Manifestantes que protestavam contra Michel Temer entraram em confronto com a polícia. Presidente assinou decreto de Garantia da Lei e da Ordem
Brasília - Segurança é reforçada no Palácio do Planalto (Valter Campanato/Agência Brasil) (Valter Campanato/Agência Brasil)
Robson Bonin - Para cumprir o decreto assinado pelo presidente Michel Temer, o Exército enviará para a Esplanada dos Ministérios nesta tarde um contingente de cerca de 1 200 militares, informou a VEJA o Centro de Comunicação do Exército (Ceconsex). Além do Exército, homens da Marinha e da Aeronáutica já atuam na segurança do Palácio do Itamaraty e do Ministério da Defesa.
Em meio aos protestos contra o presidente Michel Temer que terminaram em confronto entre manifestantes e policias militares em Brasília, Temer determinou mais cedo uma ação de Garantia da Lei e da Ordem, que permite a convocação de tropas do Exército e da Força Nacional para atuação na segurança pública. Os protestos, que pediam a saída do peemedebista do cargo diante das revelações das delações premiadas de executivos da JBS, tiveram vandalismo e depredação de prédios de ministérios.
O decreto assinado por Temer, publicado em edição extra do Diário Oficial da União, autoriza o uso das Forças Armadas no Distrito Federal por uma semana, entre hoje e o dia 31 de maio. O texto prevê que a área de atuação para o emprego das tropas seja definida pelo Ministério da Defesa.
“Uma manifestação que estava prevista como pacífica degringolou na violência, no vandalismo, na agressão ao patrimônio público e na ameaça às pessoas, muitas delas servidores que se encontram aterrorizados, dos quais garantimos a evacuação dos prédios. O senhor presidente da República solicitou, a pedido do presidente da Câmara, Rodrigo Maia, uma ação de garantia da lei e da ordem. Nesse instante, tropas federais se encontram nesse Palácio, no Palácio do Itamaraty e logo mais estão chegando tropas para assegurar que os prédios dos ministérios sejam mantidos. O presidente faz questão de ressaltar é inaceitável a baderna e o descontrole e que ele não permitirá que atos como esse venham a turbar os processos que se desenvolvem de forma democrática e com respeito às instituições”, declarou o ministro da Defesa, Raul Jungmann, no Palácio do Planalto.
Após o pronunciamento de Jungmann sobre a iniciativa de Rodrigo Maia, houve empurra-empurra generalizado no plenário da Câmara entre deputados governistas e da oposição, iniciado pelos deputados Glauber Braga (PSOL-RJ) e Darcísio Perondi (DEM-RS). Segundo Maia, que diante da confusão suspendeu a sessão por 30 minutos, ele pediu ao Planalto a convocação da Força Nacional, mas o “entendimento” do governo Temer foi o de convocar também tropas do Exército.
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