Assem Neto - Noventa e quatro milhões destinados à recuperação dos ramais mais produtivos do Acre, em pelo menos dez municípios, serão devolvidos aos cofres do tesouro federal. Os recursos já estão na conta do Governo, mas não serão aproveitados por que o Deracre não providenciou o projeto para drenagem – construção de pontes e bueiros. Oficialmente, o Departamento de Estradas e Rodagens mandou informar à Caixa Econômica Federal que não tem dinheiro para a contrapartida, ou seja, o mesmo valor das emendas. Esta é a primeira vez que o Estado faz a gestão das emendas. Até o ano passado, o controle e execução das obras eram responsabilidade do Incra, em parceria com estado. A notícia concretiza a falência do Programa Ramais do Povo”, coordenado pelo Pacto Agrário, sustentada em emendas de bancada e idealizada pelo movimento sindical no Acre.
Com esses recursos, seria possível construir apenas 989,7 mil quilômetros de ramais, de acordo com a planilha do Sinap, o Sistema Nacional de Pesquisa de Custos e Índices da Construção Civil (SINAPI). O senador Sérgio Petecão, coordenador da Bancada federal, disse que “não adianta mais conversar com a CEF”. A Superintendência da Caixa segue orientação expressa do próprio banco, segundo a qual os recursos só serão liberados se o projeto estiver 100% completo.
O ex-diretor da Fetacre, Sebastião Sena, explica que esse montante é irrisório. “São recursos que não dariam para construir nem 1% do total de ramais nos 22 municípios acreanos. Nosso último levantamento, feito em 2007, diz que quase a totalidade das pontes precisaria ser reconstruída”, declarou Sena.
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