muitos brasileiros em busca da prosperidade.
Essas cidades têm sido motores de desenvolvimento local, atraindo investidores e profissionais em busca de oportunidades de negócios e trabalho. Este avanço do agronegócio tem levado também ao crescimento dos setores de comércio, indústria e construção civil, resultando em uma economia municipal mais dinâmica, com a abertura de novas empresas e um aumento significativo no emprego e renda.
Mato Grosso, com uma área territorial de 903.357 km², é um estado com forte vocação agrícola, tendo o agronegócio como o principal motor das atividades econômicas. No norte do estado, as cidades de Sinop, Sorriso e Lucas do Rio Verde se destacam pelo crescimento exponencial nas últimas duas décadas, conforme análise do portal de notícias MT Econômico. Vamos explorar o desenvolvimento dessas cidades em detalhes.
Sinop
Em 2000, Sinop tinha cerca de 74.831 habitantes. De acordo com o Censo Demográfico do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) de 2022, a cidade agora conta com 196.312 habitantes, representando um aumento de 162,34% em 22 anos.
Com uma área territorial de 3.990,870 km², Sinop surgiu da ocupação da Amazônia Legal Brasileira, promovida pelo governo federal na década de 1970. O nome do município é uma sigla da Sociedade Imobiliária Noroeste do Paraná, que foi responsável pela sua concepção. Fundada em 14 de setembro de 1974, Sinop foi elevada a distrito em 1976 e conquistou autonomia política em 1979.
Localizada a 479 km de Cuiabá, a capital do estado, Sinop possui um PIB per capita de R$ 64.607,12, conforme dados do IBGE de 2021. O agronegócio é a principal atividade econômica, favorecida pela localização estratégica na BR-163, uma das principais rotas de escoamento de grãos do país. Sinop faz parte do Portal do Agronegócio, uma classificação do Ministério do Turismo que destaca cidades com potencial para o desenvolvimento turístico e econômico. Além disso, a cidade é beneficiada pelo rio Teles Pires, que contribui para o turismo local.
Um pouco sobre a história de Sinop
O processo de ocupação da área onde hoje está localizado a cidade de Sinop, teve início no ano de 1972, quando a Colonizadora Sinop S.A. adquiriu de terceiros aproximadamente 500 mil hectares de terra , situados a 500 km de Cuiabá na BR 163 (Cuiabá-Santarém), e criou a Gleba Celeste.
Naquela época, uma viagem do interior do Paraná até Sinop demorava cerca de sete dias. Mas, apesar dessa grande dificuldade, o fluxo migratório na direção Oeste, que acompanhava o adentramento da fronteira agrícola no Norte de Mato Grosso , ia crescendo. E o resultado não poderia ter sido outro: no dia de sua fundação, em 14 de setembro de 1974, a cidade de Sinop era um verdadeiro canteiro de obras, com mais de 20 quadras.
Hoje, Sinop não pára de crescer. em 1974, ninguém seria capaz de imaginar que, menos de três décadas depois, uma população estimada em mais de 100 mil pessoas habitassem naquele local – uma cidade que atualmente é pólo de referência em todo o Norte matogrossense, no que diz respeito à saúde, a educação, indústria, comércio, lazer e outras áreas.
Sorriso
Sorriso tinha cerca de 35.605 habitantes no ano 2000. Em 2022, esse número saltou para 110.635 habitantes, um crescimento de 210,73%, de acordo com o último Censo Demográfico do IBGE
Elevado a município em 13 de maio de 1986, Sorriso está estrategicamente localizado às margens da BR-163, próximo a Sinop. Grande parte de sua população é composta por migrantes das regiões Sul e Nordeste do Brasil.
A cidade fica a 398 km de Cuiabá e possui um PIB per capita de R$ 131.899,11, conforme dados do IBGE de 2021. O agronegócio é a espinha dorsal da economia local, com destaque para o cultivo de soja, milho e algodão. Entre os principais pontos turísticos estão o Parque Municipal e a Área Verde Central.
