23 de jun. de 2016

PF PRENDE EX-MINISTRO PAULO BERNARDO EM DESDOBRAMENTO DA LAVA JATO


 Ex-ministro Paulo Bernardo em Brasília.  REUTERS/Ueslei Marcelino

Pedro Fonseca A Polícia Federal prendeu nesta quinta-feira o ex-ministro Paulo Bernardo, que ocupou cargos do primeiro escalão nos governos Lula e Dilma, em um desmembramento da operação Lava Jato, segundo uma fonte com conhecimento da investigação.

Além de prender Bernardo em Brasília, a PF cumpre operação de busca na casa do ex-ministro e de sua mulher, a senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR), em Curitiba, e também no diretório nacional do PT em São Paulo, de acordo com a fonte.

Em comunicado, a Polícia Federal informou que cumpre no total na operação desta quinta 11 mandados de prisão preventiva, 40 de busca e apreensão e 14 de condução coercitiva, mas não divulgou os nomes dos suspeitos. Segundo a fonte, o ex-ministro Carlos Gabas (Previdência) é um dos alvos de condução coercitiva.

A operação Custo Brasil foi deflagrada, segundo o comunicado, para apurar o pagamento de propina proveniente de contratos de 100 milhões de reais a pessoas ligadas a funcionários e agentes públicos vinculados ao Ministério do Planejamento.

"Há indícios de que o MPOG (Ministério do Planejamento) direcionou a contratação de uma empresa de prestação de serviços de tecnologia e informática para a gestão do crédito consignado na folha de pagamento de funcionários públicos federais com bancos privados, interessados na concessão de crédito consignado", disse a PF no comunicado.

"Segundo apurou-se, 70 por cento dos valores recebidos por essa empresa eram repassados a pessoas ligadas a funcionários públicos ou agentes públicos com influência no MPOG por meio de outros contratos - fictícios ou simulados", acrescentou.

Separadamente, Bernardo, que também foi ministro das Comunicações no governo da presidente afastada Dilma Rousseff, e Gleisei foram indiciados em março por acusação de corrupção por suposto envolvimento em um esquema de financiamento de campanha descoberto em 2014. Eles negaram qualquer irregularidade.

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