Um pouco sobre a história de Sorriso
O Nome Sorriso queria dizer, nos primeiros tempos de ocupação, um novo empreendimento, de futuro feliz, com bases numa natureza rica e de vitória. O principal colonizador foi o catarinense Claudino Francio, em 1977, dirigindo a Colonizadora Feliz, fundou o povoado de Sorriso, que se tornou município a 13 de maio de 1986.
Sobre a origem do nome, a versão oficial é que o termo Sorriso foi dado por todos que gostavam do lugar e ali residiam. Mais precisamente por um grupo de pioneiros que, assentados à beira do Rio Lira, conversavam entre si. Concluíram que, mesmo diante de tanto trabalho a realizar, ter sempre um sorriso nos lábios, seria um grande incentivo à permanência na luta do dia a dia. Seria então Sorriso o nome ideal para aquela terra, pois transmitia alegria, inspirava otimismo e confiança.
Lucas do Rio Verde
Lucas do Rio Verde possui uma área de 3.674,596 km² e está localizada a 333 km de Cuiabá. O nome da cidade homenageia o seringalista Francisco Lucas de Barros e o rio Verde, que atravessa o município.
Em 2000, Lucas do Rio Verde tinha 19.316 habitantes. Em 2022, a população havia crescido para 83.789, representando um aumento de 333,83% em 22 anos, segundo o Censo Demográfico do IBGE. Este crescimento populacional se deve, em grande parte, aos migrantes de várias partes do país que buscavam oportunidades de emprego e negócios.
A cidade, assim como Sinop e Sorriso, é um importante polo agrícola, com um PIB per capita de R$ 98.915,82, de acordo com o IBGE. Lucas do Rio Verde conquistou sua emancipação político-administrativa em 1988 e, em 36 anos, tornou-se um dos principais centros de destaque do estado na agricultura e nos avanços tecnológicos. Entre as principais atrações turísticas estão o rio Verde, o Horto Municipal, o Parque dos Buritis e os lagos Ernani José Machado e Harri Muller.
Um pouco sobre a história de Lucas do Rio Verde
Fruto da política de integração nacional do governo militar, a obra de abertura da rodovia BR-163, pelo 9º BEC (Batalhão de Engenharia e Construção), ligando Cuiabá a Santarém (PA), na segunda metade da década de 70, mobilizou os primeiros colonizadores para esta região de cerrado situada no Médio-Norte de Mato Grosso e distante 350 quilômetros da Capital.
No entanto, foi somente a partir 1981, quando o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA) começou a implantação do projeto de assentamento de 203 famílias de agricultores sem-terra oriundas de Encruzilhada Natalino, interior do município de Ronda Alta (RS), que se formou a comunidade que deu origem a Lucas do Rio Verde.
Em 17 de março de 1986, o núcleo urbano foi elevado à condição de Distrito e no dia 04 de julho de 1988, quando conquistou sua emancipação político-administrativa, já contava com 5.500 habitantes.
Três décadas depois da instalação do acampamento do 9º BEC, às margens do Rio Verde, esta moderna, pujante e dinâmica cidade cujo nome rende uma homenagem a Francisco Lucas, um seringalista pioneiro, e ao belo e caudaloso curso de água límpida tão importante para a comunidade, em nada lembra aquele vilarejo onde tudo era difícil e precário.
Cidade está entre as 10 cidades mais inteligentes e conectadas do Brasil
Um levantamento feito pela Urban Systems apontou que Lucas do Rio Verde é a 9ª cidade na lista das mais inteligentes e conectadas do Brasil. O município recebeu o Selo Prata no Ranking Connect Smart Cities para cidades com até 100 mil habitantes.
Com a classificação, Lucas do Rio Verde está em 8° lugar na região Centro-Oeste e é a 2ª de Mato Grosso. No ranking geral, que considera as cidades com qualquer tamanho, ficou na 88ª posição entre as 100 mais inteligentes do país.
Com informações do MT Econômico, Nortão MT e Coisa de Mato Grosso
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